10 de dezembro de 2007

Acordos firmados nas audiências de Conciliação superam expectativas do TJRJ.

Acordos firmados nas audiências de Conciliação superam expectativas do TJRJ, site: www.tj.rj.gov.br

Das 2.200 audiências de conciliação realizadas neste sábado (dia 8 de dezembro), no Fórum Central do Rio, houve 69% de acordos. Os processos são dos Juizados Especiais Cíveis (JECs), responsáveis por 390 mil ações de um total de um milhão que tramitam por ano no Judiciário estadual. Se os réus cumprirem os acordos firmados durante a conciliação, a expectativa é de que, até o final deste ano, os processos sejam arquivados. Com isso, empresas e instituições financeiras que figuram entre as mais reclamadas na Justiça do Rio entrarão 2008 com menos ações judiciais.

O resultado foi comemorado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro. Ele lembrou que, por meio da conciliação, o Judiciário diminui o tempo do litígio entre as partes e reduz o número de processos. "A conciliação é a melhor forma de resolução de conflitos de interesse nos Juizados Especiais. A resposta é imediata e mais rápida daquela que o cidadão poderia buscar na Justiça comum", afirmou.

O desembargador convocou 200 juízes para o mutirão de encerramento da Semana Nacional da Conciliação, movimento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em todo país a fim de incentivar esta nova modalidade de resolução de conflitos. "Nós vivenciamos uma semana inteira de conciliação e conseguimos evoluir em relação ao ano passado, quando das 600 audiências, em 60% ocorreram acordos", disse Murta Ribeiro.

O juiz auxiliar da presidência José Guilherme Vasi Werner, um dos coordenadores do movimento no TJ, afirmou que o Judiciário fluminense abraçou a idéia proposta pelo CNJ e ressaltou que houve um incremento este ano, com a inclusão das audiências de instrução e julgamento. Nos casos em que não houve acordo com a interferência do conciliador, o juiz imediatamente proferiu a sentença.

"Ano passado, eram apenas de conciliação. Este ano, nós melhoramos muito a situação dos Juizados", disse Vasi Werner. Segundo ele, a conciliação não é ensinada nas faculdades de Direito. "O Direito é ensinado sempre para o conflito. Não tem uma cadeira só para a conciliação. Se houvesse seu ensino doutrinário, muitas ações não precisariam chegar à Justiça", comentou o juiz.

As partes intimadas para as audiências ajuizaram ações nos Juizados Especiais Cíveis da Barra da Tijuca, Penha, Bonsucesso, Bangu/Realengo, Teresópolis e nos 3º e 27º JECs (Centro). As audiências, que seriam realizadas somente no ano que vem, foram antecipadas para hoje, data em que se comemora o Dia da Justiça.

Um dia triste para o automobilismo nacional.

Quatro mortes em 28 anos, site: www.odia.com.br
Antes de Sperafico, acidentes mataram Zeca Gregoricinski, Laércio Justino e Raphael Lima SÃO PAULO - Os 28 anos de história da Stock Car foram marcados por quatro acidentes com morte, contando com o de Rafael Sperafico. No ano de 1985, também no autódromo de Interlagos, o piloto Zeca Gregoricinski ficou preso em seu carro, que pegou fogo, matando-o. O segundo piloto a perder a vida foi Laércio Justino. Em 2001, em Brasília, ele perdeu o controle do carro durante o treino classificatório, saiu da pista e se chocou com um guincho. Sofreu traumatismos craniano, encefálico, cervical, torácico e abdominal, morrendo ao chegar ao hospital. Dois anos mais tarde, a vítima foi o estudante de fotografia Raphael Lima Pereira. Posicionado fora da área de proteção, foi atingido pelo carro de Gualter Salles. Após a morte de Laércio Justino, os organizadores anunciaram mudanças, visando a dar segurança aos pilotos. O acidente com Rafael Sperafico fez retomar a discussão. “Os espelhos retrovisores são pequenos, não temos visão lateral. Precisa de uma célula de proteção para o piloto. Esses ferros dentro do carro também são complicados. Um novo carro precisa estrear o quanto antes. Aquele acidente com o Guater Salles, em 2006, foi um aviso. É que não era a hora dele. Vamos rezar pela família, para absorverem o que aconteceu”, disse Ricardo Maurício, piloto da A.Matteis.O projeto de mudanças no carro da categoria só deverá ser posto em prática em 2009. Mas Antonio Jorge Neto, da equipe RC, diz que os pilotos querem que algo seja feito logo. “Da forma que foi, nenhum carro conseguiria suportar o impacto. Mas os carros da Stock têm uma falha de segurança na lateral. É tudo muito frágil. A gente vem falando há algum tempo e chegou no limite. A categoria evoluiu, o espetáculo está bonito, mas é preciso pensar na segurança. Desde 2000 o carro é assim. Tudo evoluiu, mas a segurança, não”. Renato Russo teve trauma crânio-encefálicoO piloto Renato Russo, de 40 anos, que se envolveu no acidente que vitimou Rafael Sperafico, está internado no Hospital São Luiz, no Morumbi, mas não corre risco de morte, segundo o médico Dino Altmann. “Atendemos o Renato Russo com trauma crânio-encefálico, trauma torácico-abdominal do lado direito e perda momentânea de memória, mas ainda no centro médico do circuito ele demonstrou estar consciente e com todos os sinais vitais estáveis”, disse. Russo, que ficou alguns instantes preso nas ferragens, reclamava de dores nas pernas. Depois dos exames laboratoriais, radiológicos e tomográficos, foi evidenciada a necessidade de cirurgia abdominal, realizada ontem. Segundo o boletim médico, ele passa bem e segue clinicamente estável. O acidente ganhou destaque na imprensa européia. No site do espanhol ‘Marca’, os internautas falaram da questão de segurança, deixaram mensagens para a família Sperafico e de pronta recuperação para Russo.

Terremoto no Brasil!

09/12/2007, site: www.pop.com.br

Tremor em MG é um dos 15 maiores do País, indica UnB

Um tremor de terra estimado em 4,9 pontos na escala Richter atingiu na madrugada de hoje o município de Itacarambi, no Norte de Minas Gerais, derrubando casas e matando uma criança. O abalo, registrado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), está entre os 15 maiores tremores brasileiros, segundo o diretor do observatório, professor Lucas Vieira Barros.

O tremor ocorreu logo depois da meia-noite de sábado, com epicentro próximo à cidade de Caraíbas, distrito de Itacarambi. Segundo Barros, a terra naquela região já vinha tremendo desde maio deste ano. Em outubro, uma equipe do observatório esteve duas vezes no local e instalou uma rede sismográfica com seis estações, que permitiram localizar os tremores.

O professor explicou que "sismos rasos", como o de Itacarambi, podem produzir vibrações dos terrenos em regiões próximas. "Como Caraíbas está pertinho de lá, as casas caíram em função disso", afirmou. Ele avalia que a queda das casas pode ter ocorrido também pela qualidade das construções, já que é uma das regiões mais pobres do Estado.

O maior tremor já registrado no Brasil, de acordo com Barros, foi de 6,2 pontos na escala Richter e ocorreu em 1955, no norte do Mato Grosso. "Mas esta (em Itacarambi) foi a primeira vez, que eu saiba, em que houve uma morte direta causada por um terremoto no Brasil", afirmou. Barros e sua equipe partiram hoje para o norte de Minas para coletar os dados registrados pelas estações e fazer uma análise mais detalhada da intensidade e profundidade do tremor.