Os aplausos misturados aos urros dos espectadores logo no início da classificação denotavam ali quem haveria de ser, mais uma vez, o pole das 500 Milhas de Indianápolis. Com uma média que beirou os 228 mph, Helio Castroneves humilhou os outros oito adversários que buscavam os 15 pontos e os US$ 175 mil inéditos.
Helio quis ser o primeiro a abrir a disputa pela superpole, que se seguiu após as 5 horas de treino classificatório deste sábado (22). O brasileiro já havia sido o mais rápido em uma situação de risco aparentemente desnecessário: segundo colocado, apenas 0s002 atrás de Alex Tagliani, Castroneves resolveu abortar sua tentativa inicial para superar o adversário canadense e ficar com o melhor lugar nos pits, o último da saída. Quando o resultado de sua primeira volta surgiu nas telas dos computadores e no telão em Indy, veio o susto: 227,9 mph. Que foi maior ainda nas passagens seguintes, acima de 228 mph. Respeito é bom. Mas ali todo mundo já sabia que ninguém seria capaz de superá-lo.
Os outros foram só os outros. Hideki Mutoh foi o próximo a se classificar, mas o japonês tirou o pé em suas voltas finais. Apareceu Scott Dixon, que pouco lembrou o desempenho que teve dias atrás, tomando mais de 2s no total. Tagliani, a surpresa, não foi páreo. Nem Power nem Briscoe, companheiros de Helio, andaram no ritmo: ficaram 1s085 e 0s987, respectivamente, atrás. Franchitti foi o que mais se aproximou: 0s893.
Depois que acabou a primeira vez de todo mundo, lá foi o resto tentar buscar a redenção para a humilhação não ser maior. A Penske fez uma pequena mudança no câmbio de Power, que ao menos começou a andar na casa de 227 mph. O esforço valeu a segunda posição no grid, levando 0s272 de Helio. Ainda, o líder do campeonato tentou uma terceira rodada de voltas, mas sem êxito. A Penske tentou formar uma primeira fila completa, mas Briscoe não foi capaz de superar Franchitti. O australiano ficou com a quarta colocação.
Briscoe terá as companhias do ótimo Tagliani e sua FAZZT e do nem tão brilhante Dixon. Os três coadjuvantes de luxo fazem parte da terceira: Graham Rahal, da Rahal Letterman, Ed Carpenter, piloto da Panther, e Hideki Mutoh, da Newman/Haas.
Andando assim, difícil que Helio não se iguale a Mears, Unser e Foyt depois do domingo que vem. E aí vai uma pergunta aos caros leitores: Helio Castroneves é o melhor piloto brasileiro depois da morte de Ayrton Senna?
Vale a análise.
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