O carrinho compacto da montadora chinesa começa a ser vendido no Brasil no final de abril. O ponto mais forte do Chery QQ sem dúvida é o custo-benefício. O preço agressivo de R$ 22.900 tornará o QQ o carro mais barato do Brasil, posto antes ocupado pelo Fiat Mille, hoje na faixa dos R$ 23.000. Apesar do baixo preço, o veículo vem completo, com freios ABS, airbag duplo, travas e vidros elétricos, sensor de estacionamento, som com CD, mp3 e USB, ar condicionado e direção hidráulica. As dúvidas surgem nos quesitos qualidade e segurança, nos quais a montadora terá que trabalhar para conquistar a confiança dos brasileiros. Num primeiro contato da Revista Quatro Rodas com o hatch em novembro do ano passado os defeitos de acabamento eram evidentes, mas a Chery promete melhorias para o lançamento. Quanto à segurança, o desempenho desastroso do compacto no crash test da revista russa Autoreview em 2006 motivou, segundo a montadora, reforços estruturais e novos materiais foram adotados. O carro não tornou a ser testado com o método europeu, usado em 2006, mas passou num teste inglês, de acordo com a Chery. As dimensões do QQ são bastante modestas, com comprimento 14 cm menor que o de um Uno Mille e espaço interno similar à de um Celta. O porta-malas de 190 litros chega a ser 100 litro menor que o de um Uno. O motor 1.1 16V de 68 cv é a gasolina, mas uma versão de 1 litro e sistema flex deve ser preparada para o segundo trimestre de 2012, mudança que pode aumentar a depreciação do veículo até lá. Uma unidade do modelo foi cedido com exclusividade à revista Quatro Rodas para avaliação, o QQ rumou para a pista de teste de Limeira (SP). Com apenas 3,55 metros de comprimento, o Chery é 14 cm menor que um Mille e pesa só 890 kg. Ou seja, era esperado um comportamento “solto” em alta velocidade – mas nem tanto. As provas de aceleração exigem força plena de 0 a 1 000 metros, marca na qual o QQ passou a 137 km/h. Nessa velocidade, o piloto precisa ficar atento para pequenas correções de trajetória, pois a suspensão não é suficiente para neutralizar os efeitos do vento na carroceria. Sobre asfalto irregular e em velocidades mais, digamos, urbanas, o amortecimento consegue proporcionar bom nível de conforto. O motor 1.1 a gasolina é eficiente: fez um 0 a 100 km/h na média dos concorrentes 1.0 flex (sempre testados com álcool), 14,3 segundos. Mesmo assim, manteve a vantagem esperada de um carro a gasolina: 11,4 km/l na cidade e 15 na estrada. A Chery garante que está preocupada com o pós-venda. “Sabemos que os chineses são vistos com certa reserva pelo brasileiro. Então, vamos fazer de tudo para conquistar sua confiança. O QQ terá garantia de três anos, revisões com preço fixo, planos especiais de seguro e peças de manutenção básica nacionalizadas”, afirma Curi. Se tudo isso for cumprido, ótimo: é segurança para o bolso. Agora só fica faltando uma prova cabal da segurança do carro num teste do atual QQ em um crash-test padrão NCap .
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