A Avianca Brasil será obrigada a devolver mais 18 aeronaves a partir da próxima dia-22/04, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil.
A medida é em cumprimento a decisões judiciais pelo não pagamento das empresas de leasing. Com os 10 aviões que já foram devolvidos nos últimos dias, restarão apenas 7 aeronaves. Isso vai comprometer seriamente a operação da Avianca, levando ao cancelamento de milhares de voos.
A Anac determinou que a Avianca Brasil adeque sua malha aérea, seu sistema de venda de passagens e dê ampla divulgação aos voos cancelados. Além de oficiar a empresa, a agência disse que mantém a fiscalização da atuação da empresa diante dos passageiros e segue acompanhando a execução das ações para a manutenção da segurança das operações.
A Avianca Brasil deve precisar de uma nova injeção de capital caso continue operando. O dinheiro dos empréstimos recebidos da GOL e da Latam já está no fim e, a cada dia de operação, o prejuízo aumenta o endividamento. O Estadão apurou a Avianca atualmente consome de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões diariamente.
O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou hoje que empresa retirou sua proposta de aquisição de ativos da Avianca Brasil e acusou a GOL e a Latam de protecionismo, depois que as duas apresentaram propostas mais agressivas para a aquisição dos ativos da Avianca. Segundo ele, o objetivo é deixar a Azul fora de Congonhas, especialmente da ponte aérea São Paulo – Rio de Janeiro, rota mais rentável do país.
A Avianca Brasil corre o risco de ser obrigada a encerrar suas operações nas próximas semanas. Caso o leilão de ativos não ocorra nos próximos dias, por qualquer motivo, e a empresa não consiga oferecer garantias de que a venda de ativos vai de fato ocorrer em conformidade com as propostas negociadas com a GOL e com a Latam, dificilmente a empresa conseguirá novos recursos. Sem dinheiro, a operação, ainda que em pequena escala, ficará inviabilizada.
Se a Avianca Brasil falir ou deixar de operar, seus slots (horários de pousos e decolagens nos aeroportos mais movimentados) deverão ser distribuídos igualmente entre as empresas interessadas, possivelmente Azul, GOL e Latam. Isso pode acontecer mesmo que a empresa não cesse totalmente as operações, mas não consiga manter a regularidade nas rotas, já que perderá quase toda a sua frota. A Anac exige que as empresas mantenham um índice de regularidade de 90% no aeroporto de Congonhas, e de 80% nos aeroportos de Guarulhos e Santos Dumont para conseguir manutenção das permissões de pouso e decolagem.
Quem tem viagem marcada com a Avianca Brasil corre um risco muito grande de não conseguir voar. Até o momento a empresa está oferecendo reembolso dos bilhetes e, em alguns casos, remarcando as passagens para outros voos. Porém, perdendo mais 18 aviões, é difícil prever se a empresa vai conseguir resolver os problemas, ou se terá recursos para reembolsar todos os passageiros. Quem tiver compromissos importantes deve pensar imediatamente num plano alternativo. Quanto mais se aproximar a data da viagem, mais caro tende a ficar o custo da passagem aérea.
De acordo com a Anac, em caso de cancelamento ou de alteração do voo por iniciativa da Avianca, o passageiro deve ter os seus direitos respeitados, mas o que é muito difícil de ocorrer, na prática, em razão da situação atual da empresa.
Infelizmente esse é um filme que se repete, pois de poucos anos para cá vimos ocorrer o mesmo com Varig, BRA, FLY e Webjet.
Avianca Brasil x Avianca Internacional
É sempre bom lembrar que a Avianca Internacional com sede na Colômbia e no Peru não está em recuperação judicial e tem operações e negócios totalmente desvinculados da empresa brasileira. Se você tem voos com a Avianca Internacional, não tem com o que se preocupar.
Fonte: http://www.melhoresdestinos.com.br
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