"No retorno da Av. Brasil, no bairro de Barros Filho, acesso à pista de sentido à Zona Oeste, quatro elementos em um Fiat Siena prata pararam na minha frente, três desceram e ordenaram que todos os ocupantes do meu carro saíssem, me colocaram no banco de trás e me levaram até a Rua Francisco Portela, Guadalupe, onde me deixaram e levaram o carro, meu celular, o da Waleska, todos os nosso documentos e demais pertences. Graças à Deus estamos bem!"
Essa triste lembrança vai aos que preferem jogar livros nos criminosos!
Há exatamente um ano fiquei sob a mira de três armas de fogo, aliais, não só eu, mas minha esposa e meus dois filhos também.
Levaram meu carro, minha aliança, carteira com documentos, documento do carro, dinheiro, celulares e vários outros pertences.
Qual a diferença entre mim e os bandidos?
As escolhas!
Fui pobre, filho de pobres, de pai que terminou o primeiro grau e mãe que terminou o segundo, pobre na raiz da palavra, não fui miserável, mas fui pobre sim, sou nascido e criado no subúrbio do Rio de Janeiro, morei em comunidades, estudei em escola pública em todo o primário, no ginásio, no segundo grau, e cursei a faculdade particular com bolsa!
Desde o segundo ano do ensino médio trabalho e estudo, pois trabalho ininterruptamente desde os dezessete anos, antes mesmo de ser dispensado do serviço militar.
Fui panfleteiro, contínuo, auxiliar de escritório, administrativo, operador de call center, estagiário e hoje sou advogado. Vejam como foi longo esse caminho, mas muitos acham que eles são vítimas da sociedade, e não que eu e minha família fomos vítimas de algo inaceitável, como muitos outros brasileiros igualmente foram.
Nós não reagimos, mas não teríamos esse direito se assim quiséssemos? Os cidadãos de bem não têm direito de se defender?
O direito de escolha tem que ser do cidadão de bem, e a Lei deve proteger quem à respeita, jamais quem à afronta, pois este deve ser punido com todo o rigor da Lei, e cumprir sua condenação até o fim, sem tantas progressões e benefícios!
Por favor, ao invés de bradarem aos quatro ventos que "eles são vítimas da sociedade", lhes mostrem que a sociedade não pode continuar sendo vítima deles, e sim, que é possível melhorar de vida, mas que o estudo e a dedicação são fundamentais, e que o retorno não vem da noite para o dia, mas em médio prazo.
Da mesma forma, se dará em médio prazo, o retorno obtido com o adequado investimento em educação, que é fundamental e necessário, mas nesse momento sejamos realista, paremos de querer tampar o sol com a peneira, pois o que precisamos é de impor a Lei e a ordem, precisamos ter direito de ir e vir com o mínimo de segurança, e de imediato, não serão os livros que nos devolverão esse direito.
Foto: Reprodução de internet - sem ligação direta com o fato
Um comentário:
Conheço e presenciei a história
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