11 de outubro de 2011

Mangueira e Renascer definem sambas para o carnaval 2012

Fonte: http://g1.globo.com e http://www.mangueira.com.br

Duas escolas do Grupo Especial escolheram, no fim de semana, os sambas-enredos que prometem levantar a Avenida nos desfiles do carnaval 2012. A Mangueira presta homenagem ao bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Já a Renascer de Jacarepaguá, que está pela primeira vez no Grupo Especial, vai homenagear o artista plástico Romero Britto.

A Renascer de Jacarepaguá subiu do Grupo de Acesso para o Especial este ano e vai abrir os desfiles no domingo do carnaval carioca em 2012, com o samba-enredo “Romero Britto, o artista da alegria dá o tom na folia”, de autoria de Cláudio Russo, Adriano Cesário, Fábio Costa e Isaac, superando outros três concorrentes.

“Um presente maravilhoso, eu acho que é o maior presente que eu recebi na minha vida é ser homenageado por uma escola de samba, aqui no Rio de Janeiro”, afirmou Romero Brito, um dos artistas plásticos mais premiados no exterior, que fez aniversário neste domingo (9) e comemorou na quadra da Renascer de Jacarepaguá.

Na Mangueira, eram três finalistas com o enredo “Vou festejar, sou Cacique, sou Mangueira”.
Antes da apresentação dos concorrentes, a Mangueira recebeu uma visita ilustre. O estilista francês Jean Paul Gaultier, no Rio para lançamento de um documentário sobre ele, fez questão de conhecer a quadra da escola verde e rosa. E teve direito a roda de samba com Alcione.

De madrugada, o presidente da escola, Ivo Meirelles, anunciou o vencedor, citando parte da letra do samba, de autoria de Igor Leal, Lequinho, Junior Fionda e Paulinho Carvalho. “Respeite quem pode chegar onde a gente chegou”, disse o presidente, para iniciar a festa na quadra da verde e rosa.



Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira

Salve a tribo dos bambas
Um doce refúgio de inspiração
Salve o Palácio do Samba onde um simples verso se torna canção
Debaixo da tamarineira um índio guerreiro me fez recordar
Um lugar, um berço popular
Seguindo com os pés no chão
Raiz que se tornou religião
Da boêmia dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais

Firma o batuque
Que eu quero sambar (Me leva)
Já começou a festa
Esqueça a dor da vida
Caciqueando na Avenida

Sim, vi o bloco passando
O nobre rezando e o povo a cantar
Sim, é o nó na garganta
Ver o Bafo da Onça a desfilar
Chora, chegou a hora eu não vou ligar
Minha cultura é arte popular
Nasceu em 'Fundo de Quintal'
Sou imortal e eu vou viver
Agonizar não é morrer
Mangueira fez o meu sonho acontecer
O povo não perde o prazer de cantar
O povo liberto que a voz ecoou
Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

Vem festejar
Na palma da mão
Eu sou o samba, a voz do morro
Não dá pra conter tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração


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