Agora é oficial: a Renault está mesmo de volta ao grid da F1 como equipe de fábrica. Depois de vender sua participação ao grupo de investimentos Genii, que colocou o nome Lotus nos carros aurinegros construídos na sede em Enstone a partir de 2012, a montadora de Viry-Châtillon oficializou nesta quinta-feira (3) a conclusão do processo de compra da própria Lotus e reassumiu o controle do time, que voltará a se fazer presente no grid em 2016 com o venezuelano Pastor Maldonado e o novato britânico Jolyon Palmer, que assume a vaga de titular com a saída de Romain Grosjean para a nova equipe da F1, a Haas.
É o final feliz de uma longa novela que se arrastou durante toda a temporada. A Lotus sonhava com um acordo do tipo para encerrar de vez o calvário vivido nos últimos anos, o que se acentuou neste ano por conta de inúmeros problemas financeiros. Mas o desfecho só foi mesmo favorável depois que um acordo entre a cúpula da montadora francesa e Bernie Ecclestone sobre maior distribuição de dinheiro por parte da FOM (Formula One Management) foi finalmente firmado.
"A Renault tinha duas opções: voltar 100% ou sair. Depois de um estudo detalhado, eu decidi que a Renault vai estar na F1, começando em 2016. Os detalhes finais dados pelos maiores acionistas da F1 nos deram confiança para aceitar este novo desafio. Nossa ambição é vencer - mesmo que leve algum tempo", revelou Carlos Ghosn, diretor da companhia francesa.
A história da Renault como equipe na F1 data de 1977. Ao todo, foram exatos 300 GPs disputados no período que compreendeu 1977 a 1985, e depois, entre 2002 e 2011. A fábrica conquistou 35 vitórias, 51 poles e 100 pódios. Fernando Alonso, com 105 GPs e 17 vitórias, foi o responsável por levar o time ao topo do mundo ao faturar os títulos das temporadas 2005 e 2006, no auge da Renault na F1.
O acordo de venda da Lotus para Renault era iminente, sobretudo porque dois dos principais dirigentes da equipe aurinegra, Gerard López, o dono do Grupo Genii, e Federico Gastaldi, chefe-adjunto do time de Enstone, disseram que a oficialização era meramente uma questão de formalidade. Ambos também confirmaram que membros do corpo diretivo, administrativo, técnico, comercial e de marketing da Renault já estão trabalhando em Enstone desde o GP de Cingapura, ou seja, em setembro.
Segundo a revista ‘Auto Motor und Sport’, a última oferta feita pela FOM sobre a distinção da Renault como equipe histórica na F1 foi aprovada pelo presidente da montadora, o brasileiro Carlos Ghosn, que foi decisivo na volta da equipe ao grid. Entretanto, a publicação alemã disse que o prêmio pago por Ecclestone seria inferior à pedida inicial da Renault. Mesmo assim, a cúpula de Viry-Châtillon foi em frente com o acordo, que compreende a permanência da marca na F1 pelo menos até a temporada de 2025.
A venda da Lotus para a Renault significa que a nova equipe francesa será a única do grid em 2016 a contar oficialmente com os motores franceses. A divisão encarregada de desenvolver a nova unidade de potência para 2016 contará com Rémi Taffin, diretor de operações da Renault, além de Alex Wendorff e Bob Bell, que deixou no fim deste ano a Manor, onde ocupava o posto de consultor técnico. Será o retorno do britânico a Enstone, onde trabalhou como chefe de equipe depois da eclosão do ‘Cingapuragate’ e da saída de Flavio Briatore do comando do time, em 2009.
Fonte: http://grandepremio.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário