12 de abril de 2010

Somente quatro empresas da Zona Oeste teriam aderido ao movimento.

O Sindicado dos Rodoviários do Rio repudia a ação de um grupo isolado de motoristas e cobradores de ônibus que iniciaram uma greve na manhã desta segunda-feira (12). O vice-presidente da entidade, Oswaldo Garcia, diz que se trata de um “movimento isolado e politiqueiro”. Segundo ele, apenas quatro empresas de ônibus da Zona Oeste participam do movimento. Garcia afirma que se trata de um grupo de rodoviários, que há um ano e dois meses perdeu a eleição para gerir o sindicato e que, desde então, tenta formar um novo sindicato. “Não reconhecemos o movimento como um ato da categoria. Essa greve não tem qualquer apoio do sindicato. Ao contrário, lamentamos muito que alguns rodoviários, num momento tão delicado que a cidade vive em função da tragédia provocada pelas chuvas, esse grupo esteja preocupado em fazer politicagem. Esse é o momento de ajudar a população e não de causar mais problemas. Assinamos um acordo no mês passado, a categoria conquistou 5% de aumento salarial. Isso é movimento politiqueiro”, enfatizou Garcia.

A greve também teve reflexos no metrô, que suspendeu, em todas as estações das linhas 1 e 2, a venda de bilhetes para as linhas de integraçaõ Barra Expresso, Oeste Expresso 1 e 2 , Del Castilho/Alvorada e 591 A/Cardeal Arcoverde. As demais, segundo a empresa, operam com intervalos irregulares.

Os passageiros estão sendo informados sobre a paralisação dessas linhas através de avisos sonoros nas estações. As linhas de metrô na superfície Botafogo/Gávea e Ipanema/General Osório-Gávea operam normalmente.

Esquema especial de trens Devido à paralisação parcial das empresas de ônibus, principalmente que atendem à Zona Oeste do Rio, a SuperVia, preparou um esquema especial de transporte de passageiros para esta segunda-feira (12).

Durante a manhã, foram colocados cinco trens extras nas linhas de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. Com isso, segundo a empresa, houve um aumento de 20 mil passageiros até as 9h. Também a partir desta segunda-feira (12), as viagens da linha de Campo Grande estão sendo estendidas até Santa Cruz, das 9h às 16h. A nova programação, segundo a SuperVia, visa aumentar a oferta de lugares nas viagens para a Zona Oeste. Com isso, os intervalos entre as composições do ramal de Santa Cruz serão reduzidos de 30 para 20 minutos. Os horários do ramal de Campo Grande voltam ao normal fora dos horários de pico. Ou seja, antes das 9h e depois das 16h.

Trânsito complicado Ainda por causa da greve de ônibus na Zona Oeste, o trânsito segue complicado por causa do aumento do número de veículos nas principais vias da cidade que saem daquela região em direção ao Centro. Motoristas enfrentam extensos engarrafamentos, por exemplo, na saída da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Desde as primeiras horas da manhã, os congestionamentos se estendem pela Linha Amarela, da Cidade de Deus em Jacarepaguá, à Avenida Ayrton Senna, na Barra. O tráfego também é lento na Avenida das Américas, na pista sentido Zona Sul.

Mais cedo, pelo menos sete pessoas foram detidas por policiais do 27º BPM (Santa Cruz), num tumulto na frente da garagem da Viação Oeste, na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A confusão aconteceu com funcionários que estavam fazendo piquete por causa da greve de rodoviários de empresas da região.
De acordo com o batalhão, 25 policiais conseguiram conter os grevistas que tentaram interditar a avenida. Os detidos foram levados para a 36º DP (Santa Cruz).

Em nota, o prefeito Eduardo Paes determinou que as empresa de ônibus que paralisaram seus serviços retomem o trabalho imediatamente e coloquem todos os ônibus na rua. Ele entrou em contato com a Rioônibus e concluiu que "não há motivos para a greve, pois foi concedido o reajuste nas tarifas cobradas pelas empresas há dois meses".

De acordo com os passageiros, linhas de ônibus de pelo menos três empresas que operam principalmente na Zona Oeste da cidade estão sem circular. Os pontos de ônibus estão lotados principalmente nos bairros de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Oeste, onde não há circulação de ônibus.Os rodoviários informam que os motivos da greve são: aumento de salário, contabilização de horas extras e aquisição de benefícios.

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