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Os Sertões (1976)
Em Cima da Hora
Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida é triste nesse lugar
Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte (bis)
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Até o final
Defendendo Canudos (bis)
Naquela guerra fatal
Liberdade, Liberdade! Abra as asas sobre nós.
Imperatriz Leopoldinense (1989)
Vem, vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente
Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz
O Ti Ti Ti do Sapoti
G.R.E.S. Estácio de Sá (1987)
Que tititi é esse
Que vem da Sapucaí
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti
Baila no céu a esperança
O cheiro doce e perfume
Vêm no ar
Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar prá você
Sacode prá colher
Do pé que eu quero ver
Até o dia amanhecer
D. João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu prá Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou
E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu
E hoje no quintal da vida sou criança
Me dá que o sapoti é meu
Isso virou tutti-fruti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar
Roda prá lá e prá cá
Na boca do pessoal
Lendas e Mistérios da Amazônia.
G.R.E.S. Portela (1976)
Nesta avenida colorida
A Portela faz seu carnaval
Lendas e mistérios da Amazônia
Cantamos neste samba original
Dizem que os astros se amaram
E não puderam se casar
A lua apaixonada chorou tanto
E do seu pranto nasceu o rio-mar
E dizem mais
Jaçanã, bela como uma flor
Certa manhã viu ser proibido o seu amor
Pois o valente guerreiro
Por ela se apaixonou
Foi sacrificada pela ira do Pajé
E na vitória-régia
Ela se transformou
Quando chegava a primavera
A estação das flores
Havia uma festa de amores
Era tradição das amazonas
Mulheres guerreiras
Aquele ambiente de alegria
Só terminava ao raiar do dia
Ô skindô lalá,
Ô skindô lelê,
Olha só quem vem lá
É o saci pererê
Ziriguidum 2001, Carnaval Nas Estrelas
G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel (1985)
Desse mundo louco
De tudo um pouco
Eu vou levar pra 2001
Avançar no tempo
E nas estrela fazer meu Ziriguidum
(meu Ziriguidum)
Nos meus devaneios
Quero viajar
Sou a Mocidade
Sou Independente
Vou a qualquer lugar (bis)
Vou à Lua, vou ao Sol
Vai a nave ao som do samba
Caminhando pelo tempo
Em busca de outros bambas (bis)
Quero ver no céu minha estrela brilhar
Escrever meus versos à luz do luar
Vou fazer todo o universo sambar!
Até os astros irradiam mais fulgor
A própria vida de alegria se enfeitou
Está em festa o espaço sideral
Vibra o universo hoje é carnaval
Quero ser a pioneira
A erguer minha bandeira
E plantar minha raiz (bis)
G.R.E.S União da Ilha do Governador (1982)
A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da Terra
Será que eu serei
o dono desta festa um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar
Levei o meu samba
Pra mãe-de-santo rezar
Contra o mau olhado
Carrego o meu Patuá
Acredito ser o mais valente
Nesta luta do rochedo com o mar
(E com o mar)
É hoje o dia da alegria e a tristeza
Nem pode pensar em chegar
Diga espelho meu
Se há na avenida
Alguém mais feliz que eu
Império Serrano - 1982
BUM BUM, PRATICUMBUM, PRUGURUNDUM
Enfeitei meu coração
De confete e serpentina
Minha mente se fez menina
Num mundo de recordação
Abracei a Coroa Imperial
Fiz meu Carnaval
Extravasando toda minha emoção
Oh! Praça Onze, tu és imortal
Teus braços embalaram o samba
A tua apoteose é triunfal
De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas
O samba ficou assim (bis)
E passo a passo no compasso
O samba cresceu
Na Candelária construiu seu apogeu
As burrinhas que imagem, para os olhos um prazer
Pedem passagem pros Moleques de Debret
"As Africanas", que quadro original
Yemanjá, Yemanjá enriquecendo o visual
(Vem meu amor...)
Vem meu amor
Manda a tristeza embora
É carnaval, é folia
Neste dia ninguém chora (bis)
Super Escolas de Samba S/A
Super-alegorias
Escondendo gente bamba
Que covardia!
Bum, bum paticumbum prugurundum
O nosso samba minha gente é isso aí
Festa Para Um Rei Negro (Pega no Ganzê)
(Salgueiro 1971)
Nos anais da nossa história
Vamos encontrar
Personagem de outrora
Que iremos recordar.
Sua vida, sua glória,
Seu passado imortal
Que beleza
A nobreza do tempo colonial.
Ô-lê-lê, ô-lá-lá,
Pega no ganzê,
Pega no ganzá.
Hoje tema festa na aldeia,
Quem quiser pode chegar,
Tem reisado a noite inteira
E fogueira pra queimar.
Nosso rei veio de longe
Pra poder nos visitar,
Que beleza
A nobreza que visita o gongá.
Ô-lê-lê, ô-lá-lá,
Pega no ganzê,
Pega no ganzá.
Senhora dona-de-casa,
Traz seu filho pra cantar
Para o rei que vem de longe
Pra poder nos visitar.
Essa noite ninguém chora,
E ninguém pode chorar
Que beleza
A nobreza que visita o gongá.
Ô-lê-lê, ô-lá-lá,
Pega no ganzê,
Pega no ganzá
No Reino Das Palavras, Carlos Drummond de Andrade
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (1987)
Mangueira
De mãos dadas com a poesia
Traz para os braços do povo
Este poeta genial
Carlos drumond de andrade
Suas obras são palavras
De um reino de verdade
Itabira
Em seus versos ele tanto exaltou
Com amor
Eis aí a verde e rosa
Cantando em verso e prosa
O que ao poeta inspirou
É dom quixote ô
É zé pereira
É charlie chaplin
No embalo da mangueira
Olha as carrancas
Do rio são francisco
Rema rema remador
Primavera vem chegando
Inspirando o amor
O rio toma conta do sambista
Como o artista imaginou
Na ilusão dos meus sonhos, achei
O elefante que eu imaginei
Sonhar com rei dá leão
G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis (1976)
Sonhar com anjo é borboleta
Sem contemplação
Sonhar com rei dá leão
Mas nesta festa de real valor, não erre não
O palpite certo é Beija-flor (Beija-flor)
Cantando e lembrando em cores
Meu Rio querido, dos jogos de flores
Quando o Barão de Drummond criou
Um jardim repleto de animais
Então lançou...
Um sorteio popular
E para ganhar
Vinte mil réis com dez tostões
O povo começou a imaginar...
Buscando... no belo reino dos sonhos
Inspiração para um dia acertar
Sonhar com filharada... é o coelhinho
Com gente teimosa, na cabeça dá burrinho
E com rapaz todo enfeitado
O resultado pessoal... É pavão ou é veado
Desta brincadeira
Quem tomou conta em Madureira
Foi Natal, o bom Natal
Consagrando sua Escola
Na tradição do Carnaval
Sua alma hoje é águia branca
Envolta no azul de um véu
Saudado pela majestade, o samba
E sua brejeira corte
Que lhe vê no céu
Kizomba, Festa da Raça
G.R.E.S Unidos de Vila Isabel (1985)
Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambu (bis)
Ôô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa Constituição (bis)
Que magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos
seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua (bis)
Nossa cede é nossa sede
e que o "apartheid" se destrua
Valeu!
É Segredo!
G.R.E.S. Unidos da Tijuca (2010)
Desvendar esse mistério
É caso sério, quem se arrisca a procurar
O desconhecido, no tempo perdido
Aquele pergaminho milenar
São cinzas na poeira da memória
E brincam com a imaginação
Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você
Decifrar, isso eu não sei dizer
São coisas do meu coração
Eu quero ver esse lugar
Que o próprio tempo acabou de esquecer
Meu Deus, por onde vou procurar
Será que alguém pode me responder
Quem some na multidão
Esconde a sua verdade
Imaginação, o herói jamais revela a identidade
Será o mascarado
Nesse bailado um folião?
A senha, o segredo da vida
A chave perdida é o "X" da questão
Cuidado, o que se vê pode não ser... Será?
Ao entender é melhor revelar
No sonho do meu carnaval
Pare pra pensar, vai se transformar
Ou esconder até o final?
É segredo, não conto a ninguém
Sou Tijuca, vou além
O seu olhar, vou iludir
A tentação é descobrir
E o samba sambou...
G.R.E.S. São Clemente (1990)
Vejam só
O jeito que o samba ficou (e sambou)
Nosso povão ficou fora da jogada
Nem lugar na arquibancada
Ele tem mais pra ficar
Abram espaço nesta pista
E por favor não insistam
Em saber quem vem aí
O mestre-sala foi parar em outra escola
Carregado por cartolas
Do poder de quem dá mais
E o puxador vendeu seu passe novamente
Quem diria, minha gente
Vejam o que o dinheiro faz
É fantástico
Virou Hollywood isso aqui (isso aqui)
Luzes, câmeras e som (bis)
Mil artistas na Sapucaí
Mas o show tem que continuar
E muita gente ainda pode faturar
"Rambo-sitores", mente artificial
Hoje o samba é dirigido com sabor comercial
Carnavalescos e destaques vaidosos
Dirigentes poderosos criam tanta confusão
E o samba vai perdendo a tradição (bis)
Que saudade
Da Praça Onze e dos grandes carnavais
Antigo reduto de bambas (bis)
Onde todos curtiram o verdadeiro samba
No mundo da lua
G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio (1993)
Do mundo encantado de Jaci
Nessa aquarela a Grande Rio é a tela
Vem do céu...
Pra se refletir nesta folia
Oh!
Doce fonte de inspiração
Influenciando no destino
Um toque de astrologia
No mistério e na magia
Ô luar, ô luar (ô luar)
Vem pratear a nossa rua (bis)
A semente da fartura semear
Virar o mundo de bumbum pra lua
Nos mares, cachoeiras e cascatas vem se banhar
Eu queria ser um astronauta pra te alcançar
Tu és a vida na beleza dessas matas
Tu és a sorte para quem acreditar em ser feliz
Quem me dera um dia no teu colo
Cantar, sorrir, sambar, brincar
E no encanto do seu mundo vai
Tornando tantas mentes aluadas
Como é gostoso se adoçar no mel
Em noites enluaradas
Salve Ogum D'Ylê
Na imaginação de um guardião
É lindo ver a tua imagem
Encantando a multidão
Clareia Didinha
Teu mundo taí (bis)
A festa é nossa hoje na Sapucaí
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