16 de janeiro de 2019

Conselho de administração da Embraer sela parceria com a Boeing.

O Conselho de Administração da Embraer ratificou a aprovação dos termos da parceria com a Boeing. A decisão ocorre após o governo federal autorizar a negociação. Agora, o acordo deverá ser submetido à aprovação dos acionistas e das autoridades reguladoras.

Caso as aprovações ocorram no tempo previsto, a expectativa é que a transação seja concluída até o final de 2019”, disse a Embraer, em nota.

No dia 10/01, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo federal não se oporia ao acordo de fusão entre as empresas. Segundo o presidente, o acordo entre as duas empresas não fere a soberania nacional e os interesses do país.

"O presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto [Golden Share] ao negócio", informou a Presidência da República, em nota.

O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, no termo do mercado, na qual a Boeing teria 80% e a Embraer, 20%. Caberá à Boeing, a atividade comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuariam somente com a Embraer.

A joint venture será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil e a Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa. A Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.

A Embraer detalhou também como ficam as unidades produtivas da companhia após a transferência da divisão de aviação comercial para a joint venture entre a companhia brasileira e a Boeing, pois segundo afirmou Nelson Salgado, diretor financeiro da companhia, no "Embraer Day", as unidades industriais e de montagem final de São José dos Campos (SP) farão parte dos ativos da nova parceria comercial. Também serão incorporados à joint venture a unidade industrial de Évora (Portugal) e a Eleb, fábrica de trens de pouso localizada em São José dos Campos. 

Na "Nova Embraer", resultante do desmembramento do braço comercial, ficarão as unidades de montagem final de Gavião Peixo Melbourne (Austrália) e Jacksonville (EUA) e as unidades industriais de Gavião Peixoto, Eugênio de Melo (SP), Botucatu (SP) e da East, braço voltado para a fabricação de assentos para aeronaves, localizada nos Estados Unidos.

Embraer 190
Fonte: https://www.valor.com.br e http://agenciabrasil.ebc.com.br

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