8 de março de 2019

As classificações históricas de Beija-Flor e Imperatriz Leopoldinense.

Amores a parte, não podemos negar que a Beija-Flor de Nilópolis e a Imperatriz Leopoldinense são duas agremiações grandes e tradicionais do carnaval carioca. As duas escolas juntas somam 22 campeonatos conquistados, sendo 14 da nilopolitana e 08 da verde e branco de Ramos.

A contribuição de ambas Escolas de Samba na beleza e qualidade do maior espetáculo da Terra, não se resume aos títulos conquistados, mas também devem ser consideradas outras belas apresentações, e que alcançaram outras honrosas posições, como por exemplo os 12 vice-campeonatos da Beija-Flor, dentre eles os saudosos "O mundo é uma bola" (1986), "Ratos e urubus larguem minha fantasia" (1989) e "Todo mundo nasceu nu" (1990).

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Duas são as grandes fases da Beija-Flor, a primeira iniciada por Joãozinho Trinta e seu tricampeonato de 1976/78, passando pelos antológicos desfiles de 1989/90, acima mencionados, e posteriormente a fase da comissão de carnaval, sempre comandada por Laíla, que conquistou nada menos do que nove dos quatorze títulos da escola.

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Beija-Flor 2018

No caso da Imperatriz além de seus campeonatos, também merecem destaques os enredos "Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta: Leopoldina, a Imperatriz do Brasil" (vice em 1996), "Goytacazes... Tupi or not Tupi in a South American Way!" (terceiro de 2002) e "Uma delirante confusão fabulística" (4º lugar de 2005), dentre outros.

Como pode ser visto na imagem abaixo, considerando os desfiles de 1974, somente em cinco ocasiões a Deusa da Passarela não ficou entre as seis primeiras colocadas (1974/75, 1992, 2014 e 2019), aliais essa é a pior colocação da escola, desde que subiu, em definitivodo grupo de acesso com o vice de 1973,  muito embora tenha sido rebaixada em 1960 e 1963 com duas décimas posições, e ter ficado em 13ª em 1956, porém sem rebaixamento.

Portanto, com números tão bons, não há como negar a eficiência e importância da Beija-Flor de Nilópolis no carnaval carioca.

Um pouco diferente, mas não menos importante é a história da Imperatriz Leopoldinense, pois é marcada pelo pioneirismo de suas realizações, como por exemplo ter sido a primeira escola de samba a possuir um Departamento Cultural, fundado em 1967, e em 1972 teve seu samba-enredo, "Martim Cererê", entrando na trilha sonora da novela "Bandeira 2", assim como ocorreu com o grande clássico de 1989, "Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós", sendo a abertura da novela "Lado a lado" em 2012.

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Aliais, 1989 é o grande ano da agremiação de Ramos, pois a mesma se consagra campeã do carnaval pela terceira vez, com um enredo histórico, e um samba que é tido por muitos como o mais bonito de todos os tempos, falando sobre o centenário da Proclamação da República, se superando do trauma vivido ano anterior, 1988, quando terminou em último lugar, mas não foi rebaixada por decisão da Liga, uma "virada de mesa", como ocorrido em 2017/18.

Não podemos deixar de destacar a época em que a escola passou a ser conhecida como "A certinha de Ramos", de 1992 em diante, sempre sob  a batuta da carnavalesca Rosa Magalhães, época em que conquistou seus outros títulos.

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Assim como ocorreu agora com essa 13ª colocação, que lhe redeu o rebaixamento, em 1977 a escola terminou na nona posição e também foi rebaixada. Certamente, com o nível do carnaval que normalmente apresenta, a Imperatriz Leopoldinense retornará brevemente ao Grupo Especial.

Vejam as classificações históricas de Beija-Flor e Imperatriz Leopoldinense:
 Dados considerados de 1974 à 2019

Todas as fotos são reprodução de internet.

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