29 de agosto de 2008

G1 andou no novo Fiat Mille Economy

Versão 1.0 chega às concessionárias por R$ 23,24 mil.Com motor retrabalhado, marca garante redução de até 10% no consumo, site: www.g1.com
O Uno Mille já não é mais o carro mais barato vendido no Brasil. Recentemente, o compacto da Fiat perdeu o posto para o carro chinês M-100, da Effa Motors, que desembarcou por aqui por R$ 22,9 mil. Ainda assim, a concorrência chinesa ainda não assusta a Fiat, que acaba de lançar duas novas versões do modelo, desta vez mais econômico e barato. O Mille Fire Economy Flex 1.0 custa a partir de R$ 23,24 mil, enquanto o Mille Way Economy Flex 1.0 chega às concessionárias por R$ 23,74 mil.

Além de pequenas mudanças visuais e mecânicas, o que mais chama a atenção do motorista é o “econômetro” no painel de instrumentos. O ponteiro percorre três faixas – branca, amarela e verde – indicando como está a queima de combustível momentânea. A branca indica o ponto-morto e a amarela indica que o motorista está pisando com vontade excessiva no acelerador. A faixa verde é a ideal para uma direção econômica.
O G1 avaliou o novo Mille Economy durante uma competição de quilometragem por litro organizada pela Fiat no Autódromo Júlio Ventura, em Fortaleza (CE). Ao volante, o esforço era enorme para se manter durante todo percurso de 10 quilômetros na linha verde (ideal), sem avançar a amarela (sinônimo de maior consumo de combustível).

Ainda assim, bastou uma leve subida para o motor expor a fragilidade típica dos modelos de 1,0 litro. Resultado: o ponteiro do econômetro do painel (novidade da linha 2009) entrou na “zona proibida” para quem busca economia. Ao final da prova, conseguimos fazer 20 km/l. Os mais pacientes chegaram a alcançar os 25 km/l - uma prova de que o carro é econômico, sim, mas para aqueles que não tem pressa (é impossível repetir essa marca em uso no trânsito normal).
Com pouco mais de 800 kg, 3,6 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 1,4 metro de altura, o acabamento do novo Fiat Economy, assim como o seu painel, não passaram por nenhuma modernização notável, mas o carro é espaçoso e proporciona conforto aos ocupantes.
Ainda assim, o Mille é uma prova de que os carros populares ainda pecam na segurança. Ao contrário do Uno que é exportado para outros países, airbags e freios ABS, por exemplo, não entram na lista de itens opcionais. Segundo a montadora, eles não fazem parte dos planos porque, no mercado brasileiro, o preço ainda é um dos maiores fatores determinantes de compra. Com o "novo" Mille, a Fiat prevê um crescimento de 10% nas vendas e tenta se manter na liderança já assumida há sete anos entre as montadoras. Isso porque, se não bastassem os chineses de olho no mercado brasileiro, a Volkswagen toma fôlego e se aproxima da Fiat com as vendas do Novo Gol. “Os chineses não representam ainda em volume e qualidade o que o brasileiro espera, mas podem evoluir e, aí, sim, representar risco para o mercado brasileiro”, acredita Cledorvino Belini, presidente da Fiat no Brasil.

As pequenas mudanças apresentadas podem representar o último alento do Mille. Recentemente, o diretor de estratégia de produtos da Fiat, Carlos Eugênio Dutra, confirmou a possibilidade de a montadora desenvolver um novo modelo com base na plataforma do Mille já para 2010. No entanto, Belini garantiu que o Mille não tem data para se despedir.
Por fora, não há mudanças significativas, como já era de se esperar. Há 25 anos no mercado, o Mille ganha apenas transformações sutis. O Economy, por exemplo, traz de novo apenas lanternas traseiras fumê e pára-choques na mesma cor da carroceria. Já o Way sai de fábrica com o kit de mesmo nome, antes opcional. Nele, passam a ser itens de série suspensão elevada, moldura nos pára-lamas e pára-choques e grade na cor cinza. Para permanecer na briga dos carros populares, o desafio da marca para a linha 2009 foi deixar o carro mais leve e econômico, retrabalhando o motor sem que ele perdesse a potência de 65 cavalos. Para isso, válvulas e bielas tiveram redução de massa e os pneus de baixa resistência ao rolamento perderam uns “pneuzinhos”.

Agora, um sensor também permite com que a partida seja feita de modo seqüencial, injetando combustível em um cilindro por vez. Já a caixa de marchas da versão Economy recebeu uma quinta marcha mais alongada, fazendo com que o motor trabalhe em rotações mais baixas em velocidade de cruzeiro o que resulta e menos gasto de combustível.
Com isso, a Fiat garante que conseguiu reduzir o consumo de combustível em 10% no Mille Economy, que com gasolina faz 15,6 km/l na cidade e 22 km/l na estrada, e 5% no Way, que percorre 15 km/l nos centros urbanos e 21 km/l na estrada.




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