17 de março de 2009

FIA aceita proposta de Bernie, e campeonato será decidido por vitórias

Piloto com maior número de triunfos ao longo do ano será coroado campeão mundial, fonte: www.grandepremio.com.br
Warm Up
A FIA decidiu ousar. A entidade que rege o automobilismo anunciou nesta terça-feira (17) que o Mundial de Pilotos de F-1 de 2009 será decidido pelo número de vitórias. O campeão será o corredor que chegar mais vezes em primeiro lugar ao longo das 17 etapas da temporada, conforme desejava Bernie Ecclestone. As outras posições receberão pontos conforme acontecia até o ano passado.

► Por novo sistema, Massa e Piquet teriam mesma quantidade de títulos

O anúncio da mudança acontece pouco menos de duas semanas antes do começo da temporada, que se inicia na Austrália no próximo dia 29. E é, sem dúvida nenhuma, a maior alteração já feita no sistema de pontuação da F-1. De acordo com o comunicado emitido pela FIA, "o Conselho Mundial do Esporte a Motor aceitou a proposta da Formula One Management para dar o título ao piloto que vencer mais vezes durante a temporada".

Entretanto, o "sistema olímpico" que Ecclestone tinha em mente não foi confirmado. "Se dois ou mais pilotos terminarem o ano com o mesmo número de vitórias, o título será dado ao piloto que tiver mais pontos, considerando o atual sistema de 10, 8, 6 etc. O restante da classificação, de segundo a último, continuará sendo decidida através da pontuação atual. Não haverá entrega de medalhas para os três primeiros, e o Mundial de Construtores não foi alterado."
A medida tomada pelo Conselho provocaria diversas alterações no panorama geral dos campeonatos ao longo da história da F-1. Em 2008, por exemplo, o título teria ficado com Felipe Massa, vencedor de sete GPs, e não com Lewis Hamilton, que faturou cinco vitórias.

Além da mudança na pontuação, outras alterações importantes também foram confirmadas nesta terça. A FIA anunciou também um limite de orçamento para a próxima temporada — mas que não será compulsório. Parece complicado, e é mesmo: os times que pretenderem manter a liberdade nos seus gastos podem fazê-lo, mas terão de se submeter às regras vigentes atualmente e que estão garantidas até 2012.

Por sua vez, quem se submeter ao limite orçamentário de £ 30 milhões (cerca de R$ 95 mi) por ano terá maior liberdade para mexer em detalhes técnicos, como a possibilidade de utilizar um fundo mais eficiente em termos de aerodinâmica — e padronizado para aqueles que decidirem usá-lo —, além de asas móveis e motores não sujeitos a limite de giros ou congelamento. A ideia é fazer com que novos times, dispostos a gastar menos, tenham tanta condição de brigar por vitórias quanto aqueles que escolherem gastos ilimitados.

Outras alterações foram feitas com relação aos testes: entre o final da temporada, que acontece em Abu Dhabi em novembro, e o dia 31 de dezembro de 2009, os times poderão fazer três treinos de um dia com pilotos novos, que não tenham participado de testes por mais de quatro dias nos dois anos anteriores.

As equipes também poderão realizar oito testes aerodinâmicos em linha reta ou em curvas de raio constante ao longo da temporada, incluíndo o período do Mundial. Os locais de treino precisam ser aprovados pela FIA.

Por fim, a entidade destacou também novidades que servirão para maior conhecimento do público e da imprensa sobre o que acontece ao longo das corridas. A FIA irá publicar, após cada treino de classificação, os pesos dos carros, revelando a quantidade de combustível com que cada um irá largar.

Os pneus de chuva tiveram seus nomes modificados, com as peças para precipitação normal renomeadas para "intermediárias" e as de chuva extrema "de chuva". Os pilotos também serão obrigados a conceder autógrafos em um espaço designado pelas equipes no pit-lane ao final do primeiro dia de treinos livres, e os corredores eliminados no Q1 e Q2 da classificação têm de se colocar à disposição da imprensa assim que deixarem os seus carros, bem como os pilotos que abandonarem os GPs.

A mídia também terá à sua disposição um porta-voz de cada time, além dos pilotos que não ficarem nas três primeiras posições.

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