Eu não sou um dos maiores admiradores e defensores de Rubens Barrichello, todavia, estou longe de ser um crítico ferrenho do mesmo. Acho que ele sempre foi um bom piloto, contudo, apesar de sua grande qualidade, infelizmente lhe falta um pouco de ímpeto que outros de sua época tiveram. Talvez a sua carreira tivesse sido mais gloriosa se ele tivesse feito outras escolhas, mas aí ficamos no reino do 'se'.
Por este motivo, com algumas adequações minhas, transcrevo abaixo o post do site Grande Prêmio.
Em entrevista ao diário ‘The National’, Mark Webber deu uma sutil, porém ofensiva alfinetada em Rubens Barrichello ao dizer que Jenson Button teve missão mais fácil quando conquistou o título mundial em 2009 porque não teve o brasileiro como rival.
Por este metivo o site Grande Prêmio, http://grandepremio.ig.com.br , comparou a situação da temporada 2011 com as 12 primeiras etapas do campeonato de domínio da Brawn e concluiu que a vantagem que Button tinha para Barrichello era exatamente a metade da apresentada entre Vettel e Webber na Red Bull.
O australiano traçou um paralelo com os dias atuais e lamentou ter um companheiro como Sebastian Vettel na Red Bull em sua melhor fase na carreira e sugeriu que sua missão rumo ao título é muito mais difícil. Mas os números mostram que o veterano, hoje na Williams, ofereceu maior resistência do que o australiano frente a Sebastian Vettel após 12 provas em 2011
Melhor carro da temporada, começo avassalador, início de ano com várias poles e vitórias consecutivas e o título praticamente garantido mesmo com muitas corridas ainda pela frente. Poderia ser (e é) a situação de 2011, mas essa é a breve descrição das primeiras etapas do Mundial de 2009, quando Button faturou o título mais surpreendente da história da F1 guiando pela novata Brawn, que em seguida foi vendida para a Mercedes.
Jeson Button teve Rubens Barrichello como companheiro de equipe, mantendo a mesma dupla da Honda dos dois últimos anos. O brasileiro havia deixado a Ferrari no fim de 2005 e se uniu à equipe nipônica, à época comandada na pista por Gil de Ferran. Depois de uma temporada razoável em 2006, o brasileiro, assim como o time todo, viveu uma série de resultados negativos. Graças à crise econômica global de 2008, a Honda decidiu tirar o time de campo, e Ross Brawn comprou o time e assegurou a sequência da carreira da dupla de pilotos.
Definitivamente, 2009 foi um ano atípico. Desde que a Brawn colocou os carros de cor branca e com detalhes em amarelo marca-texto nos testes da pré-temporada, Button e Barrichello se revezavam na liderança das tomadas de tempo, desbancando as sempre favoritas Ferrari e McLaren. Era o prenúncio de uma temporada surpreendente.
Empurrada pelos motores Mercedes, a Brawn dominou o início da temporada. Mas o equilíbrio esperado entre Button e Barrichello caiu por terra logo na primeira corrida do ano, na Austrália. O britânico faturou a pole até com certa folga perante o colega de equipe, e na prova, faturou uma vitória histórica. Rubens ficou em segundo, sacramentando o que viria a ser a tônica daquela temporada até o GP da Turquia, quando Button venceu pela última vez no ano, e a partir de então, o piloto apenas administrou a confortável vantagem para assegurar o título.
Nas 12 etapas de 2009, Button largou oito vezes à frente de Barrichello. Mas em ritmo de corrida, o brasileiro sempre se mostrou próximo do britânico, que liderava a classificação com 72 pontos, contra 56 do brasileiro. Em comparação com o atual regulamento de pontos da F1, Jenson teria 182 pontos, graças a 5 vitórias, 1 terceiro lugar, 1 quarto, 1 quinto, 1 sexto e 2 sétimos lugares. O paulista, por sua vez, teria 136 pontos graças ao seguinte retrospecto: 1 vitória (GP da Europa, em Valência), 3 segundos, 1 terceiro, 1 quarto, 1 quinto, 1 sexto e 2 sétimos.
Comparando com os números alcançados por Webber e seu oponente e colega de Red Bull após 12 etapas do Mundial 2011, fica evidente a supremacia do alemão, que caminha a passos largos para o bicampeonato. Sebastian ostenta 7 vitórias, 4 segundos e um 4 lugar, sem contar as 9 poles. Enquanto isso, o australiano ainda não venceu, conquistando 2 segundos, 5 terceiros, 3 quartos e 2 quintos, além das 3 poles. A tabela da classificação mostra bem esse abismo: 259 a 167 a favor de Vettel.
A diferença entre o dupla da Red Bull após o GP da Bélgica, 92 pontos, é exatamente o dobro do que separava Button e Barrichello em 2009, se a pontuação daquele ano for adaptada ao regulamento atual, 46 pontos. Dessa forma, a afirmação de Webber ao dizer que o brasileiro não foi páreo para Button em 2009 não está de todo equivocada, mas os números dizem que o mesmo se aplica, em proporção ainda maior em relação ao próprio veterano em comparação com o supremo Vettel.
Portanto, como contra numeros não há argumentos, se Barrichello não foi páreo para Button, Webber está sendo massacrado por Vettel. Assim sendo, o segundo piloto da Red Bull não tem direito nem fundamento para fazer um comentário tão depreciativo em ralação a um piloto que foi, por duas vezes vice campeão mundial.
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