Fonte: http://www.grandepremio.com.br
Foi a primeira prova sem chuva da história da SP Indy 300, esta deste domingo (29). Mas se a situação foi inédita, o vencedor continua o mesmo. Will Power ganhou sem muitos transtornos a quarta etapa do campeonato e consolidou sua liderança no campeonato num fim de semana que lhe foi perfeito, com pole e liderança do maior número de voltas.
O piloto ganhou todas as três corridas já realizadas em São Paulo pela Indy, tornando-se, definitivamente o Mr. Anhembi.
Em termos de campeonato, um tanto ótimo para Power que seu maior adversário nos últimos anos, Dario Franchitti, tenha sido quinto colocado, e Helio Castroneves, que está mais próximo na tabela de classificação, quarto.
O piloto da Penske, aliás, foi o melhor dentre os brasileiros.
Ryan Hunter-Reay, outro que tem bom retrospecto na pista paulistana, pôs a Andretti no segundo lugar e Takuma Sato, que largou em 25º após ficar de fora do treino classificatório, exibiu ótima recuperação e, com o trabalho de estratégias nos pits, ocupou o terceiro lugar.
Entre os outros brasileiros, Rubens Barrichello sofreu com a tática da KV e, depois de andar em terceiro, ficou com um décimo lugar de fazer muxoxo. Tony Kanaan, então, estava com um bico do tamanho do nariz por ficar em 13º. Bia, que brilhou em alguns momentos, foi só a 20º, envolvida em um incidente no fim da prova e porque os comissários de pistas tiraram todos os vários pilotos que se bateram primeiro, deixado a brasileira por último, uma injustiça, e com a relargada a mesma não teve tempo de recuperar posições, vide que Tony também ficou no mesmo acidente, contudo, foi retirado antes de Bia, e conseguiu chegar sete posições à frente.
De início, uma largada limpa, inesperadamente, se deu na pista levemente úmida, mas propícia para uso dos pneus de pista seca. As posições da frente se mantiveram, e com o passar das voltas, Power e Franchitti foram livrando vantagem para o grupo liderado por Dixon e que trazia uma interessante briga entre Graham Rahal, Josef Newgarden e Mike Conway — por vezes chamado de ‘Conaway’. Mais atrás, Barrichello superou Kanaan; depois, houve a troca de posições.
Sem a chuva, a corrida logo mostrou seu lado modorrento. Giros e giros de pura inatividade, uma ultrapassagem ali, uma ameaça de garoa lá em cima, e nenhuma bandeira amarela. A janela de idas aos pits abriu-se na 19, quando Dixon, que já estava 15s atrás de Franchitti e efetivamente segurava outros quatro rivais, entrou e trouxe consigo Newgarden. Kanaan também foi nesta volta; Barrichello, na 21.
Briscoe.
O primeiro nome de tentativa de salvação. Volta 22, o australiano vai lá e me perde o ponto na entrada da reta da marginal e dá com tudo no muro. Amarela. Power estava nos boxes naquele momento. Franchitti, não. O que mudou? Nada. Só o terceiro, que passou a ser Hunter-Reay. Castroneves, que vinha em estratégia diferenciada de paradas, aparecia em oitavo, com Barrichello em décimo, Kanaan em 14º e Bia em 22º.
Depois de três voltas de bandeira amarela para que os fiscais, não os da CET, retirassem o carro, a direção de prova deu bandeira verde. Que durou meros segundos. Na relargada lado a lado, Franchitti acabou não ficando emparelhado com Power porque Justin Wilson aparecia como retardatário. Estando numa segunda fila hipotética, Dario viu Hunter-Reay partir melhor pela linha de fora e, na freada do S do Samba, um leve toque de Conway fez o campeão rodar. No imbróglio, Castroneves, Barrichello e Kanaan, nesta ordem, passaram ocupar as posições de quarto a sexto.
Outro momento 'lindíssimo, só que não' foi visto na cerimônia do pódio. Não houve leite desta vez para comemorar, foi cerveja em formato de champanhe, o que é bom. Mas quem é que conseguia abrir a garrafa? O constrangimento deu ar à graça, quando os pilotos tentaram desde tirar as rolhas com a mão a usar o pódio como abridor. No fim, um mecânico da Penske teve de ser chamado para resolver o grande problema com uma peça ainda não identificada, porém imprescindível.
Bem, em um campeonato com prioridade em mistos e que Power já tenha conseguido 180 de 212 pontos (85% do total), é impossível não apontar que o australiano caminha tranquilamente para seu primeiro título.
GP de São Paulo, Anhembi, final:
1) Will POWER - AUS - Penske Chevrolet
2) Ryan HUNTER-REAY - EUA - Andretti Chevrolet
3) Takuma SATO - JAP - Rahall LL Honda
4) Helio CASTRONEVES - BRA - Penske Chevrolet
5) Dario FRANCHITTI - ESC - Ganassi Honda
6) James HINCHCLIFFE - CAN - Andretti Chevrolet
7) JR HILDEBRAND - EUA - Panther Chevrolet
8) Charlie KIMBALL - EUA - Ganassi Honda
9) Ernesto VISO - VEN - KV Chevrolet
10) Rubens BARRICHELLO - BRA - KV Chevrolet
11) Oriol SERVIÀ - ESP - Lotus DRR
12) Simon PAGENAUD - FRA - Sam Schmidt Honda
13) Tony KANAAN - BRA - KV Chevrolet
14) Marco ANDRETTI - EUA - Andretti Chevrolet
15) James JAKES - EUA - Dale Coyne
16) Graham RAHAL - EUA - Ganassi Honda
17) Scott DIXON - EUA - Ganassi Honda
18) Sébastien BOURDAIS - FRA - Dragon Lotus
19) Mike CONWAY - ING - Foyt Honda
20) Bia FIGUEIREDO - BRA - Andretti Chevrolet
Classificação do campeonato:
1) Will POWER - AUS - Penske Chevrolet - 180
2) Helio CASTRONEVES - BRA - Penske Chevrolet - 135
3) James HINCHCLIFFE - CAN - Andretti Chevrolet - 123
4) Ryan HUNTER-REAY - EUA - Andretti Chevrolet - 121
5) Simon PAGENAUD - FRA - Sam Schmidt Honda - 118
6) Scott DIXON - EUA - Ganassi Honda - 109
7) Ryan BRISCOE - AUS - Penske Chevrolet - 83
8) JR HILDEBRAND - EUA - Panther Chevrolet - 83
9) Takuma SATO - JAP - Rahall LL Honda - 83
10) Dario FRANCHITTI - ESC - Ganassi Honda - 82
11) Rubens BARRICHELLO - BRA - KV Chevrolet - 79