10 de dezembro de 2013

Fórmula 1 terá pontuação dobrada na última corrida.



A FIA causou surpresa ao anunciar que, em 2014, a pontuação da última prova do Mundial de F1 será dobrada. Assim sendo, o vencedor do GP de Abu Dhabi de 2014 colocará no bolso 50 pontos. A medida visa gerar mais possibilidades de virada no fim do campeonato.

No entanto, a situação poderia ter sido um pouco mais complicada para o alemão. De acordo com o consultor da Red Bull, Helmut Marko, a intenção da FIA era que as últimas quatro etapas do ano tivessem um peso maior. “No início, foi planejado que dariam pontos em dobro nas últimas quatro corridas”, revelou.


Assim, além do GP de Abu Dhabi, o calendário do ano que vem ainda teria os GPs da Rússia, Estados Unidos e Brasil com peso dobrado.

Caso a regra efetivamente aprovada já existisse nas duas últimas décadas, Michael Schumacher seria hexa, Fernando Alonso tri, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel bicampeões, Felipe Massa campeão e Lewis Hamilton continuaria chupando dedo.


Considerando apenas os títulos disputados de 1991 para cá, quando a F1 abandonou de vez a regra dos descartes, os campeonatos com destinos alterados seriam os de 2003, 2008 e 2012 – claro que essa comparação fica apenas no campo das hipóteses, visto que os pilotos se comportariam de outra maneira sabendo da premiação dupla.


Em 2003, Kimi Räikkönen teria adiado o hexa de Michael Schumacher. O alemão fez uma apresentação surpreendentemente displicente no GP do Japão, em Suzuka, chegou em oitavo e conseguiu o ponto que precisava para não depender de outros resultados. Somaria dois, pela nova regra, e chegaria a 94. Acontece que o finlandês, então na McLaren, teria 99 com os 16 pontos que receberia pela segunda posição na corrida vencida por Rubens Barrichello.

Para os brasileiros, a doída derrota de Massa diante de Hamilton em 2008 teria um desfecho bem mais contente. Em vez de somar um ponto a menos que o inglês, Massa, com a vitória na chuva em Interlagos, alcançaria 107 tentos. Nem mesmo Timo Glock poderia atrapalhá-lo. Com o quinto lugar, Hamilton não passaria dos 102 pontos. Ultrapassar Sebastian Vettel e terminar o GP do Brasil em quarto também não resolveria: só o segundo lugar faria dele campeão.

Finalmente, em 2012, Alonso seria capaz de virar o jogo para cima de Vettel no mesmo circuito de Interlagos. O alemão assumira a liderança do Mundial de Pilotos na penúltima etapa, o GP dos EUA, e veio para o Brasil com 13 pontos de vantagem - 273 a 260. Aqui, já valia o novo sistema de pontuação da categoria, que dá 25 pontos ao vencedor de cada GP em vez de apenas dez.

Deu tudo errado para Vettel naquele GP, do acidente com Bruno Senna na primeira volta ao erro bizarro e incomum erro de estratégia da Red Bull. Ele ficou em sexto, o que lhe renderia 16 pontos. O espanhol, segundo, 36. A tabela terminaria indicando 296 a 289 para o espanhol.

Além das mudanças de campeão, outros dois campeonatos ganhariam um pouco mais de emoção com o prolongamento das disputas. Campeões por antecipação, Schumacher, em 2000, e Jenson Button, em 2009, precisariam lutar contra seus adversários até o último GP das respectivas temporadas.

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