Fonte: http://carplace.virgula.uol.com.br/
Derivado do Fiat 127 italiano, carro que fez muito sucesso na Europa no início dos anos 1970, o compacto 147 inaugurava a primeira fábrica da Fiat no Brasil em abril de 1976. Trazendo conceitos modernos para a época, como motor dianteiro refrigerado a água e espaço interno e porta-malas amplos para seu porte, o hatch foi ganhando mercado pouco a pouco.
A primeira reestilização, de 1979, teve como destaque a frente amplamente modificada que ficou conhecida como “Europa”. Com vendas em constante crescimento, o 147 chegou ao topo, se tornando o carro nacional mais vendido em 1981 – pela primeira vez em quase 30 anos este título não era de um Volkswagen. Em 1982, o carrinho da Fiat repetiria a proeza com a produção de 111 mil unidades. Garantia novamente a liderança, e com bastante folga em relação ao segundo colocado, o recém-lançado VW Voyage.
Aproveitando a boa fase do compacto e se esforçando para mantê-lo atrativo até a chegada do futuro carro global, o Fiat Uno, a divisão brasileira lançava o Spazio em 1982. Versão mais refinada do 147, ele chegava nas versões CL, CLS e a esportiva TR, que substituía o 147 Rallye com estilo mais atraente e importantes evoluções técnicas.
O visual era destaque, com a frente redesenhada que ganhava uma nova grade (adiantando o estilo do Uno), faróis maiores e novas luzes de seta. A traseira recebia uma nova tampa, com vidro maior e grandes lanternas para dar impressão de carro maior. O Spazio também trazia repetidores de seta nos para-lamas e novos para-choques envolventes (inéditos na linha 147).
Internamente o Spazio trazia novos bancos com encostos de cabeça separados, inéditos revestimentos internos e painel completamente reformulado, com console central mais moderno e novo painel de instrumentos – que podia receber conta giros na versão TR. Limpador e desembaçador traseiro eram opcionais.
Novidades também na parte mecânica. A Fiat optou pelos motores 1.050 e 1.300 associados ao câmbio manual de quatro ou cinco marchas. Os engates do câmbio, ponto crítico dos primeiros 147, foi melhorado. Outro item que era alvo de reclamações, a coluna de direção muito inclinada, também foi corrigida para uma posição mais vertical. Além das melhorias, o Spazio foi pioneiro com embreagem auto-regulável, que dispensava a regulagem do pedal à medida que o sistema se desgastava.
Mesmo com a chegada do Spazio, o 147 continuou em linha como modelo de entrada da Fiat até 1984. Nesse ano a marca tirava o Spazio de linha para abrir caminho ao recém-lançado Fiat Uno. O 147 passava então por uma nova reestilização, ganhando os mesmos faróis e lanternas do Spazio. E assim permaneceu até 1986, quando deixou de vez o mercado brasileiro.
Apesar da curta trajetória no Brasil, o modelo fazia muito sucesso na Argentina e continuou sendo produzido pela Fiat para exportação até 1993. A partir daí, o ferramental para produzi-lo foi transferido para o país vizinho, onde o hatch se manteve vivo por mais quatro anos.
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