Fonte: http://www.grandepremio.com.br/
A Ferrari confirmou aquilo que todos já pareciam saber desde as primeiras horas desta segunda-feira (14). Em um comunicado de três linhas, a esquadra italiana anunciou que Stefano Domenicali renunciou ao cargo de chefe de equipe.
"A Ferrari aceitou a renúncia de Stefano Domenicali e lhe agradece por ter servido a empresa com muita dedicação em cargos de crescente responsabilidade por 23 anos", disse a escuderia.
Em nota separada, o time de Maranello também revelou o nome do substituto de Domenicali. Quem assume o posto de comando dos italianos é Marco Mattiacci, diretor-executivo da Ferrari para América do Norte, "com efeitos imediatos".
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, também reservou palavras para Domenicali e ressaltou o fato de que o ex-comandante colocou a equipe à frente de seus próprios interesses. "Agradeço a Stefano Domenicali por sua enorme contribuição e compromisso, mas principalmente pelo grande senso de responsabilidade que demostrou hoje, ao colocar os interesses da Ferrari acima dos seus", disse o italiano.
"Eu o respeito e tenho muito carinho por ele, especialmente por ter acompanhando seu crescimento nestes 23 anos de trabalho em conjunto, por isso lhe desejo todo o sucesso no futuro", completou Montezemolo, que também deu as boas-vindas ao novo chefe. "Também quero desejar um bom trabalho para Marco Mattiacci, um executivo que sabe o valor da empresa e que aceitou com muito entusiasmo este desafio", acrescentou.
Substituindo Jean Todt, Domenicali assumiu a difícil posição de chefe de equipe da Ferrari no fim de 2007, tendo trabalhado anteriormente apenas em funções de administração e recursos humanos em Maranello. Mas em seu primeiro ano no comando do time vermelho, o italiano venceu o Mundial de Construtores com Felipe Massa e Kimi Räikkönen. Porém, depois disso, a esquadra italiana não conseguiu mais levantar taças.
Em 2010, Fernando Alonso entrou para o time no lugar de Räikkönen. O espanhol disputou o título até a última etapa, mas acabou perdendo para Sebastian Vettel. No ano seguinte, o domínio do alemão e da Red Bull foi tão grande que a equipe italiana sequer entrou na luta pelo campeonato.
A reação veio em 2012. Embora o carro ferrarista não tenha sido um primor, Alonso, mais uma vez, lutou até a etapa final com o mesmo Vettel, perdendo novamente. Mas a história em 2013 foi bem pior, já que o time ficou longe da disputa, especialmente na segunda metade do ano.
Aí veio 2014 e um regulamento que, a princípio, pareceu uma oportunidade de ouro para a esquadra italiana voltar ao topo, principalmente por conta da adoção de novos motores. Além disso, o time decidiu promover o retorno de Räikkönen para o lugar de Massa, que se mandou para a Williams.
A Ferrari, entretanto, se mostrou incapaz de fazer frente à poderosa Mercedes. A F14T ficou muito aquém do esperado, e as reclamações não demoraram e o time acabou por mergulha em uma enorme crise. No momento, a escuderia é apenas a quinta colocada entre os construtores, com 33 pontos, 78 a menos que a esquadra prateada. E nenhum de seus dois pilotos teve condições de chegar ao pódio.
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