Fonte: http://www.redetv.uol.com.br/ e http://g1.globo.com/
O HSBC cortará quase 50 mil postos de trabalho e reduzirá seu banco de investimentos, diminuindo os ativos do maior banco europeu em um quarto em uma medida para simplificar e melhorar sua lenta performance.
O banco disse nesta terça-feira que cerca de metade dos cortes de postos de trabalho virão das vendas dos negócios no Brasil e na Turquia. A outra metade virá de um corte de cerca de 10 por cento do restante dos seus 233 mil funcionários com a consolidação de operações de tecnologia da informação e departamentos administrativos e o fechamento de agências bancárias.
Por volta de 7 mil a 8 mil cortes são esperados na Grã-Bretanha. Os cortes deixarão o HSBC com o equivalente a cerca de 208 mil funcionários em tempo integral até 2017, ante 295 mil no fim de 2010 e 258 mil no fim de 2014, embora o banco tenha dito que fará contratações em negócios em crescimento e em sua divisão de compliance.
A iniciativa é parte de uma segunda tentativa do presidente-executivo, Stuart Gulliver, de elevar os lucros desde que o executivo assumiu o comando do banco no início de 2011. Sua tentativa anterior foi frustrada por altos custos com compliance, multas, baixas taxas de juros e crescimento lento.
O HSBC confirmou que planeja vender os negócios na Turquia e no Brasil, acrescentando que manterá alguma presença no mercado brasileiro para atender clientes corporativos. O banco pretende revisar negócios com performance mais baixa no México e nos Estados Unidos para melhorar os retornos.
Além disso, o HSBC disse que cortará seus ativos em uma base ajustada pelo risco (RWA) em 290 bilhões de dólares até 2017. Isso incluirá uma redução de um terço, ou 140 bilhões de dólares, na divisão de global banking e markets (GBM), seu banco de investimentos. Isso significa que a GBM responderá por menos de um terço do balanço do HSBC, ante 40 por cento atualmente.
Por sua vez, o banco espanhol BBVA está considerando fazer uma oferta pelas filiais colocadas à venda pelo britânico HSBC no Brasil e Turquia, disse o executivo-sênior do banco Vicente Rodero em reunião anual na Cidade do México, de acordo com o site CNN Expansion, nesta quarta-feira (10).
"Nós avaliamos as operações do HSBC na Turquia e no Brasil. Não seriam negócios fáceis. Vamos ver, e se houver oportunidade, vamos atrás dela", disse Rodero, diretor de franquias globais do BBVA, de acordo com o site.
Um porta-voz do BBVA em Madri não confirmou as afirmações de Rodero e quando questionado se o banco estava interessado nos negócios do HSBC, disse que era dever do banco buscar todas as oportunidades.
O BBVA não possui presença no Brasil, enquanto na Turquia tem uma fatia de 25% do banco Garanti. O Santander, principal rival espanhol do BBVA e com forte presença no Brasil, já disse em meados de maio que analisaria as condições para a compra da filial brasileira do HSBC.
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