Os primeiros Kadett que a OPEL fabricou foi em 1936, equipada com motor de 1,1 litro. O sucesso da série se firmou com a segunda geração, lançada apenas em 1962: um compacto de linhas retas, nas versões de duas e quatro portas. Na terceira, lançada em 1965, tinha motores de 1,1 até 1,9 litro, nas versões sedã de duas e quatro portas, fastback e perua, que se chamava Caravan.
A quarta geração foi lançada no Salão de Frankfurt de 1973, na Alemanha. Como na geração anterior, o Kadett IV tinha versões de duas e quatro portas, fastback (a de maior sucesso) e a perua Caravan. Também foi feita uma versão interessante, baseada na carroceria sedã duas portas, entre 1976 e 1978: o Aero, com teto tipo targa, em que apenas a parte traseira abria-se como num conversível, com motor 1,2 S, era o inicio do Kadett Cabriolet(Conversivel).
O Kadett, a partir da segunda geração, sempre foi o carro de maior sucesso da Opel. Seus concorrentes diretos na Europa eram o VW Golf, o Ford Escort, o Peugeot 304, o Triumph Dolomite e o Fiat 124. Para concorrer com modelos menores, como VW Polo e Renault 5, foi lançada em 1975 a versão City, igual à nossa Hatch.
O Kadett fazia parte da linha mundial T-Car. Também foram lançados e produzidos no Japão (Isuzu), Inglaterra (Vauxhall Chevette), Austrália (Holden Gemini), no Brasil (Chevrolet Chevette e Chevrolet Marajo) e EUA (Chevrolet Chevette e Pontiac T-1000). Havia diferenças regionais de carroceria e motorização (como ocorre hoje com diversos modelos). No Vauxhall o capô era fechado, sem grade -- a entrada de ar ficava abaixo do pará-choque. No Japão o Isuzu tinha retrovisores sobre o capô, coisas de lá. No americano as linhas eram mais retas, com versão hatch de três e cinco portas, e algumas versões tinham pneus de faixa branca.
A sexta e última geração do Kadett, de 1984 (houve também uma intermediária, a quinta, já com motor transversal e tração dianteira), Esta sexta geração, foi a que deu origem ao Kadett brasileiro, de mesmo nome cinco anos depois, fabricado pela Chevrolet em 1989, permanecendo em linha ate setembro de 1998 quando também deu lugar ao Astra, mas este ja da segunda geração européia.
Na Europa, em 1991 ele daria lugar ao Opel Astra, nome já utilizado no Kadett inglês, passando este à segunda geração em 1997 -- bem conhecida no Brasil.
O Kadett GSi foi desenvolvido e projetado pela OPEL em 1987, com um potente motor 2.0 16 válvulas que, infelizmente, foi descartado pela GM do Brasil. Ele veio para o Brasil em 1992. Em 1995 foi o seu último ano de gestão, dando espaço para seu sucessor, o Kadett Sport . Em sua época, o Kadett GSi vinha equipado com computador de bordo, o famoso painel digital, volante escamoteável, suspensão traseira a ar, teto solar (ou Conversivel) e freio a disco nas quatro rodas, bancos recaro, sendo que o seu concorrente só tinha ar-condicionado e olhe lá... Nos dias de hoje, o KADETT GSi ainda tem sua legião fiel de fãs, e é o sonho de muita gente.
O Kadett foi um carro que inovou em vários aspectos da produção de veículos no Brasil, sendo o primeiro carro produzido em serie a utilizar vidros colados (pára-brisas e traseiro), a possuir suspensão regulável a ar, a contar com um motor a álcool injetado (junto com o Monza em 1991) e pneus serie 65 (Kadett GS 1991) , foi o primeiro carro da Chevrolet a utilizar computador de bordo e check-control, alem de possuir o melhor coeficiente aerodinâmico da época: Cx 0,30 no Kadett GS e Cx 0,32 nos demais modelos.
Kadett Sport não ficou muito no mercado, apenas de 1995 a 1997, ele foi muito criticado como o sucessor do GSi, começando pelo motor. Este foi reduzida a potencia e a tecnologia, de 121HP e sistema de Injeção multipoint, passou a 110HP com Injeção SinglePoint, a justificativa da GM do Brasil foi de redução do custo do carro, mas foi pouco vendido pois o preço continuava alto, ainda mais pelo que ele oferecia de conforto.
Lançado em 1989, a perua Ipanema não conseguiu repetir o mesmo sucesso do hatchback. Sua carroceria de três portas tinha vidros laterais retangulares e traseira bem vertical. Em 1993, o Ipanema ganhava a carroceria de quatro portas, motor 2.0 com injeção monoponto e freios a disco nas rodas traseiras. A Ipanema saiu de linha em 1996, enquanto o Kadett teve mais dois anos de sobrevida.
O Kadett GL e GLS retornaram ao mercado muito rapidamente, mostrando que o carro apesar de 2 décadas no mercado, tinha potencial de fazer muita gente comprar e ficar satisfeito com o produto. Eles eram equipados com um motor de 2.0 e 1.8 com Injeção Multipoint, não tão potente com a do GSi, que tinha a taxa de compressão alterada para uma maior desempenho, por motivos também de legislação, emissão de gases poluentes. O Kadett foi substituído pelo Astra em 2000, mas para todos os famas, vão ficar a saudade deste carro.
Cronologia do Kadett durante o seu período em linha no Brasil
ABR 89 - Lançamento do Kadett no Brasil nas versões SL e SL/E 1,8 e GS 2,0 álcool
OUT 89 - Lançamento da Ipanema SL e SL/E 1,8 (3p)
MAR 90 - Série Turim (faixa lateral escura, aerofólio parecido com o do GS, bancos Recaro). Esta serie acabou ficando bem mais tempo em linha do que se esperava. (+/- um ano)
JUL 90 - GS gasolina, diferencial + longo e pneus 185/65 (também para versão álcool)
SET 91- Injeção mono ponto para os 1,8 e multiponto para o GS, agora GSi. Chega o GSi conversível
SET 92 - Ipanema Wave, com bagageiro no teto, rodas de liga leve polidas, molduras laterais inferiores e espelhos pintados na cor do carro.
SET 92 - Logotipo Chevrolet no capô em vez da grade
MAR 93 - Ipanema 2,0 e 5 portas (a 3p já sai de linha)
SET 93 -Linha 94: agora GL e GLS
ABR 94 - Painel mais cheio, novas portas, temporizador do limpador regulável, alarme acionado na fechadura, GLS recebe freio a disco traseiro e soleira entre eixos.
NOV 94 - Chega o Astra importado: GLS hatch e perua, ambos 5p e 2,0 multiponto
JAN 95 - GLS e Gsi e GSi conversível saem de linha (uma heresia para os kadetteiros) .
ABR 95 - Lançada série Sport, com pára-choques pintados em parte, aerofólio
DEZ 95 - Novos pára-choques, Sport vira versão de linha com motor 2,0
ABR 97 - Volta o GLS no lugar do Sport, com câmbio mais curto e sem o aerofólio. No fim de 96, o motor 2,0 vira de série e ganha multiponto - o mesmo do novo Vectra, com 110 cv. O GSi tinha 121 cv porque na época o Proconve (norma de emissões poluentes) era menos rigoroso.
DEZ 97 - GLS ganha aerofólio
ABR 97 - GL sai de linha, fica só o GLS
FINAL DE 97 – Sai de linha a Ipanema.
SET 98 – Chega o Astra nacional, fim do Kadett.
ABR 89 - Lançamento do Kadett no Brasil nas versões SL e SL/E 1,8 e GS 2,0 álcool
OUT 89 - Lançamento da Ipanema SL e SL/E 1,8 (3p)
MAR 90 - Série Turim (faixa lateral escura, aerofólio parecido com o do GS, bancos Recaro). Esta serie acabou ficando bem mais tempo em linha do que se esperava. (+/- um ano)
JUL 90 - GS gasolina, diferencial + longo e pneus 185/65 (também para versão álcool)
SET 91- Injeção mono ponto para os 1,8 e multiponto para o GS, agora GSi. Chega o GSi conversível
SET 92 - Ipanema Wave, com bagageiro no teto, rodas de liga leve polidas, molduras laterais inferiores e espelhos pintados na cor do carro.
SET 92 - Logotipo Chevrolet no capô em vez da grade
MAR 93 - Ipanema 2,0 e 5 portas (a 3p já sai de linha)
SET 93 -Linha 94: agora GL e GLS
ABR 94 - Painel mais cheio, novas portas, temporizador do limpador regulável, alarme acionado na fechadura, GLS recebe freio a disco traseiro e soleira entre eixos.
NOV 94 - Chega o Astra importado: GLS hatch e perua, ambos 5p e 2,0 multiponto
JAN 95 - GLS e Gsi e GSi conversível saem de linha (uma heresia para os kadetteiros) .
ABR 95 - Lançada série Sport, com pára-choques pintados em parte, aerofólio
DEZ 95 - Novos pára-choques, Sport vira versão de linha com motor 2,0
ABR 97 - Volta o GLS no lugar do Sport, com câmbio mais curto e sem o aerofólio. No fim de 96, o motor 2,0 vira de série e ganha multiponto - o mesmo do novo Vectra, com 110 cv. O GSi tinha 121 cv porque na época o Proconve (norma de emissões poluentes) era menos rigoroso.
DEZ 97 - GLS ganha aerofólio
ABR 97 - GL sai de linha, fica só o GLS
FINAL DE 97 – Sai de linha a Ipanema.
SET 98 – Chega o Astra nacional, fim do Kadett.
Curiosidades sobre o Kadett
O nacional tinha pára-choques mais salientes, porque uma pesquisa da GM apontou a sensação de fragilidade do europeu.
Em 1988 a Daewoo, da Coréia do Sul, passou a produzir uma versão local do Kadett, vendida nos EUA como Pontiac Le Mans. Foi o único "Kadett" vendido nos EUA.
Nos anos 90 a Daewoo continuou produzindo o carro, para o mercado interno, com o nome de Daewoo Racer (exportado para a Europa como Daewoo Nexia).
O nome Astra já era usado há tempos pela Vauxhall no Kadett inglês
Foi pensado para o Brasil, mas havia uma marca de itens sanitários com o nome. Mas resolveram isso depois, usando o nome a partir de 94.
A Ipanema 3 portas foi exclusiva do Brasil, mas não tivemos o hatch 5 portas e o volumes.
A Ipanema 5 portas não usava a ótima trava de porta junto à maçaneta, e sim os velhos pinos. As portas eram importadas, pelo menos no início, e na Alemanha não se importavam com as travas, pelo menos no sentido de evitar roubos.
As primeiras Ipanemas 2,0 vinham com os estranhos pneus 165/80 R 13.
A ótima luz que indica troca de marcha, adaptativa e ligada à injeção, entrou no modelo 92 e sumiu em 96, pois as pessoas se ofendiam em ser "ensinadas por uma luzinha".
O Kadett conversível era fabricado no Brasil e ia para a Alemanha para ser recortado, retornando logo em seguida ao Brasil para ser vendido ao consumidor.
O nacional tinha pára-choques mais salientes, porque uma pesquisa da GM apontou a sensação de fragilidade do europeu.
Em 1988 a Daewoo, da Coréia do Sul, passou a produzir uma versão local do Kadett, vendida nos EUA como Pontiac Le Mans. Foi o único "Kadett" vendido nos EUA.
Nos anos 90 a Daewoo continuou produzindo o carro, para o mercado interno, com o nome de Daewoo Racer (exportado para a Europa como Daewoo Nexia).
O nome Astra já era usado há tempos pela Vauxhall no Kadett inglês
Foi pensado para o Brasil, mas havia uma marca de itens sanitários com o nome. Mas resolveram isso depois, usando o nome a partir de 94.
A Ipanema 3 portas foi exclusiva do Brasil, mas não tivemos o hatch 5 portas e o volumes.
A Ipanema 5 portas não usava a ótima trava de porta junto à maçaneta, e sim os velhos pinos. As portas eram importadas, pelo menos no início, e na Alemanha não se importavam com as travas, pelo menos no sentido de evitar roubos.
As primeiras Ipanemas 2,0 vinham com os estranhos pneus 165/80 R 13.
A ótima luz que indica troca de marcha, adaptativa e ligada à injeção, entrou no modelo 92 e sumiu em 96, pois as pessoas se ofendiam em ser "ensinadas por uma luzinha".
O Kadett conversível era fabricado no Brasil e ia para a Alemanha para ser recortado, retornando logo em seguida ao Brasil para ser vendido ao consumidor.
2 comentários:
não se pode esquecer das clássicas ipanemas ambulância, das quais ainda se vê um número considerável em operação em cidades de interior...
Na minha cidade as viaturas policiais eram ipanemas
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