Fonte: http://economia.ig.com.br
Uma das estrelas do Porto Maravilha – programa de revitalização da zona portuária da capital carioca - o projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), orçado em R$ 1,1 bilhão, está mais próximo de sair do papel e chegar às ruas do centro da cidade. Na última semana, foi aprovada pelo governo federal a liberação de R$ 500 milhões em recursos do Orçamento Geral da União (OGT).
Para garantir os R$ 600 milhões restantes, serão abertas no início do próximo mês audiência e consulta públicas a fim de preparar a licitação para escolha da concessionária responsável pelo projeto. O edital deverá ser lançado até agosto.
“Já temos os estudos de viabilidade, o cronograma e todas as autorizações exigidas para começar as intervenções necessárias na região.
O início da contratação das obras está previsto para janeiro de 2013”, afirma o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Jorge Arraes.
O veículo leve contempla não só a região do Porto, como também parte considerável do centro da cidade. Pontos de grande ciculação, como a Avenida Rio Branco, a Cinelândia e o aeroporto Santos Dumont, também receberão estações do novo bonde.
O sistema do VLT, ou bonde moderno, como foi apelidado na Cdurp, terá seis linhas distribuídas em 42 estações ao longo de 30 quilômetros de vias, sendo 26 quilômetros de vias de ida e volta e quatro quilômetros de via singelas. A distância média entre as estações será de 400 metros e a expectativa é de que o tempo de espera entre um trem e outro varie entre 5 e 15 minutos, dependendo da linha. Cada vagão comporta até 450 passageiros.
O sistema de pagamento será similar ao de países da Europa que já adotaram o VLT. Ao entrar no trem, o próprio passageiro deverá validar seu bilhete. A estimativa da CDURP é que a passagem custe em torno de R$ 3 e o novo modal deverá integrar o sistema do Bilhete Único.
As duas primeiras linhas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) serão entregues para a Copa do Mundo. As outras quatro deverão entrar em operação até os Jogos Olímpicos de 2016.
Segundo Arraes, o principal objetivo do novo meio de transporte é integrar estações de metrô, trens, barcas, BRTs, redes de ônibus convencionais e aeroporto.
“O VLT vai atender áreas que hoje não contam sequer com pontos de ônibus, interligando todos os meios de transporte da região”, diz.
Embora seja inspirado em modelos como os que são utilizados na Europa, o VLT do Rio traz uma inovação. Os trens não terão fios em rede aérea e serão alimentados por duas fontes de energia: um terceiro trilho energizado em alguns trechos e paradas e também um supercapacitor (espécie de bateria). Arraes explica que essas tecnologias já são usadas, mas de maneira isolada.
“É a primeira vez no mundo que um VLT vai unir esses sistemas, o que permitirá que nossos trens não precisem de fios de rede aérea. Além de mais econômico, é mais seguro”.
O projeto do VLT, diz Arraes, será ainda um dos grandes trunfos do Porto Maravilha no que diz respeito à questão da sustentabilidade.
“Ainda não temos o cálculo pronto, mas, certamente, a utilização deste meio de transporte terá um grande impacto positivo na diminuição da emissão de carbono na região. Arraes não descarta a possibilidade de converter essa redução em créditos de carbono a serem negociados na Bolsa Verde do Rio.
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