Fonte: http://odia.ig.com.br
O Ministério Público (MP) vai exigir da SuperVia, da Secretaria Estadual de Transportes e da Agência de Serviços Públicos de Transportes do Rio (Agetransp) laudo técnico sobre a ferrugem nos trens chineses que chegaram ao Rio.
A oxidação nos carros comprados por 5,5 milhões de dólares cada — equivalentes hoje a R$ 11 milhões — foi noticiada com exclusividade domingo pelo DIA.
“Esses órgãos terão que garantir que não haverá nenhum risco ou transtorno para a população. Se um trem vier a ficar parado ou quebrar porque houve problema ligado à ferrugem, então eu terei um técnico responsável para cobrar explicações e tomar providências”, explica o promotor Carlos Andresano, da Promotoria de Defesa do Consumidor do MP.
Para o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, a ferrugem nos trens “é uma bobagem”. Ele minimizou o trabalho feito pela empresa TTrans, contratada para limpar com produto químico as composições, e disse que a oxidação foi retirada “ao toque da mão”.
“Aquilo não tem nenhuma influência no funcionamento do trem, foi uma oxidação fruto de 40 dias no mar e que foi removida ao toque da mão, de forma muito simples”, afirmou ontem o secretário, durante evento no Porto do Rio.
A Companhia Estadual de Engenharia e Transportes e Logística (Central) admitiu o problema de ferrugem nos trens chineses e afirmou que solicitou que as composições dos lotes seguintes fossem envelopadas para o translado de navio até o Brasil.
Especialistas em química e engenharia ouvidos por O DIA afirmaram que não será difícil as composições enferrujarem novamente, já que o material sequer suportou a salinidade da viagem até o Rio.
Se o material fosse adequado, não teria oxidado tão facilmente, apontam. Segundo engenheiros da Coppe/UFRJ, há no mercado acabamentos que impediriam a oxidação por até 20 anos.
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