As medidas de sobretaxação dos importados e a revisão do acordo comercial com o México, ocorridas em 2011, foram medidas do governo federal para estimular a produção nacional, levando em conta o interesse de outras montadoras no mercado brasileiro. Pouco a pouco, três anos depois, os resultados estão surgindo. Agora chegou a vez da BMW, do segmento premium, que produziu seu primeiro automóvel, um Serie 3 branco, na sua planta de Araquari (SC).
O primeiro a sair da linha de produção foi justamente o Serie 3, na versão 328i ActiveFlex. Em seguida, no final deste ano, será a vez do X1; o X3 deverá ter sua produção iniciada no início de 2015 e o MINI Countryman, no segundo semestre do ano que vem. O Serie 3 GT não teve sua produção nacional descartada. No total, a BMW produzirá quatro modelos e pretende fabricar 32 mil automóveis anualmente a partir de 2017.
A planta recebeu um investimento de R$ 600 milhões e empregará 1.300 pessoas, além de outros 2.500 empregos indiretos entre fornecedores, concessionários e parceiros de negócios. O investimento, entretanto, terá influência direta nos preços praticados pelas concessionárias, uma vez que é necessário recuperar o valor investido na fábrica, segundo a própria BMW.
Dessa maneira, o Serie 1 terá preços variando de R$ 112.950 (116i) a R$ 173.950 (125i M Sport ActiveFlex);
Serie 3, de R$ 143.950 (320i GP ActiveFlex) até R$ 295.950 (335i M Sport);
X1 custará entre R$ 134.950 (sDrive 20i ActiveFlex) e R$ 179.950 (xDrive 28i Sport GP ActiveFlex).
X3 será seu a partir de R$ 199.950 (xDrive20i), podendo custar até R$ 289.950 (xDrive35i M Sport).
O intervalo de preços do MINI Countryman ficará entre R$ 124.950 (Cooper S Exclusive A/T) e R$ 157.950 (John Cooper Works ALL4 A/T).
A BMW pretende, ainda, ampliar a oferta de modelos no Brasil, garantindo uma flexibilidade nas opções oferecidas nas concessionárias. Por enquanto, as versões equipadas com o propulsor 3.0 seguirão sendo importadas. Por enquanto, foi o suficiente para conquistar sua tão esperada dupla cidadania, que já vinha sendo ensaiada com os motores flex dos Series 1 e 3 e X1.
Por Marcello Muniz:
Sou um otimista nato, mas não abandono a relidadade, e ao contrário do que eu gostaria, infelizmente, se os preços forem esses, cravo que a BMW NÃO vai recuperar seu investimento, pode até vender um pouco no começo, pela novidade, e para um pequeno grupo que poderá pagar, mas esse grupo é inegavelmente pequeno, e logo em seguida, com esses valores, ocorrerá com ela o mesmo que ocorreu com a Mercedes há alguns anos atrás, vendas ladeira a baixo e possívelmente o fechamento, essa é a realidade, e digo mais, é algo que pode acontecer novamente com a própria Mercedes e com a Audi, que estão regressando ao Brasil, pois em nosso país, na Argentina, Uruguaí, Paraguaí e Venezuela, NÃO há mercado para absorver a quantidade de carros necessárias para manter essas três fábricas no azul, não com preços sempre girando em R$100 mil ou mais.
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