Fonte: http://exame.abril.com.br/ e http://economia.uol.com.br/
Nesta semana, a Embraer exibiu o protótipo do seu avião KC-390. Ele é a maior aeronave fabricada aqui no Brasil. Na apresentação oficial, o Ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que ele poderá servir como substituto para o modelo Hercules. O Hercules é um dos aviões militares de carga mais utilizados no mundo e é fabricado pela empresa americana Lockheed Martin.
O KC-390 é um avião de carga desenvolvido com alta tecnologia. Ele usa turbinas Turbofan, que garantem uma maior velocidade de cruzeiro. Em comparação, o C130-Hercules usa sistema turbohélices. A velocidade máxima do Hercules é de 621 km/h. Já o KC-390 deverá alcançar 850 km/h.
O KC-390 é um gigante. Ele tem 35 metros de comprimento e 35 metros de envergadura. Sua altura será de 12,5 metros. Ele poderá carregar até 23 toneladas de carga.
Ele foi desenvolvido pela Embraer em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), envolvendo a montagem de dois protótipos. A empresa o desenhou a partir das necessidades da FAB e participou de missões para analisar o fluxo de trabalho.
A tecnologia do KC-390 faz com que ele seja versátil. Ele poderá ser usado nas missões brasileiras na Antártida e em regiões tropicais. Ele deverá também ser usado no combate a incêndios florestais.
O KC-390 terá sistema duplo HUD (Heads-up Display), que projeta informações à frente dos pilotos. Uma câmera na cabine combinará a visão do piloto com as informações do sistema HUD para revisão de missões. Terá, ainda, tecnologia militar de autoproteção contra misseis.
O avião será usado em missões de reabastecimento de aeronaves em voo, transporte de veículos, ajuda humanitária, lançamento de paraquedistas, lançamento de carga e como UTI móvel.
Em maio deste ano, a FAB assinou contrato firme de R$ 7,2 bilhões por 28 unidades do cargueiro, que substituirão os aviões Hercules C130 na frota da Força Aérea.
A Embraer tem cartas de intenção para venda de 32 unidades do cargueiro para Argentina, Portugal, República Tcheca, Colômbia e Chile, sendo que os três primeiros países, são também parceiros industriais da fabricante brasileira no desenvolvimento do KC-390.
Brasil – 30 Aeronaves (lote inicial)
Portugal – 06 aeronaves (intenção de compra)
Argentina – 06 aeronaves (intenção de compra)
Chile – 06 aeronaves (intenção de compra)
Colômbia – 12 aeronaves (intenção de compra)
República Checa – 02 aeronaves (intenção de compra)
Suécia – 08 a 12 aeronaves
Estados Unidos da América – 10 aeronaves (Demonstrou grande interesse de compra ao se deparar com o projeto KC-390)
Primeiro avião deve ser entregue em 2016
Após o primeiro voo neste ano, terá início a campanha de ensaios de voo de desenvolvimento e certificação da aeronave. A primeira entrega do KC-390 está prevista para o segundo semestre de 2016.
O avião ajudou a catapultar a carteira de pedidos da Embraer em mais de 20% entre junho e fim de setembro, para patamar recorde de US$ 22,1 bilhões, afirmou a companhia na semana passada.
Uso pela indústria do petróleo e mineração
A Embraer avalia a possibilidade de desenvolver versões do KC-390 para outros fins que não militares, em especial para uso pelas indústrias do petróleo e de mineração. Cargas civis também poderiam ser atendidas, eventualmente.
"É muito difícil ter um avião novo competitivo, porque as empresas de carga civil costumam usar aviões de passageiros de meia vida adaptados para carga", disse o diretor do programa KC-390 na Embraer Defesa e Segurança, Paulo Gastão.
Qualquer uso não militar do KC-390 será avaliado no futuro, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, já que neste momento a empresa está totalmente concentrada em entregar o avião para as missões militares encomendadas pela FAB.
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