Fonte: http://caranddriverbrasil.uol.com.br/
Se você compra um sedã compacto busca por algo parecido com um modelo médio, mas com a vantagem de ser bem mais em conta. Também já vai preparado para encarar um espaço interno menor e uma lista de itens de série mais modesta. Ok, isso também se aplica à nova geração do City LX (R$ 62,900) na comparação com o Civic LXS (R$ 71.500), mas as diferenças beiram o limite do que seria razoável. Além disso, já existem sedãs médios no Brasil cujos preços sugeridos chegam bem próximos do que a Honda cobra no País pelo City mais simples (o LX, como a unidade avaliada) com câmbio CVT.
Tudo bem, o City evoluiu a olhos vistos na nova geração. Agora é feito sobre uma nova plataforma, que levou a uma redução de 41 kg de peso e ainda possibilitou um aumento espaço por dentro. O novo City é 5,5 cm maior no comprimento, sendo 5 cm revertidos no entre-eixos, e 1 cm mais alto – a largura é a mesma. Graças às mudanças estruturais, no banco de trás há 7 cm extras de distância em relação aos bancos dianteiros. Na frente, apesar da largura igual, houve um ganho de 4 cm no espaço entre os ombros.
Mas é difícil aceitar que alguém faça um cheque de mais de R$ 60 mil e saia dirigindo um carro que não tem nem tweeters no sistema de som, qualquer forração da tampa do porta-malas, controles do som no volante, farol e luzes auxiliares de neblina, repetidores de direção nos retrovisores, apoio de braço entre os bancos dianteiros, fechamento dos vidros pela chave ao travar as portas por controle remoto, marcador de temperatura externa, faixa degradé no para-briisa, entre outras comodidades simples e que fazem falta num sedã que custa quase tanto quanto um médio.
Entretanto, em geral, não há do que reclamar da qualidade de fabricação. As portas são fechadas com facilidade, não há rangidos e barulhos estranhos ao passar por piso mal conservado (da maioria das cidades no Brasil) e tudo funciona sem falhas e bem ajustado. A direção tem assistência elétrica e garante boa assistência nas manobras e a firmeza adequada em velocidades mais altas. Os freios transmitem segurança, mas os traseiros são a tambor, mais suscetíveis à fadiga em condições mais severas, como em descidas de serra. E a suspensão é eficiente em manter o carro estável nas curvas e em absorver as irregularidades do piso, sempre em silêncio.
Elegante e com um jeito mais arrojado, o City agrada pelo bom espaço interno, por ser econômico e bem fabricado, com peças bem encaixadas e componentes que funcionam sem falhas. Mas fica devendo uma série de equipamentos e detalhes de acabamento pelo preço que custa, bem próximo do que se paga hoje em dia por alguns modelos médios que fazem parte de um segmento superior.
Ficha Técnica
Preço: a partir de R$ 62.900
Motor: Dianteiro, transversal, 1.5, 16V, flex
Potência (cv): 115 (G) / 116 (E) a 6.000 rpm
Torque (kgfm): 15,3 (G) / 15,2 (G) a 4.800 rpm
Transmissão: Automático, CVT, tração dianteira
Dimensões (m): 4,46 (comprimento), 1,73 (largura), 1,70 (altura), 2,60 (entreeixos)
Peso (kg): 1.123 kg
0 a 100 km/h: 11,3 segundos
Velocidade máxima: 175 km/h