18 de janeiro de 2021

Embraer estuda fabricar e vender "drones".

A Embraer Defesa e Segurança pode adicionar sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) e um avião de transporte militar híbrido-elétrico ao seu portfólio de plataformas de defesa, disse o presidente-executivo da empresa em uma entrevista exclusiva à Aviation Week.

Oito meses desde que as joint ventures planejadas com a Boeing nos negócios comerciais da Embraer e o transporte militar KC-390 se desfizeram, a fabricante brasileira continua focada em ampliar seu portfólio de produtos de defesa, que inclui uma parceria com a Saab para projetar uma versão de dois lugares do Gripen JAS 39, além de desenvolver aeronaves de alerta antecipado e controle, um avião de ataque leve e pequenos satélites.

O primeiro projeto que poderá ser revelado ainda este ano é um programa revivido para desenvolver um grande UAS para os militares brasileiros, como pretendia a joint venture Harpia formada em 2011 com a subsidiária da Elbit Systems, AEL Sistemas e Avibras, que interrompeu o desenvolvimento cinco anos depois em meio a restrições de gastos do governo.

Acreditamos nesse mercado – temos que estar lá”, diz Jackson Schneider, CEO da Embraer Defesa e Segurança. “Talvez possamos anunciar algo em 10 meses.

A antiga joint venture Harpia forneceu poucos detalhes sobre o programa UAS, exceto  liberar uma imagem conceitual de um projeto de monomotor. A aeronave de média altitude e longa duração visava fornecer vigilância das remotas fronteiras ocidentais do Brasil com um link de controle além da linha de visada.

Qualquer programa futuro pode evitar o foco em uma solução de plataforma única para um novo UAS e se concentrar apenas no mercado de defesa para aplicações, diz Schneider.

Estamos analisando uma família inteira”, diz Schneider. “A defesa já é um mercado onde este produto é mais do que um conceito; é requerido. E os outros mercados talvez precisem de mais tempo para confiar nessa tecnologia”.

À medida que as frotas C-95 e C-97 se aproximam da aposentadoria, um novo conceito surgiu para substituí-las. O conceito de Short Take-Off Utility Transport (STOUT) foi apresentado em novembro pelo brigadeiro Antonio Moretti Bermudez, comandante da FAB. A Embraer e a Força Aérea assinaram um memorando de entendimento em dezembro de 2019 para iniciar as pesquisas para tal aeronave.

O conceito revelado em novembro mostra uma aeronave com cauda em T e fuselagem comparável em comprimento à do EMB-120, embora mais larga. A aeronave STOUT também usaria um sistema de propulsão híbrido-elétrico com quatro propulsores.

Os requisitos da FAB incluem uma aeronave que possa operar nas pistas de pouso não pavimentadas da região amazônica do Brasil enquanto transporta até 6.600 libras (3.000 kg) de carga.

Fonte: https://www.aereo.jor.br/

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