Rubens Barrichello conquistou a terceira vitória na carreira em Monza neste domingo (13). Jenson Button e Kimi Raikkonen completaram o pódio.
Monza é mesmo um circuito especial para Rubens Barrichello. O brasileiro fez neste domingo (13) uma corrida impecável no tradicional circuito italiano e conquistou pela terceira vez o GP da Itália, contando com um ótimo desempenho e uma ótima estratégia da Brawn. Barrichello dominou a dobradinha da sua equipe com Jenson Button, enquanto Kimi Raikkonen conseguiu um inesperado lugar ao pódio após um acidente de Lewis Hamilton na última volta.
A largada viu Raikkonen assumir o segundo lugar, à frente de Adrian Sutil. O alemão foi espremido na primeira variante, mas conseguiu segurar sua posição, enquanto Hamilton partiu sozinho na frente. Barrichello, por sua vez, ganhou uma posição e pulou para quarto, no lugar de Heikki Kovalainen. Pouco depois, Jenson Button também ultrapassou o finlandês.
Antes do fim da primeira volta, Mark Webber viu suas chances de brigar pelo título diminuírem ainda mais: o australiano foi tocado por Robert Kubica na variante Della Roggia e encostou na brita, abandonando a prova. O polonês, por sua vez, ficou com uma peça quebrada na asa dianteira, e recebeu da direção de prova a ordem de ir para os boxes oito voltas depois.
E, no final da primeira passagem, Vitantonio Liuzzi deu sequência ao seu ótimo final de semana com uma manobra genial sobre Kovalainen: por fora, na Parabólica, o italiano ultrapassou o piloto da McLaren e ficou em sexto. Pouco depois, foi a vez de Fernando Alonso passar Kovalainen e deixar o nórdico em oitavo.
A partir daí, as posições se estabeleceram. Hamilton manteve a ponta com uma boa vantagem sobre Raikkonen, enquanto Sutil seguiu pressionando o finlandês da Ferrari. Barrichello, mais pesado do que os rivais, andava sozinho em quarto, longe de Sutil mas sem ser importunado por Button. Mais atrás, Alonso e Liuzzi brigavam pela sexta colocação.
Na 15ª volta, o líder entrou nos boxes. Hamilton reclamou no rádio com a equipe que estava sofrendo problemas de equilíbrio, com seu carro saindo de traseira, e trocou os pneus macios por duros, voltando em quinto. Kubica também foi para os boxes, mas para abandonar a prova.
Três giros depois, foi a vez de Sutil, que também trocou pneus macios por duros, voltando à frente de Kovalainen em sétimo. Raikkonen foi o próximo, na 19ª volta, e voltou logo atrás de Liuzzi e à frente de Alonso e Sutil. Alguersuari, que largara dos boxes, voltou para lá e repetiu Kubica, também abandonando.
Com isso, Barrichello e Button ficaram provisoriamente com as duas primeiras colocações. O brasileiro tinha a vantagem de 2s1 para seu companheiro de Brawn, mas o inglês foi diminuindo a distância entre os dois à medida em que se aproximava da sua parada.
Já Liuzzi viu seu ótimo final de semana encerrado de maneira melancólica na 23ª passagem: o italiano sofreu um aparente problema de câmbio pouco depois da curva Grande e encostou na lateral da pista, abandonando quando estava na quarta posição.
A série de paradas seguiu, desta vez com os carros que escolheram a tática de um único pit-stop. Fernando Alonso foi para os boxes na 27ª volta, com Kovalainen e Vettel logo depois e, no 29º giro, Button entrou. O inglês colocou pneus duros com 9s1 de gasolina.
Na volta seguinte, foi a vez de Barrichello, que trocou o composto duro por macio. 8s6 de gasolina e o lugar à frente de Button, com uma boa vantagem. Hamilton, assim, retomou a liderança, com Raikkonen, Sutil, Rubens e Button logo atrás. Heidfeld, Fisichella — ambos ainda sem parar nos boxes — e Alonso completavam a zona de pontos.
A situação, porém, se mostrou amplamente favorável a Barrichello e Button. Lewis tinha apenas cerca de 15 segundos de vantagem para o brasileiro, tempo insuficiente para se garantir na frente após o seu segundo pit-stop. O atual campeão foi para os boxes na 34ª passagem, uma antes do esperado, e seguiu com pneus duros e 7s7 de combustível, atrás da dupla da Brawn.
Depois, foi a vez de Raikkonen e Sutil seguirem para os boxes. Os dois saíram como entraram, com o finlandês na frente do alemão, e ambos tiveram problemas nas suas paradas — Adrian errou o ponto de freada e quase atropelou um mecânico, perdendo um dos seus espelhos no incidente. Mas os dois pilotos conseguiram sair tranquilamente dos seus pit-stops e voltaram, respectivamente, em quarto e quinto.
A partir daí, Barrichello ficou tranquilo na ponta, comprovando a estratégia acertada de Ross Brawn para a prova. Com uma distância confortável para Button, o veterano viu Hamilton se aproximar cada vez mais do líder do campeonato, mas sem conseguir chegar o suficiente para tentar fazer a ultrapassagem.
Antes do final, um momento incomum em uma briga entre Kazuki Nakajima, Jarno Trulli e Timo Glock. O italiano tocou em Nakajima na primeira chicane e voltou à pista logo à frente do seu colega de Toyota. Glock, então, deixou a diplomacia de lado e forçou a ultrapassagem sobre Jarno — e este, ao tentar manter a posição, entrou na primeira curva de Lesmo por fora, escapando e voltando em 14º, atrás de Sébastien Buemi.
Parecia tudo definido, mas Hamilton perdeu seu lugar no pódio nas últimas curvas. O inglês perdeu o controle na saída da primeira curva de Lesmo e bateu de frente no muro, deixando a pista cheia de pedaços da sua McLaren e provocando uma bandeira amarela, obrigando até mesmo o safety-car a entrar no traçado. Raikkonen agradeceu, conseguindo um inesperado lugar no pódio.
E Barrichello, enfim, recebeu a bandeira quadriculada. O brasileiro coroou seu ótimo trabalho — e também da Brawn, com uma estratégia acertada no uso do combustível — liderando a dobradinha da Brawn, no retorno de Button ao pódio após cinco provas longe dos três primeiros lugares. O 1-2 do time de Brackley foi o quarto na temporada, o primeiro liderado por Rubens.
Kimi foi o terceiro, com a incrível Force India de Sutil em quarto. Alonso levou quatro pontos para a Renault ao chegar em quinto, à frente de Kovalainen e Nick Heidfeld, e Sebastian Vettel, discreto, completou a zona de pontos.
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