16 de novembro de 2009

Mercedes compra Brawn e vende sua parte no comando da McLaren

Fonte: www.grandepremio.com.br

Alemães vão fornecer motores para a McLaren até 2015, mas deixaram o comando do time; já a Brawn vai se chamar Mercedes GP a partir de 2010


A segunda-feira (16) foi de mudanças na vida de McLaren, Mercedes e Brawn. Em uma entrevista coletiva em Frankfurt, a montadora alemã confirmou a venda das ações que detinha de controle da McLaren, encerrando assim seu comando sobre a equipe de Woking, mas também garantiu o fornecimento de motores para o time até 2015. Além disso, a Brawn agora vai ser comandada pelos germânicos e passará a se chamar Mercedes GP. Os pilotos não foram confirmados.

O comunicado oficial teve duas frentes. No que se referiu à McLaren, a própria escuderia tratou de informar, instantes após o fim da coletiva, que vai retomar os 40% de ações controladas pela Mercedes até o final de 2011, em uma operação que vai tornar o time inglês totalmente independente — apesar de contar com os motores alemães até o final do Mundial de 2015. O time também vai manter o nome da montadora e o patrocínio pelos próximos seis anos. Já a Brawn teve 75,1% das suas ações compradas pela Mercedes — 45,1% diretamente pela empresa, com os outros 30% nas mãos do grupo de investimentos Aabar, de Abu Dhabi, que detém uma parte minoritária do comando da montadora. Com isso, o time de Brackley vai se chamar Mercedes a partir de 2010, ganhando a pintura prateada tradicional da marca e o símbolo da estrela de três pontas estampando seus carros. Mas, se o futuro da equipe está definido, o mesmo não se pode dizer com relação aos pilotos — de nenhum dos dois times, aliás. Nico Rosberg parece muito próximo da Brawn, assim como Lewis Hamilton está confirmado na McLaren. As outras duas vagas aparentam estar nas mãos de Jenson Button e Nick Heidfeld, de acordo com os rumores da imprensa europeia. Porém, não se sabe qual piloto vai para qual time, com o atual campeão sendo cogitado tanto na sua atual escuderia quanto como companheiro de Hamilton em Woking.

McLaren comemora retorno a status de "totalmente independente"


Usando o nome "realinhamento de estratégia de aliança a longo prazo", a McLaren confirmou as mudanças em sua direção, entre as quais se destaca a compra dos 40% das ações que são da Mercedes até 2011.O comunicado informa que o fornecimento de motores por parte da empresa alemã continua até 2015, o que impede a nota de falar em encerramento da parceria. Chegando até o último ano de contrato, a Mercedes vai ser a dona dos motores da McLaren pelo 21º ano consecutivo. Até lá, nada vai mudar no nome da equipe, que vai continuar sendo McLaren Mercedes, caracterizada pelo mesmo vermelho e prateado.O time afirma que, em 2011, se tornará uma entidade corporativa "totalmente independente", o que indica que não está nos planos da escuderia anunciar uma parceria semelhante àquela com a Mercedes.Ron Dennis, acionista-fundador do McLaren Group, destacou que a alteração no rumo da empresa vai ajudar a equipe da F1. "Os próximos anos representarão um momento muito emocionante para a McLaren, durante o qual pretendemos nos tornar uma força econômica e tecnológica cada vez maior. A F1 será sempre nossa atividade principal, por razões comerciais sólidas, mas também por razões históricas esportivas: nosso negócio na F1 tradicionalmente contou com segurança financeira, em grande parte como consequência da longevidade dos contratos com nossos parceiros, muitos deles passando dos 15 anos de comprometimento com a McLaren."Além da saída gradual da Mercedes, foi anunciada também a — já esperada — separação da McLaren Automotive, hoje comandada por Ron Dennis, do McLaren Group. "A partir de 2011, [a McLaren Automotive] vai começar a produzir sua própria linha de carros esportivos de alta performance, orientado para penetrar em um segmento automotivo meticulosamente escolhido", diz a nota. Dennis, que esteve no GP de Abu Dhabi e voltou a ouvir perguntas sobre um possível retorno à equipe, defendeu as mudanças. "Sempre foi minha convicção que, para sobreviver e prosperar na F1 do século 21, uma equipe deve ser muito mais do que apenas uma equipe. Sendo este o caso, a fim de desenvolver e manter os fluxos de receita necessários para competir, vencer GPs e Mundiais, as empresas que executam as equipes de F1 devem alargar o leque de sua atividade comercial."

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