O mercado brasileiro de automóveis não vive um bom momento em 2012, apesar dos bons números. Extremamente dependente do governo, que alivia a barra para as montadoras quando a situação aperta, as fabricantes conseguiram manter suas vendas em um patamar comparável aos de 2011 e 2010 graças ao “sprint” iniciado em 21 de maio, quando o IPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados, foi zerado para carros populares e reduzido para outras categorias. Além disso, o Ministério da Fazenda, que regula esse setor, reduziu os juros e taxas para financiamentos e aumentou o prazo das parcelas.
Como resultado, as montadoras voltaram a colher bons resultados de vendas, especialmente nos últimos dois meses, quando o volume de emplacamentos retomou o fôlego do ano passado. Mas não é só isso. Em contrapartida, as montadoras também se comprometeram a vender seus carros com descontos moderados e a manter empregos no setor, o que foi exigido pelo governo ao lançar o novo pacote de impostos, que acabou sendo prorrogado até 31 de outubro – a vigência anterior era até 31/8.
Para mostrar como o mercado cresceu neste período basta comparar os resultados dos três meses anteriores à redução do imposto - março, abril e maio -, que tiveram forte queda de vendas, com o período em que o incentivo vigorou, entre junho e agosto. A variação de alguns veículos específicos impressiona ao superar os 100% de crescimento de vendas ou ao ficar muito próximo disso.
O carro cujas vendas mais cresceram desde que a nova regra do IPI entrou em vigor foi o Fiat Siena, com impressionantes 114% de alta. Durante os três meses de recessão o modelo somou 15.313 emplacamentos contra 32.915 no período de crescimento. O modelo da marca de origem italiana, todavia, teve o trunfo da chegada de uma nova geração – o Grand Siena – que colaborou bastante para o aumento.
Outros destaques são a picape Toyota Hilux, com variação de 97,4%, e o compacto Volkswagen CrossFox, cujas vendas subiram 86,7% com IPI reduzido. O desempenho do Fox “standard” também chama atenção, principalmente pelo volume acumulado nos dois períodos de comparação. Nos meses de baixa a VW vendeu 29.647 unidades do compacto, número que subiu para 50.133 na retomada, diferença de 69,1% ou 20.486 carros.
Abaixo os maiores aumento de vendas após a redução de IPI:
Fiat Siena - variação de 114,9%
Toyota Hilux - variação de 97,4%
VW CrossFox - variação de 86,7%
Toyota Hilux SW4 - 77,6
Renault Clio - variação de 76,7%
Peugeot 207 - variação de 74,0%
Ford Focus - variação de 72,4%
VW Fox - variação de 69,1%
Fiat Punto - variação de 67,3%
Honda Fit - variação de 64,8%
Chevrolet Celta - variação de 63,0%
VW Amarok - variação de 62,0%
Fiat Idea - variação de 60,2%
Chevrolet Prisma - variação de 54,4%
Renault Duster - variação de 54,0%
Honda Fit - variação de 54,0%
Nissan Livina - variação de 53,8%
Chevrolet S-10 - variação de 51,3%
Fiat Palio - variação de 47,3%
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