23 de fevereiro de 2013

Beto Carrero World se prepara para tentar sediar 2ª corrida do Brasil na F1, o GP do Mercosul.

Fonte: http://www.grandepremio.com.br

Um complexo de velocidade. É isso que o Beto Carrero World pretende também ser em um futuro muito breve. O quinto maior parque temático do mundo, que acaba de comemorar 21 anos de existência, deseja usar a sólida imagem e a estrutura que construiu desde a inauguração para se transformar em uma referência do esporte a motor na América Latina, atraindo as principais categorias do mundo, sobretudo a F1. Para isso, o parque, localizado no litoral norte de Santa Catarina, trabalha em um projeto ambicioso de um autódromo.

O desenho do circuito tem a mão do arquiteto alemão Hermann Tilke, responsável por vários traçados do atual calendário do Mundial. Além disso, o complexo recebeu a visita de Bernie Ecclestone no fim de 2012, como forma de apresentar ao mandachuva da F1 os planos e assuntar a possibilidade de sediar um GP para o sul do Brasil.
“Era um dos maiores sonhos do meu pai”, contou Alex Murad, presidente do Beto Carrero World, em entrevista exclusiva àRevista Warm Up. “Tudo começou com a construção do kartódromo, também projetado pelo Hermann Tilke. Hoje, já sediamos duas etapas das 500 milhas de kart e agora o Desafio das Estrelas. E isso tudo junto com o Mundial de Motocross. Agora, o autódromo está bem perto de virar realidade”, completou o executivo.

De fato, o começo da estrutura para competições iniciou com o kartódromo de 1.200 m, que foi inaugurado em 2011, com as 500 milhas de kart, e com a construção da pista de Motocross, que no ano passado recebeu a etapa brasileira do mundial da modalidade, sendo premiada, inclusive, como a melhor etapa do calendário.

Portanto, nada mais normal que o próximo passo seja realmente erguer um autódromo dentro do parque. “O mundo de Bernie é totalmente imprevisível, tudo pode acontecer”, afirmou Alex, ao ser questionado sobre a visita, as impressões do britânico e, mais importante, sobre a possibilidade de sediar um GP de F1.

“Foi incrível conhecê-lo e foi muito especial a visita que ele nos fez. Infelizmente, ficou pouco tempo, porque teve uma diferença de apenas uma semana, entre o GP dos EUA e a corrida aqui no Brasil no ano passado. E aí, ele pegou o único dia de folga que teria para vir aqui e conhecer o espaço e o nosso projeto. Acredito que ele tenha deixado Santa Catarina com uma boa impressão”, completou.

A princípio é lógico pensar que a F1 só volta seus olhos para o sul do Brasil se algo der muito errado com Interlagos, o que, no momento, não parece ser o caso, mesmo diante da insistência dos organizadores do Mundial com relação à reforma da pista paulistana, especialmente no que diz respeito às áreas de paddock e boxes.

Murad, entretanto, não leva em consideração os problemas de Interlagos, cujo contrato com a FOM [Formula One Management], a empresa que detém os direitos comercais da F1, termina ao final de 2014. Alex, seguindo seu arrojado projeto, vai muito mais longe e evita bater de frente com o a pista paulistana. Para o empresário, o Brasil comporta facilmente dois GPs da maior das categorias do esporte a motor. E é com essa possibilidade que o empresário trabalha. “Eu acho que o caminho mais saudável para todo mundo é ter duas corridas”, disse à Warm Up.


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