Nascido para ser o substituto do malsucedido Fiat Oggi, a versão três volumes do Uno apostava no amplo espaço e novas soluções técnicas para enfrentar o competitivo segmento de sedãs.
Lançado ainda em 1985, o Prêmio chegava inicialmente na versão CS duas portas, usando o mesmo motor 1.5 do Uno SX, porém com torque maior, o que lhe dava ótima dirigibilidade na época.
Para diferenciá-lo do Uno, a Fiat destacava o amplo espaço, nível de conforto e melhor acabamento interno. O desempenho era adequado, com aceleração de 0 a 00 km/h em 15,9 segundos, similar à do Voyage Super 1.6. O Prêmio tinha ainda baixo nível de ruído e boa estabilidade e, graças ao estepe alojado na frente, o porta-malas levava nada menos do que 444 litros, algo que deixava os concorrentes distantes.
Poucos meses depois, ainda em 1985, era lançado o Prêmio S. Mais simples, ele poderia ter câmbio de quatro ou cinco marchas, além de contar com o motor 1.3 de 59 cv. No ano seguinte, a versão CS ficava mais leve, e o desempenho e o consumo melhoravam.
Em 1987 era lançada a versão quatro portas CSL com maçanetas salientes, travamento central elétrico, além de ar-condicionado e check control (opcionais). Nesse mesmo ano, o Prêmio começava a ser exportado para a Europa com o nome Duna com bons resultados, principalmente na Itália.
Em seguida o motor 1.5 passaria a 82 cv de potência e no ano de 1989, a versão CSL ganhava acabamentos plásticos externos, lanternas fumê com friso que as integrava e apoios de cabeça vazados, além do ótimo painel que já era utilizado no Duna. Para o ano seguinte viria o motor argentino 1.6 Sevel de 84 cv e torque de 13,2 kgfm. O desempenho ficava ainda melhor, e o Prêmio CSL acelerava de 0 a 100 km/h em 12,2 segundos, uma boa marca para a época.
Depois disso, a mudança mais significativa veio em 1991, ao adotar a mesma frente baixa do restante da família. Em 1992 a linha passa a adotar injeção eletrônica e três anos depois, em 1995 a Fiat deixa de produzi-lo no Brasil e começa a importá-lo da Argentina, mercado onde ele fez muito sucesso com o nome Duna.
O Prêmio não foi exatamente um sucesso de vendas no Brasil, mas tinha qualidades, sendo considerado o carro do ano em 1986 pela revista Autoesporte. Depois de mais de 190 mil unidades vendidas, ele deixou espaço para o sucessor Siena em 1997.
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