9 de julho de 2015

Nelsinho Piquet é o primeiro campeão da história da F-E.

Fonte: http://grandepremio.uol.com.br/

A forma foi não-convencional, saindo da 16ª posição, ganhando logo quatro na largada e se recuperando consistentemente. Até que um safety-car permitiu que na 23ª volta ele passasse o companheiro com os cumprimentos da equipe e também Salvador Durán. A manobra sobre o mexicano o colocou na oitava posição, um ponto à frente de Sébastien Buemi na luta do título. E assim ficou. Nelsinho é campeão sem contestações.

“Foi um ano complicado, um final de semana muito difícil, largamos muito atrás. Mas acabou sendo um dia incrível, conseguimos chegar onde precisávamos. Havia combinado com a equipe de não falar muito no rádio e apenas fazer a minha corrida. Nem sabia direito se tinha sido campeão, por isso não comemorei direito. Acelerei muito desde o começo, estou aliviado com o resultado que atingi. Eu sabia que seria possível reverter o quadro do grid de largada”, disse o brasileiro campeão.

E embora Sam Bird tenha feito uma ótima corrida, realizado uma bela ultrapassagem linda sobre Loïc Duval tenha feito a melhor volta da pista e capitalizado os 25 pontos após a punição de Stéphane Sarrazin, poucas foram as pessoas que prestaram muita atenção nisso. Nem nisso, nem nas duas Dragon no pódio, com Jérôme D'Ambrosio e Duval.

"Incrível! Eu forcei até o final e ele ficou sem energia, então nossa estratégia funcionou. Muito bem para a Virgin e fãs ingleses que apareceram", vibrou Bird, o vencedor em Londres.

 A atenção estava, sim, a partir de Senna. E quem diria que uma temporada tão medíocre na Mahindra terminasse com Bruno decidindo o campeonato com uma pilotagem de primeira, se defendendo de Buemi e negando nos metros finais a chance do título do suíço, que ficou nervoso - compreensível pela frustração, não pela pilotagem.

Lucas Di Grassi fez uma baita prova, também, mas suas chances estavam muito comprometidas. Ele termina na terceira colocação do campeonato, mas uma terceira colocação que não fará qualquer mal a seu nome.

Piloto de carreira brilhante no kart e nas categorias-escola, Piquet chegou à F1 aos 22 anos, em 2008, um ano depois do grande rival dos tempos de GP2, Lewis Hamilton. Pela porta da Renault e ao lado de Fernando Alonso, teve um primeiro ano da F1 interessante, inclusive com um pódio. A descoberta sobre o que houve no GP de Cingapura só seria feita um ano depois. Nelsinho, ameaçado por Flavio Briatore de perder o emprego, bateu deliberadamente e garantiu a vitória de Alonso. Uma atitude fraudulenta de toda a equipe, mas que fez Piquet pagar o pato.

Escorraçado, Nelsinho saiu da F1, dos monopostos e da Europa. Não que essa parte seja uma novidade. Em geral, todos lembram da história. E ninguém está aqui para diminuir o que aconteceu.

Mas então Piquet foi para os Estados Unidos andar nas categorias da Nascar, no Ralicross, no que aparecesse, na real. E se tornou, negligenciado muitas vezes, um tipo diferente de piloto, um híbrido, que consegue dominar na Stock Car, nos carros do Ralicross e nos monopostos elétricos em separação de alguns meses.



F-E, eP de Londres, classificação final:
1SAM BIRDINGVIRGIN29 voltas 
2JÉRÔME D'AMBROSIOBELDRAGON+6.973 
3LOÏC DUVALFRADRAGON+9.430 
4BRUNO SENNABRAMAHINDRA+10.147 
5SÉBASTIEN BUEMISUIE.DAMS+10.679 
6LUCAS DI GRASSIBRAAUDI ABT+11.204 
7NELSINHO PIQUETBRACHINA+11.561 
8SALVADOR DURÁNMEXAMLIN AGURI+12.402 
9OLIVER TURVEYINGCHINA+14.142 
10NICOLAS PROSTFRAE.DAMS+14.535 
11DANIEL ABTEUAAUDI ABT+23.170 
12SIMONA DE SILVESTROSUIANDRETTI+24.610 
13KARUN CHANDHOKINDMAHINDRA+31.501 
14ALEX FONTANASUITRULLI+38.423 
15STÉPHANE SARRAZINFRAVENTURI+48.680 
16JEAN-ÉRIC VERGNEFRAANDRETTI+1 volta

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