Fonte: http://www.noticiasautomotivas.com.br/
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai investigar o abandono de mais de mil viaturas da PM sem uso, que estão esquecidas em um terreno ao lado do Centro de Formação de Praças da corporação, que fica em Sulacap, na zona oeste da capital fluminense.
A frota é composta de carros e motos que aparentemente nunca teriam sido usados pela PM. No local desde 2014, os veículos teriam sido adquiridos por valores acima de mercado e com manutenção igualmente superfaturada, sendo assim alvos de investigação da Promotoria.
O governo fluminense teria ainda substituído os 765 carros (muitos são Renault Logan da primeira geração) e 325 motos em outra licitação, deixando assim uma frota nova se deteriorando no terreno. A PM diz que os veículos estão guardados e poderão ser transferidos para municípios do estado, de acordo com o governo estadual.
O estado do Rio de Janeiro assinou dois contratos para aquisição de viaturas para as polícias militar e civil entre 2007 e 2008. Ambos feitos com a empresa Júlio Simões Transportes. No total, seriam 1.508 veículos, sendo que R$ 69,8 milhões foram gastos para aquisição e R$ 88,8 milhões para manutenção.
No entanto, o valor de R$ 158,6 milhões subiu para R$ 192,8 milhões, chamando atenção do Ministério Público. Outro contrato feito com a empresa CS Brasil, que faz parte do mesmo grupo empresarial, teve um custo total de R$ 268 milhões para compra de 1.555 veículos e sua manutenção.
Todos os contratos estão sob investigação. Enquanto isso, a PM defende os contratos de manutenção, já que antes os reparos das viaturas eram feitos nos próprios batalhões, retirando assim muitos policiais do patrulhamento urbano. A corporação alega também que hoje há muito mais viaturas nas ruas que na gestão de manutenção anterior e que o reparo de veículos danificados é mais rápido.
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