Fonte: http://grandepremio.uol.com.br
Josef Newgarden foi o grande piloto da temporada 2017 da Indy e um campeão justíssimo para uma grande temporada que a categoria teve.
Dominante nos treinos livres e cirúrgico para anotar a pole, Newgarden rapidinho provou que já havia esquecido o erro cometido em Watkins Glen. Na prova, largou muito bem e só não venceu com extrema tranquilidade porque Simon Pagenaud ousou na estratégia e foi para frente.
Esperto, soube escoltar o companheiro e, até então, desafeto francês e, sem correr risco algum, foi marchando para um segundo lugar que, naquele cenário, era mais do que suficiente para lhe garantir o caneco. Aos 26 anos, é o americano mais novo a ser campeão da Indy e, acima de tudo, o carismático garoto provou que tem tudo para buscar muitos outros títulos pela frente.
É incrível, eu estou tão orgulhoso desses caras. Não sei o que dizer, custou muito para fazer isso acontecer. Agradeço aos meus companheiros de equipe, eles me ajudaram muito hoje para garantir que o título chegasse. A gente tem um grande esforço de equipe na Penske. É uma honra trabalhar com a Chevrolet e todos os nossos patrocinadores. Foi difícil, são meus instintos naturais. É o que eu faço: tento ganhar as corridas. Mas Tim [Cindric, estrategista de Newgarden] estava me avisando para ser paciente. Eu estava tentando ganhar a corrida, alcançar Pagenaud, mas sem fazer nada estúpido para o time - como eu falei, é um esforço de equipe. Estou feliz por Pagenaud, ele tinha o ritmo para vencer hoje. Todo este grupo merece, estou tão feliz e parabéns para todos na fábrica", disse.
Como não poderia deixar de ser, Josef, um dos mais queridos pelo público americano, convocou a torcida para a próxima temporada e agradeceu o apoio dos fãs na conquista. Em Gateway, por exemplo, foi ovacionado depois da vitória com o toque polêmico em Pagenaud.
"Muito obrigado, fãs. Temos alguns dos melhores fãs do mundo, é uma grande categoria que só vai melhorar. Se alguém que você conhece não sabe do que acontece aqui, traga para uma corrida ano que vem, venha para as 500 Milhas de Indianápolis. Meus pais colocaram me ajudaram de todas as formas como podiam. Tenho certeza que estão felizes!", completou com a voz embargada.
Conformado com a perda do bicampeonato apesar do triunfo, Pagenaud ao menos exaltou, com razão, aquele que foi de longe seu melhor desempenho em 2017, dando méritos para todos da equipe.
"Sabe, no fim do dia, acredito que o importante é ter o melhor desempenho possível nestas condições. Creio que o campeão acaba sendo alguém que consiga dar o máximo ou mais que o máximo em determinado momento. Achei que fizemos isso como time hoje, eu como piloto, meu engenheiro, meu estrategista, minha equipe, todos nos pit-stops. Fizemos isso", falou.
Simon ainda lembrou de destacar um ponto importante: que ele é regular e consistente, todo mundo sabe, mas fechar um ano todo completando simplesmente todas as voltas do campeonato não é para qualquer um. E o francês conseguiu isso.
"Eu fiquei realmente surpreso com o segundo stint e como estávamos fortes comparados a todo mundo. Deu para fazer muita ultrapassagem, algumas bem agressivas, realmente estava começando a funcionar. Tivemos zero problema mecânico esse ano, nenhum mesmo. A Chevy foi incrível em termos de confiabilidade. Além disso, meu time não teve problemas durante as corridas - acho que não tivemos qualquer problema nos pit-stops. Não cometi erros estúpidos, não quebrei asa, não bati em ninguém em momento algum. Então terminamos todas as voltas da temporada, não sei as estatísticas, mas é muito louco isso [completar todas as voltas da temporada]. Estou muito orgulhoso disso", fechou.
Parabenizando Newgarden, Dixon falou um pouco abatido depois da corrida. Estava claro que o veterano, por mais que soubesse que tinha bem menos equipamento que os rivais, achava que era capaz de levar o campeonato.
"Pareceu que o #3 [Castroneves] nos marcou. Foi um bloqueio enorme em algumas partes da pista - foi circunstância", availou. "Uma vez que tivemos pista aberta, pudemos caçá-los. Dou muito crédito para a minha equipe, foi uma temporada fortíssima. Parabéns à Penske e Josef pelo trabalho bem feito", congratulou.
No fim das contas, Dixon foi terceiro, uma posição excelente para uma Ganassi que decepcionou na maior parte do ano. Mesmo assim, o neozelandês citou momentos em que poderia ter pontuado ainda mais.
"Creio que nós tínhamos boa velocidade, mas não vencemos algumas corridas que deveríamos. Batemos demais, perdemos pontos valiosos... Aprendemos muito nesta temporada. Ganhamos coisas importantes nessa volta à parceria com a Honda. Agora vamos tirar férias e voltaremos", afirmou.
Tony Kanaan se despediu da Ganassi em uma corrida muito complicada, como foi boa parte de seu campeonato. O brasileiro lamentou o acidente na primeira volta e deixou uma mensagem para o time que defendeu nos últimos quatro anos.
"Começar a corrida sendo acertado na traseira me tirou as chances de ter uma boa prova. Tive que ir para o pit-lane imediatamente por conta de um pneu furado, e uma vez que fui jogado para trás com a parada inesperada foi quase impossível voltar para a frente. No geral, foi uma temporada difícil para mim. Muitas coisas que não podíamos controlar deram errado, assim como algumas que podíamos controlar, mas vou para as férias otimista com a próxima temporada. A NTT Data foi uma grande parceira nos últimos anos, também quero agradecer Chip [Ganassi] e toda a Ganassi por me dar a oportunidade de ser parte do time. Desejo a eles o melhor", falou.
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