8 de junho de 2009

Com Ponto Frio, Pão de Açúcar diz que deve contratar no médio prazo

Com a compra, a rede toma a liderança do varejo brasileiro.Ponto Frio havia sido oficialmente colocado à venda em março.
Ao anunciar nesta segunda-feira (8) a compra da rede de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos Ponto Frio (Globex Utilidades), o presidente do Conselho do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz, afirmou que a empresa não deve demitir e sim contratar no médio prazo.

Segundo ele, se houver alguma demissão imediata, deve ocorrer no “alto escalão”, mas não há nada definido ainda.

De acordo com Diniz, poucas lojas do Ponto Frio serão fechadas logo após a aquisição. Como a maioria dos funcionários do Ponto Frio são das lojas, não deve haver muitas demissões, disse ele. "Mas acho que depois vamos abrir vagas, esse é nosso compromisso", afirmou Diniz.

Diniz disse que o grupo ainda estuda se manterá a marca Ponto Frio. O empresário afirmou que com a aquisição o grupo tem como meta “crescer em eletrodomésticos e eletrônicos. As pessoas gostam de comprar modernidade, avanços da tecnologia.” De acordo com Diniz, o plano é de cinco anos atrás, “quando a empresa decidiu crescer em não-alimentos, para manter o hipermercado Extra em crescimento e atraente”.

De acordo com o presidente do conselho, as lojas e principalmente a localização das unidades do Ponto Frio foram o maior atrativo para comprar a rede. "A localização é muito importante para o varejo. Das 10 coisas mais importantes para o varejo, de 1 a 10 é localização", disse Diniz.

Para o vice-diretor financeiro do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, o mercado de eletrodomésticos foi "alavancado pelo aumento da renda, pelo crescimento da classe B e C e pela ampliação de crédito pessoal e imobiliário". Ele avalia que o setor, no entanto, ainda é muito concentrado.

"Hoje, o Pão de Açúcar tem 10% do mercado de eletrodomésticos, e com a aquisição passa a ter 26%", disse o presidente do Pão de Açúcar, Cláudio Galeazzi.

Diniz também acredita no impulso dado pelo crédito imobiliário. "O governo está incentivando o crédito imobiliário, e essas pessoas vão precisar comprar eletrodomésticos e móveis para por na casa", disse ele.

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