Fonte: http://webluxo.com.br e http://www.jornalacidade.com.br e http://jovempan.uol.com.br
Turistas brasileiros que viajam ao exterior com dólares enfrentam cada vez mais uma armadilha que pode deixá-los sem dinheiro para pagar contas e acertar até mesmo hospedagens de hotéis. Algumas séries de notas de US$ 100 são menos aceitas por comerciantes, hotéis, taxistas e casas de câmbio em diferentes países. Ou só são aceitas por valor inferior - em alguns casos, chegando a 20% menos.
Com novas cédulas sendo jogadas no mercado a cada ano pelo governo americano, algumas séries antigas que ficaram associadas a problemas de falsificação, como as de 2001 e 2003, estão marcadas no comércio internacional. E as das décadas de 1980 para trás têm recusa certa em alguns países. Segundo Rogério Silva, da mesa de operações de câmbio do Banco Paulista, houve diversos relatos de notas não aceitas durante a última Copa do Mundo de futebol, na África do Sul, por fazerem parte desses grupos.
Quanto mais recente, mais facilmente a nota é aceita por um estabelecimento comercial. As notas preferidas são as feitas a partir de 1996, que têm uma figura grande de Benjamin Franklin, e não apenas o rosto dentro de um círculo no meio do bilhete, como as anteriores. As "carudas" têm mais dispositivos de segurança contra falsificações, como um numeral 100 que muda de cor conforme a nota é balançada.
Praticamente só elas são recebidas por lojistas de Europa, Ásia, Oriente Médio e Chile. Quem vai viajar deve ter cuidado redobrado: as notas anteriores a 1996 são consideradas igualmente válidas pelo governo americano e, por isso, acabam vendidas em várias casas de câmbio no Brasil.
A nota de 1988, por exemplo, é recusada amplamente - por causa das fraudes verificadas naquele ano. Em 2001, já com o novo modelo, notas falsas foram encontradas no Peru, com suspeita de que viessem do Paquistão. Por conta disso, as notas que começam em séries CB e AB, com o código B2 abaixo, também ficaram marcadas.
Como as notas anteriores a 1996 são consideradas igualmente válidas pelo governo americano, elas são vendidas em várias casas de câmbio no Brasil.
Conforme o Banco Central, não existe a figura de câmbio no país; o que existe são instituições autorizadas pela autarquia (bancos, corretoras e distribuidoras) que também exercem essa atividade regulamentada pela Resolução 3.568. "A contratação de câmbio é ato voluntário das partes, não sendo a instituição autorizada obrigada a realizar o negócio", informa o Banco Central por meio da assessoria de imprensa.
O site do Banco Central (www.bcb.gov.br) traz a lista das 170 instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio e as empresas contratadas como correspondentes para realizar operações de câmbio.
Veja todos os detalhes para trocar dólares antigos
As corretoras não trocam dólares antigos. A troca só é feita pelo envio das cédulas para o Bureau of Engraving and Printing, nos Estados Unidos, que atende mais de 30 mil casos do mundo inteiro por ano. O endereço é:
Department of the Treasury
Bureau of Engraving and Printing
Mutilated Currency Division
14th & C Streets, SW, Room 344-A
Washington, DC 20228
Ao enviar a correspondência, você deve incluir nome e endereço completos e um número de telefone para contato. Não há custo para o serviço de de cédulas. Caso a quantia seja alta, é recomendável fazer seguro e enviar por carta regitrocastrada. Entregas via FedEx e UPS são aceitas. Após checagem das cédulas, será emitido um cheque do Tesouro dos EUA (US Treasury check).
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