Felipe Massa em nada lembrou o piloto do início de 2012, no GP da Austrália, disputado no último domingo (18). No ano passado, sofrendo com o carro desequilibrado da Ferrari e sem conseguir se adaptar aos pneus Pirelli, o brasileiro havia se classificado apenas na 16ª posição antes de abandonar. Dessa vez foi diferente. O piloto da Ferrari assumiu a segunda colocação logo na largada, antes de fechar a prova com a quarta posição.
Apesar disso, a corrida de Melbourne também marcou um recorde incômodo para o piloto brasileiro. Sem vencer na F1 desde o GP do Brasil de 2008 – aquele famigerado em que Lewis Hamilton passou Timo Glock na última curva para ficar com o título –, Massa completou 68 corridas consecutivas sem subir ao degrau mais alto do pódio. Jamais um piloto da Ferrari teve tamanha seca.
Desde a vitória em Interlagos, Massa passou as nove primeiras etapas de 2009 sem vencer. Naquele ano, a Ferrari tinha começado o campeonato atrás de equipes como Brawn, Red Bull e até mesmo Toyota e Williams, devido à mudança de regulamento e não utilização do difusor duplo, presente nos demais times. Quando a equipe italiana começou a dar sinais de melhora, o brasileiro sofreu um gravíssimo acidente no fim de semana do GP da Hungria, ao ser acertado por uma mola, ficando fora das pistas até o fim daquela temporada. A partir de 2010, Massa teve Fernando Alonso como companheiro de equipe, mas o jejum continuou.
Desde que chegou à Ferrari, Alonso conquistou nove vitórias e brigou diretamente pelo título em duas oportunidades: 2010 e 2012, terminando em segundo lugar, mas sempre sendo superado por Sebastian Vettel. Massa, por sua vez, não conseguiu voltar à forma que lhe assegurou o vice em 2008. De 2010 em diante, Felipe não conseguiu fazer frente ao seu companheiro de equipe na maioria das corridas, entrando em sua pior fase na carreira. A má fase ficou para trás no fim do ano passado, mas, ainda assim, a seca de vitórias permanece, chegando a 68 GPs sem subir ao topo do pódio no último domingo, em Albert Park.
Sem corresponder na pista, o brasileiro foi bastante criticado, incluindo com pilotos como Robert Kubica e Sergio Pérez especulados em seu lugar. Mesmo assim, a escuderia de Maranello sempre garantiu que não procurava um substituto. Tanto é que Massa renovou o contrato no fim da temporada passada por mais um ano.
Em 2013, a situação foi um pouco diferente. A Ferrari construiu um carro “de outro planeta” e “200 vezes melhor”, nas palavras dos próprios pilotos, e Felipe conseguiu a quarta colocação em Melbourne, só tendo sido ultrapassado por Fernando Alonso pela estratégia da equipe italiana nas paradas nos boxes.
Só que sem a vitória, Massa ultrapassou Jean Alesi, que correu pela Ferrari entre 1991 e 1995 e só conquistou um único triunfo pelo time, o único da carreira, no GP do Canadá de 1995, como piloto com maior sequência sem vencer pela lendária escuderia. O francês tinha ficado 67 longas etapas sem vencer.
Uma boa explicação para o recorde negativo do brasileiro é o fato de ele ter sido o segundo piloto a mais ter disputado provas pela Ferrari, com 139 (nº. atualizado), perdendo apenas para Michael Schumacher, com 180.
Mesmo com o jejum atual, a passagem de Massa pelo time italiano foi vitoriosa. Ele conquistou 11 vitórias, quarto que mais venceu pela Ferrari, e 15 poles, terceiro da história. E por falar em história, a Ferrari já teve 107 pilotos desde a estreia na F1, no GP de Mônaco de 1950. Desta relação, 37 deles venceram ao menos uma corrida, sendo que Schumacher é o recordista, com 72.
Mesmo com o jejum atual, a passagem de Massa pelo time italiano foi vitoriosa. Ele conquistou 11 vitórias, quarto que mais venceu pela Ferrari, e 15 poles, terceiro da história. E por falar em história, a Ferrari já teve 107 pilotos desde a estreia na F1, no GP de Mônaco de 1950. Desta relação, 37 deles venceram ao menos uma corrida, sendo que Schumacher é o recordista, com 72.
Confira os maiores jejuns de vitória na história da Ferrari:
Felipe Massa | 86 GPs (nº. atualizado) 9 GPs, sem contar o GP da Hungria (2009) + 19 (2010) + 19 (2011) + 20 (2012) + 19 (2013) |
Jean Alesi | 67 GPs: 16 (1991) + 16 (1992) + 16 (1993) + 14 (1994) + 5 (1995) |
Michele Alboreto | 55 GPs: 7 GPs (1985) + 16 (1986) + 16 (1987) + 16 (1988) |
Eddie Irvine | 49 GPs: 16 GPs (1996) + 17 (1997) + 16 (1998) |
Clay Regazzoni | 34 GPs: 3 GPs (1970) + 11 (1971) + 10 (1972) + 10 (1974) |
Stefan Johansson | 31 GPs: 15 GPs (1985) + 16 (1986) |
Rubens Barrichello | 30 GPs: 6 GPs (2000) + 17 (2001) + 7 (2002) |
Chris Amon | 27 GPs: 10 GPs (1967) + 11 (1968) + 6 (1969) |
Gerhard Berger | 27 GPs: 3 GPs (1989) + 16 (1993) + 8 (1994) |
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