Fonte: http://economia.ig.com.br
A fabricante brasileira Embraer disse durante a Paris Airshow, nesta segunda-feira, que planeja investir US$ 1,7 bilhão nos próximos oito anos na segunda geração de sua família de aviões comerciais.
A terceira maior fabricante de aviões do mundo estimou uma demanda por 6.400 aviões comerciais com até 130 assentos nos próximos 20 anos.
A nova geração considera três novos aviões: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O primeiro entra em serviço no primeiro semestre de 2018, sendo que o segundo começa a operar em 2019 e o terceiro em 2020.
Em comunicado, a Embraer afirmou que o novo formato aerodinâmico da asa, aprimoramento de sistemas e aviônicos e novos motores resultarão em reduções de dois dígitos no consumo de combustível do avião. Nos modelos E-170 e E-175 haverá redução de 5% no consumo. Nas séries E-190 e E-195, a economia será de 4,4%.
A novidade é que os aviões regionais brasileiros serão, ainda, os mesmos que saem agora das linhas de produção, porém, absolutamente renovados. As alterações vão determinar consideráveis ganhos de eficiência.
Há mais. As winglets, aquelas pequenas extensões na extremidade dos dois lados da asa, ficaram maiores, viraram wingtips, mais longas e em ângulo crítico, uma sofisticação aerodinâmica usada para melhorar o desempenho. Só esse recurso é responsável por metade da vantagem adquirida nos gastos com o querosene de aviação.
Há estudos considerando a possibilidade de algum aumento na capacidade dos jatos maiores. O birreator E-195 receberia 118 passageiros no arranjo de baixa densidade —ou 136, na ocupação compacta para curtas distâncias.
A geração avançada de aviões regionais da Embraer chega aos clientes apenas em 2018 —mas já está voando, há meses, na "caverna", a sala que abriga o Centro de Realidade Virtual, no setor de engenharia de projeto da empresa. Ali, engenheiros quase todos muito jovens circulam com o rosto coberto por imensos óculos com capacidade tridimensional. Os jatos que, por enquanto, só eles veem, serão motorizados com turbinas da Pratt & Whitney em vez de GE, fornecedora da linha atual.
Isso determinou uma espécie de elevação da asa —os motores têm diâmetro maior, precisam de espaço. A aviônica, o sistema de controle eletrônico de bordo, é da 3ª geração da Honeywell, uma evolução das versões empregadas nos E-Jets desde a estreia da linha, em 2004.
O trabalho dos pilotos será facilitado também pela adoção de monitores digitais, de alta resolução gráfica. No total, cinco telas de emprego múltiplo.
Com mais de 1.200 encomendas de E-Jets, a Embraer detém 42% do mercado nesse segmento. Mais de 950 E-Jets foram entregues até o momento para 65 clientes de 47 países.
A segunda geração de E-Jets da Embraer vai disputar um mercado estimado em US$ 315 bilhões.
A empresa está vivendo a retomada de grandes contratos, como o da Republic Airways. Uma operação em duas etapas, envolvendo a aquisição de 47 E-175 e em seguida de outro lote de mesmo tamanho, vai acrescentar ao faturamento não menos de US$ 4 bilhões. A Republic é dona da maior frota de E-Jets do mundo, operando 73 unidades.
A Embraer credita à inovação o fator determinante no seu posicionamento competitivo. "Essas verdades ganham dimensões especiais na indústria aeronáutica, em que inovação e desenvolvimento tecnológico são as questões da sobrevivência, e não apenas de diferenciação competitiva", posição da companhia revelada em nota formal da diretoria.
A política de aplicação de novidades, definida pelo presidente, Frederico Curado, ocorre em quatro dimensões transversais à cadeia de valor: 1) inovações de produtos e serviços; 2) inovações dos processos; 3) inovação de marketing; e 4) inovações empresariais. A ousadia é evidente no ramo militar.
Como reflexo do desenvolvimento do cargueiro e reabastecedor de combustível, o KC-390, a empresa criou uma coligada, a Embraer Defesa e Segurança (EDS), que nasceu rica, dona de uma fábrica em Gavião Peixoto, a 300 km de São Paulo, e da maior pista de decolagem e pouso da América Latina — 5 mil metros de asfalto cercados de monitores e sensores eletrônicos.
Venezuela comprará mais aviões da Embraer, afirma Nicolás Maduro
A Venezuela comprará mais aviões da brasileira Embraer para reforçar a frota da linha aérea estatal Conviasa, informou no sábado (2) o presidente do país, Nicolás Maduro.
Maduro recebeu no sábado (2) três aeronaves que foram adquiridas em 2012 por seu predecessor, Hugo Chávez, em Brasília, antes de uma cúpula em que foi formalizada a entrada da Venezuela no Mercosul.
"Nesta primeira etapa são ...até 13. Falamos de 20 com a Embraer. Bom, eu ordeno que inicie negociações com a empresa Embraer para chegar a até 20 aviões para a Conviasa", disse Maduro às autoridades da linha aérea quando aterrisaram os três aviões de modelo ERJ-190.
A Conviasa (Consorcio Venezolano de Industrias Aeronáuticas y Servicio Aéreo) é a linha aérea venezuelana criada em 2004 por Chávez.
"Precisamos ter uma grande indústria aeoronáutica e, em breve, consolidaremos a linha aérea Conviasa como uma das melhores e das mais eficientes, tem que ser assim", disse o presidente em um ato televisionado no aeroporto internacional de Maiquetía, perto de Caracas.
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