27 de setembro de 2014

Fórmula 1 para quem gosta mais não conhece a história!

Fonte parcial: http://papodevelocidade.com/
A Fórmula 1 tem atualmente 11 equipes no grid disputando as corridas durante a temporada. Mas apenas três delas estão há décadas sem trocas de nomes, Ferrari, Williams e McLaren. Graças a várias mudanças de comando, patrocinadores e acionistas, a categoria tem uma linha do tempo bizarra para quem não a acompanha. Por exemplo: a Mercedes, escuderia da histórica montadora alemã, já foi Honda, concorrente japonesa no mundo dos carros.
A explicação está na história dessa equipe. A Mercedes GP surgiu em 2010 após a compra da Brawn GP, equipe formada com a estrutura deixada para trás pela Honda, pelo engenheiro Ross Brawn, campeã em 2009 com Jeson Button. A montadora japonesa abandonou a Fórmula 1 no fim de 2008, por causa da crise econômica mundial. A sede das três equipes é a mesma, em Brackley, na Inglaterra.
A própria Honda não é a origem dessa equipe montada em terras inglesas. Os japoneses colocaram o nome de sua marca em 2006, após assumir o controle da BAR, a British American Racing, que pertencia a uma empresa de tabaco desde 1999, quando esta comprou a histórica Tyrrell, campeã mundial nos anos 1970, mas que vivia em crise nos últimos anos.
Braw GP
BAR Honda
Tyrrel
Lotus já foi Toleman
Outro caso interessante de hoje na Fórmula 1 é a Lotus. Embora leve o nome do time que teve nomes como Emerson Fittipaldi, Jim Clark, Graham Hill, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Mario Andretti e Jochen Rindt, a equipe atual de Pastor Maldonado e Romain Grosjean não é uma sequência da linha histórica da escuderia de Colin Chapman.
A Lotus atual surgiu em 2011, quando a Renault vendeu o controle de sua equipe. Apesar de ser de uma fábrica francesa, a equipe dos títulos mundiais de Fernando Alonso tinha sede na Inglaterra, em Enstone. Isso porque a equipe comprou a antiga Benetton, pertencente a uma empresa italiana de moda, que também entrou para a história da F1 com o bicampeonato de Michael Schumacher, em 1994 e 1995, e teve durante duas temporadas o brasileiro Nelson Piquet, em 1990 e 1991.
A Benetton, por sua vez, surgiu da compra da pequena inglesa Toleman, que é conhecida por ter sido a primeira equipe da carreira de Ayrton Senna na Fórmula 1, pela qual o brasileiro fez o brilhante GP de Mônaco de 1984 e despertou o interesse de escuderias maiores até ir para a Lotus de então. Ou seja, por essa linha do tempo a Lotus de hoje não é a Lotus de Senna, mas tem o brasileiro em sua história.
Toleman
Benetton - Equipe que proporcionou a última dobradinha brasileira na categoria, no GP do Japão de 1990, com Nelson Piquet vencendo e Roberto Moreno em segundo.
Que fim levou a Jordan?
A Jordan, equipe fundada em 1991 por Eddie Jordan, deixou sua marca na Fórmula 1 como a primeira equipe das carreiras de Michael Schumacher, Eddie Irvine e Rubens Barrichello. Esses dois últimos mais tarde fariam dupla com Schumi na Ferrari. O time acabou em 2005 e foi comprado pela Midland.
Essa equipe durou apenas um ano, e em 2007 já estava no grid, em seu lugar, a Spyker, que também teve vida curta. Surgia, em 2008, graças à compra feita pelo indiano Vijay Mallya, a Force India, que hoje faz sua melhor temporada com um quinto lugar no Mundial de Construtores.
Jordan
E a Red Bull?
A equipe austríaca que dominou a Fórmula 1 nas últimas quatro temporadas com o alemão Sebastian Vettel começou sua trajetória em 2005, quando a empresa de energéticos comprou a Jaguar, time que pertenceu à Ford e surgiu da Stewart, famosa por ter levantado a carreira de Rubens Barrichello em 1999, servindo de palco para que ele fosse observado pela Ferrari.
A Red Bull ainda mantém fábrica em Milton Keynes, no Reino Unido, onde Jackie Stewart montou sua equipe em 1997. 
Jaguar
Stewart
A Toro Rosso, espécie de filial italiana da RBR, começou em 2006 após a compra da tradicional, porém não vencedora, Minardi, que teve brasileiros como Christian Fittipaldi, Tarso Marques e Roberto Moreno. Se a Minardi foi a primeira escuderia da carreira de Fernando Alonso, o viés formador da equipe italiana continuou com o tempo. Foi na Toro Rosso que surgiram Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, sendo a equipe na qual o alemão venceu sua primeira corrida.
Minardi
Sauber
A Sauber tem o nome original, mas não competiu assim desde sua fundação, em 1993. Entre 2006 e 2010, o time teve a parceria da alemã BMW, e correu como BMW-Sauber, muitas vezes chamada apenas de BMW, foi quando conseguiu sua única vitória com o polonês Robert Kubica, no GP do Canadá de 2008. O rompimento com a montadora, em 2010, gerou uma das maiores bizarrices da história da Fórmula 1, pois a BMW-Sauber correu com motor Ferrari.
Pequenas
As duas equipes menores da atualidade também tiveram outro nome, apesar de tão pouco de existência. A Caterham entrou na F1 em 2010 como Lotus, mas acabou tendo que abrir mão da nomenclatura após uma batalha de judicial. Em 2011, a Fórmula 1 teve suas equipes com esse mesmo nome no grid graças a essa briga.
Já a Marussia, fundada também em 2010, correu inicialmente como Virgin, nome da empresa que a fundou e foi patrocinadora da Brawn GP na temporada anterior, em 2009.
Tradicionais
A Ferrari é a única equipe atual que está presente desde o início da Fórmula 1. A escuderia criada por Enzo Ferrari nunca alterou sequer a cor de seus carros, mantendo o vermelho tradicional que marcava os carros italianos no início do automobilismo.
Já a Williams é, na verdade, uma segunda equipe formada por Frank Williams. Ele já havia feito uma tentativa nos anos 1970 com a Frank Williams Racing Cars. A escuderia atual surgiu em 1978 e nunca mais mudou. As cores, entretanto, se alternaram de acordo com o patrocinador principal da vez. Essa equipe tem uma curiosidade, só consegue um campeonato com cada piloto, nunca tendo feito um bicampeão. Jones-1980, Rosberg-1982, Piquet-1987, Mansell-1992, Prost-1993, Hill-1996 e Villeneuve-1997.
Outro ponto interessante é o fato de que essa equipe é a que teve mais brasileiros como piloto, sendo Piquet, Senna, Barrichello, Pizzonia, Bruno Senna e Massa.

A McLaren, fundada por Bruce McLaren, está na ativa desde 1966 e também não sofreu alterações. Assim como a Williams, só mudou a pintura dos carros em função dos patrocinadores, sendo esta a equipe pela qual Senna sagrou-se tricampeão.

Não por acaso, Ferrar, McLaren e Williams são as três maiores campeãs da Fórmula 1 em todos os tempos.

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