23 de novembro de 2011

Kubica informa Renault que não tem condições de voltar à F1 em 2012

Fonte: http://grandepremio.ig.com.br

Robert Kubica informou a Renault nesta quarta-feira (23) de que não terá condições de voltar à F1 no início da temporada de 2012. O polonês ainda se recupera das graves lesões sofridas no Rali Ronde di Andora e não se sente pronto para voltar a pilotar.

“Mesmo trabalhando muito, muito duro, durante as últimas semanas, chego à conclusão de que eu ainda não estou certo de que estarei pronto para a temporada 2012”, disse Kubica. “Liguei para o time e os informei da situação. Foi uma decisão difícil para mim, mas é a mais razoável”, avaliou o polonês.

“Eu também sei que a Renault precisa se preparar para o próximo ano, e estender a data limite não seria a coisa certa a fazer”, continuou.

No comunicado divulgado pela equipe anglo-francesa, a Renault afirma que segue comprometida em ajudar no processo de recuperação de Kubica. De acordo com o time, um carro de testes está esperando por ele e há uma equipe pronta para atendê-lo. Ainda, a escuderia destaca que o piloto segue como um membro do time em 2012 e que já negocia a renovação de seu contrato.

Ainda assim o retorno de Kubica é esperado pela Renault, e um programa composto por teste em simulador, monoposto e uma pista de F1 está esperando por ele, para quando ele puder.

Boullier, chefe da Renault, aproveitou para desejar uma rápida recuperação ao polonês e afirmou que a Renault agora vai focar na escolha dos pilotos para o ano que vem. “Nesse meio tempo, vamos começar a conversar com alguns pilotos para podermos finalizar o nosso time para a próxima temporada o mais rápido possível”, disse. “Robert dará um passo após o outro e voltará ao carro dele quando sentir que é o momento certo. Em nome de todos os 520 membros do time, desejo a ele uma rápida recuperação.”

Kubica aproveitou para dizer que sua evolução é encorajadora e que seus médicos continuam sendo surpreendidos. O piloto lamentou não fornecer notícias sobre sua condição com mais frequência, mas disse que esta é a maneira correta de encarar a situação.

Com a confirmação de que Robert Kubica não terá condições de retornar à F1 em 2012 serviu para abrir oficialmente a briga pela vaga do polonês na Lotus Renault. E não só a do polonês. Embora diga que tem contrato com a equipe anglo-francesa para a próxima temporada, Vitaly Petrov não está assim tão seguro no segundo cockpit do time. Na verdade, o russo vê Romain Grosjean e Bruno Senna cada vez mais fortes nessa disputa, especialmente o primeiro. E tem ainda Kimi Raikkonen correndo por fora.

O atual piloto reserva, inclusive, é apontando como favorito à vaga de Kubica, e quem assegurou isso foi o próprio Senna. "Sim, acho que Grosjean é maior rival”, disse o brasileiro nesta quarta-feira (23), em São Paulo. “Nós somos os que estão mais perto da vaga, mas imagino que a competição seja acirrada com outros pilotos, que tem se aproximado da equipe, que conseguem enxergar potencial para o ano que vem", avaliou Senna, ao ser questionado pelo Grande Prêmio, sobre os possíveis rivais.

O brasileiro garantiu que o desfalque do polonês não muda nada em sua estratégia para tentar se manter na equipe e indicou Grosjean como principal rival. "Acho que para mim não muda nada, vou fazer o que tenho de fazer para convencer a equipe e outras de que sou capaz de estar na F1 competitivamente.”

Senna também conversa outras escuderias para a próxima temporada, mas trata um acordo com seu atual time como prioridade. "A competição é sempre grande, todo mundo quer um lugar em uma equipe que já foi vencedora e tem chances de voltar a ser. A gente sabe que não vai ser fácil, porque tem outros pilotos ainda na briga. Mas vou continuar a fazer aquilo vem fazendo tentar ficar", completou o piloto.

Para Bruno, Rubens Barrichello não é um adversário a ser descartado, como aconteceu na Brawn em 2009. "Todo mundo que está no mercado é meu adversário neste momento. Se o Rubinho está no mercado, vai ser meu adversário. Aí vai ser decisão da equipe apostar no potencial ou procurar um piloto mais experiente", completou.

O brasileiro também admitiu que, além do desempenho na pista, um eventual aporte financeiro pode funcionar, sim, como um fator favorável para sua permanência na equipe. "Vale para a gente e para eles esperar um pouco mais para tentar conseguir o pacote completo. Mas claro que é melhor para eles, que podem segurar a decisão até quando quiserem", falou.

Entre os pontos que podem convencer a Lotus Renault a manter o brasileiro como um de seus titulares para 2012 está os parceiros comerciais que ele pode levar ao time. Para Senna os investidores podem ser tão importantes quanto seu desempenho na pista para a decisão da escuderia, ainda sem prazo para ocorrer. "Vale para a gente e para eles esperar um pouco mais para tentar conseguir o pacote completo. Mas claro que é melhor para eles, que podem segurar a decisão até quando quiserem", avaliou o piloto, que vê o time satisfeito com seu desempenho em 2011. "Lógico que eles querem mais consistência, que eu esteja melhor, mas muita gente com que eu conversei veio me fazer elogios, dizer que estou fazendo um bom trabalho", encerrou.

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