28 de novembro de 2011

Acidente com Barca na Praça Xv


Mais de 900 pessoas estavam na barca no momento do acidente, cadeiras foram deslocadas, e até uma coluna que servia de suporte para um aparelho de TV que saiu do lugar dentro do barco. Comidas e embalagens que estariam guardados em armários foram jogadas para fora do local, ficando todas no chão do barco.

A Capitania dos Portos instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente, que deve ficar pronto em 90 dias.

Bombeiros informaram que 55 passageiros foram atendidos após a colisão, que aconteceu por volta das 12h quando o catamarã chegava de Niterói, na Região Metropolitana. Já o gerente da empresa que esteve no local, Mário Liberalli de Góes, havia calculado que cerca de 25 teriam ficado feridos.

De acordo com a Capitania, no momento do acidente, equipes de inspetores navais foram ao local e orientaram a transferência dos passageiros para a barca Neves V, localizada ao lado da Gávea I, para o desembarque dos usuários.

O comandante do grupo de socorro e emergência dos bombeiros, coronel Gabriel Obeid, afirmou que a maioria dos atendimentos foi de casos sem gravidade, e que 25 pacientes foram encaminhados para a Unidade de Pronto-Atendimento de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Já os casos de mais complexidade foram distribuídos entre os hospitais Souza Aguiar, no Centro (8 feridos), Miguel Couto, no Leblon (17), e Salgado Filho, no Méier (5 feridos).

A passageira Maria Aparecida Oliveira, muito nervosa, contou que já perto de atracar, a barca tomou mais velocidade e uma funcionária começou a gritar "ferro, ferro", segundo ela, dando a entender que a barca ia bater. Ela disse que o impacto foi muito forte e que um passageiro conseguiu destravar uma porta que dava acesso às máquinas e conseguiu travar o motor.

"Ficou todo mundo em pânico procurando coletes salva-vidas e muitos já estavam de pé para descer da barca. O impacto foi tão forte que a barca chegou a ir para trás com muita rapidez e voltou a bater de novo no pier. Muita gente caiu e se machucou", disse ela.

Outra passageira, Graciane Fischer, confirmou que o impactou foi muito forte e que muitos caíram no chão. Para ela, os funcionários, em vez de acalmar e orientar os passageiros, os deixaram mais nervosos gritando que iam bater e mandando pegarem os coletes.

"A gente não sabia o que fazer, se deitava no chão, se pegava colete. E depois da batida, demorou uma hora até deixarem gente sair", contou. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.

Segundo o gerente das Barcas Mário Goes, o catamarã teve problemas na atracação na chegada ao Rio, vindo de Niterói, e bateu num pier já desativado da estação. "A comandante tirou a embarcação de perto da estação, fez a parada total, jogando a âncora e iniciou as providências de socorro aos feridos", explicou Liberalli.
Ele disse ainda que os bombeiros foram chamados e chegaram rapidamente. Foi quando o Gávea 1 atracou e os bombeiros entraram pra fazer a triagem dos feridos.
A concessionária explicou que, após avaliação de equipe técnica da empresa, foi apurado que realmente algumas cadeiras se quebraram e/ou soltaram, por conta do impacto, conforme relataram alguns passageiros.

Uma das passageiras do catamarã Gávea 1 contou que logo após a colisão, os passageiros aguardaram dentro da embarcação por cerca de 40 minutos até serem transferidos para uma outra barca que atracou ao lado. Nesse tempo, foram ajudados por dois médicos e uma dentista que estavam entre os passageiros.

Quando a barca atracou ao lado do Gávea 1, os passageiros foram orientados e vestir o colete salva-vidas para mudar de barca.


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