Verstappen diz que Schumacher usou recursos eletrônicos no título de 1994

Fonte parcial: http://grandepremio.ig.com.br

A Willians-Renault dominou as temporadas de 1992 com Nigel Mansell e 1993 com Alain Prost, e por isso, para a temporada de 1994 a FIA aboliu o uso dos equipamentos eletrônicos dos carros de Fórmula 1, justamente quando Ayrton Senna correria no carro mágico da equipe inglesa.

Contudo, uma desconfiança que foi  muito cogitada à época dos dois primeiros grandes prêmios do ano de 1994, quando Senna, estando atrás de Shumacher nas corridas, se esforçava além do limite do carro para tentar acompanhar o rítimo da Benetton do alemão, ao ponto de ter abandonado as provas, agora vem a tona novamente, e por alguém que fazia parte da equipe naquele ano, pois Jos Verstappen, que foi companheiro de Michael Schumacher, afirmou que o alemão se valeu de recursos eletrônicos para conquistar o título de 1994.

Em entrevista a revista holandesa ‘NUsport’, o ex-piloto afirmou que o heptacampeão não é Deus, e não poderia ter tido o desempenho apresentado na temporada sem o auxílio da eletrônica.

“Sabe, o Michel também depende do equipamento”, disse Verstappen. “Para a maioria das pessoas ele era Deus, mas ele não é o Super Homem e nunca foi. Quando eu andava de kart com ele, ele nunca me venceu. Eu sei o que aconteceu quando andamos juntos na Benetton em 1994, tem uma razão”, explicou.

O holandês chegou à F1 em 1994 substituindo JJ Lehto, que havia se acidentado na pré-temporada. O finlandês se recuperou e reassumiu sua posição no GP de San Marino. Três provas mais tarde, no entanto, Verstappen voltou a guiar o Benetton de número 6, onde ficou até o GP de Portugal, sendo dispensado pela equipe das últimas duas provas. JJ ainda assumiu o posto de Michael na Itália e em Portugal, por conta de uma punição imposta ao alemão.

“As pessoas pensam que eu estou procurando uma desculpa quando eu digo isso, mas eu sei que o carro dele era diferente quando comparado ao meu carro naquele ano”, defendeu o ex-piloto, que não completou sete, das dez provas que disputou em 94. “Eu continuava pensando que aquilo não podia ser feito! Eu podia frear no limite e ir o mais rápido que podia em cada curva. Então o que eu podia fazer quando o Schumacher era capaz de fazer isso e eu não? Isso não estava certo”, explicou.

“Havia ajuda eletrônica. Eles nunca vão admitir isso, mas eu estou convencido”, garantiu. “Mais tarde eu perguntei ao Flavio Briatore, que foi quem me levou para a Benetton e era o chefe de equipe na época. E ele disse: ‘Não vamos falar sobre isso’. Então agora eu sei o bastante”, lembrou Jos Verstappen.

Resta dizer que a Benetton foi investigada na época e a equipe tinha, de fato, softwares “adormecidos” na sua centralina. A FIA encontrou os programas e a equipe jurou que eles estavam desativados. A saber: dispositivos como possíveis controles de tração, de largada, de altura do carro, câmbio automático etc. Coisas eletrônicas que foram proibidas no final de 1993. Agora, acredite quem quizer.

Por fim, quero deixar claro que não foi isso que causou a morte de Senna, mas sim, os problemas na barra de direção de sua Willians, como já amplamente divulgado.