Fonte: http://g1.globo.com
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou na última terça-feira, 05/01/2015, que o
município vai assumir a gestão dos hospitais estaduais Albert
Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, ambos na Zona
Oeste da cidade. O anúncio foi feito na sede do governo estadual, no
Palácio Guanabara, ao lado do governador Luiz Fernando Pezão.
O Albert Schweitzer teve as chaves entregues para a gestão do município na quinta-feira (07/01), e na próxima segunda-feira (11/01), será
a vez do Rocha Faria.
Segundo Paes, a transferência dos hospitais é "fundamental" e
possibilita ampliar a rede de atenção básica à saúde na região, umas das
mais carentes do Rio.
De acordo com o prefeito, o secretário executivo de Coordenação de
Governo da Prefeitura, Pedro Paulo Carvalho, será o responsável pela
coordenação dos repasses para a rede hospitalar municipal nos próximos
meses, comandada pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz.
Por ano, as duas unidades custam aos cofres públicos R$ 500 milhões.
Sem dar muitos detalhes de como o município pretende pagar, Pedro Paulo
disse que "serão recursos da prefeitura", de "superávits" e de economia
feita pela gestão municipal. O secretário disse que não será usada a
verba que já é destinada à saúde do município.
"Nós temos que ter certeza que há um trabalho diário, e eu vou
construir tijolo por tijolo. E a população pode ter certeza que está nas
mãos de pessoas responsáveis e que o nosso compromisso é manter nossas
emergências funcionando."
Segundo a Secretaria de Governo, o Hospital Albert Schweitzer disponibiliza 484 leitos e realiza cerca de 10,5 mil atendimentos por mês de urgência e emergência em clínica médica, cirurgia geral, ortopedia, pediatria e maternidade (UTI adulto / pediátrico / neonatal). Em 2015, foi responsável por 16 mil internações.
O Rocha Faria conta com 300 leitos e faz cerca de 10 mil atendimentos
por mês de urgência eemergência em cirurgia geral, clínica médica,
ortopedia, pediatria e maternidade (UTI adulto / neonatal). No ano
passado, realizou 7,8 mil internações.
Com a municipalização dos dois hospitais estaduais, a Secretaria
Municipal de Saúde diz que terá o maior número de leitos hospitalares do
país e será responsável por mais de 50 mil partos na cidade. Atualmente
com 3.441 leitos, a rede passará a ter 4.173.
A decisão ocorre em meio à crise da saúde pública no estado, que teve
seu auge no fim do ano, com emergências fechadas por falta de verba para
pagar funcionários e comprar insumos. Mas a vontade de Paes de municipalizar a gestão das duas unidades é antiga.
Em 2012, ele já havia dito que queria assumir os hospitais. Esse
processo já havia acontecido com o Hospital Pedro II, em Santa Cruz.
O governador Luiz Fernando Pezão esclareceu que os servidores estaduais
continuarão sob a gestão do estado, assim como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu). Os funcionários serão
realocados, mas não foi detalhada como será feita essa operação.
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