31 de janeiro de 2021

Incursões aéreas chinesas em Taiwan seriam ‘advertência’ aos Estados Unidos.

A recente incursão de aviões militares chineses no Estreito de Taiwan constitui uma “advertência solene” aos Estados Unidos e aos “separatistas” taiwaneses, alertou Pequim nesta quarta-feira (27/01), em um contexto em que a ilha continua sendo um assunto delicado entre a China e o novo governo americano.

13 aviões chineses, incluindo oito bombardeiros e cinco caças, penetraram no sábado e domingo (23 e 24) a área de identificação da defesa aérea de Taiwan, a cerca de 200-250 quilômetros da costa taiwanesa.

Os Estados Unidos garantiram que seu apoio a Taiwan é “sólido como uma rocha” e pediram a Pequim para “encerrar suas pressões militares, diplomáticas e econômicas” sobre a ilha.

Essas manobras militares no Estreito de Taiwan buscam defender com firmeza nossa soberania”, afirmou nesta quarta-feira Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos Taiwaneses, um órgão do governo chinês.

É uma advertência solene às potências estrangeiras, para que cessem suas interferências, e às forças separatistas taiwanesas, para que cessem suas provocações”, acrescentou.

A China continental (liderada pelo Partido Comunista) e Taiwan (refúgio do Exército nacionalista depois da Guerra Civil chinesa em 1949) são governados há mais de 70 anos por dois regimes diferentes.

A ilha de 23 milhões de habitantes tem um sistema democrático. Pequim a considera, no entanto, uma província chinesa e ameaça retomá-la à força, em caso de uma proclamação formal de independência, ou de uma intervenção americana.

Embora Washington tenha rompido as relações diplomáticas com Taipei em 1979 para reconhecer Pequim como o único representante oficial da China, mantém uma relação ambígua e continua sendo seu aliado mais poderoso e seu principal provedor de armas.

Os presidentes americanos costumam ser prudentes em sua política com Taiwan para não enfurecer Pequim. Isso mudou, porém, no governo do republicano Donald Trump, que se aproximou mais de Taiwan e se distanciou da China.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump reforçou os contatos com Taipei durante sua queda de braço diplomática e comercial com a China.

O gigante asiático mostrou seu desejo de trilhar um novo caminho nas relações bilaterais com o governo Biden. Na quinta-feira, Pequim pediu a Washington que “lide com os problemas relacionados com Taiwan de forma cautelosa e apropriada para evitar prejudicar as relações entre China e Estados Unidos”.

Biden deve manter, no entanto, uma linha dura em relação a Pequim, já que a proteção de Taiwan conta com forte apoio entre democratas e republicanos nos Estados Unidos.

No ano passado, a aviação chinesa 380 vezes na zona de defesa aérea de Taiwan, um recorde, e essa tendência parece continuar após a chegada ao poder do democrata Joe Biden, que, inclusive, convidou a representante taiwanesa nos Estados Unidos para sua posse. Foi a primeira vez desde 1979.

Não prometemos abandonar o uso da força e nos reservamos a possibilidade de adotar todas as medidas necessárias” contra Taiwan, alertou a porta-voz chinesa.

As relações entre Pequim e Taipei são especialmente tensas desde a chegada ao poder, em 2016, da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, cujo partido milita pela independência da ilha, uma linha vermelha para a China.

Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/

Foto: Reprodução de internet

Os carros mais vendidos do ano 2020.

O mercado automotivo brasileiro registrou 232.539 carros e comerciais leves emplacados em dezembro de 2020. A média de vendas por dia útil no último mês de 2020 ficou em 10.570 unidades. Relativamente à novembro, observou-se um avanço de 3,7% na média, e de 8,6% no volume total.

Já o acumulado de 2020 fechou com 1.984.654 unidades emplacadas, e com média diária de 8.661 unidades, números que representam uma retração de 26,6% sobre 2019, quando foram vendidos mais de 2,6 milhões de veículos no Brasil, mas, devemos sempre levar em conta os efeitos da pandemia do COVID-19, que causou o fechamento das fabricas e das revendas por, períodos de dois à três meses.

A liderança de mercado no mês de dezembro ficou com a Chevrolet, com 18,2% de participação no mercado, seguida da Fiat, com 17,1% e da Volkswagen na terceira posição, com 16,3%, enquanto a Hyundai ficou em quarta, com 9,1%. 

No acumulado do ano de 2020, a Chevrolet manteve a sua liderança no Brasil, com 17,37% de participação, mas nesse ano foi seguida de muito perto pela Volkswagen, que alcançou 16,99%, numa diferença de apenas 7.000 carros, e a Fiat também ficou perto, com 16,52%, na terceira posição, e 10.000 carros vendidos, à menos, do 
que a segunda colocada.

Nos modelos mais vendidos, o Chevrolet Onix não deu qualquer chance para a concorrência no ano, e fechou 2020 com mais de 135k de carros vendidos, e sua versão sedã, ficou na terceira posição, com 83.000 unidades emplacas, entre eles, apenas o Hyundai HB20, que vendeu apenas 3.000 carros a mais do que o sedã da marca da gravata.

Devemos destacar ainda a pickup Strada, que apareceu na quarta posição do ranking, com incríveis 80.000 unidades vendidas, mostrando que a Fiat acertou nas escolhas que fez para a nova geração do modelo.

Fonte: https://www.car.blog.br

Vejam as marcas mais vendidas de 2020:


Vejam os carros mais vendidos de 2020:

30 de janeiro de 2021

Chapecoense é campeã do Brasileirão da série B no saldo de gols.

Defesa não só ganha jogo, mas ganha título!

Por ter sofrido, apenas, dois gols a menos do que o segundo colocado, 21 à 23, e graças a vitória de 3x1 sobre o Confiança, na última partida do campeonato, a Associação Chapecoense de Futebol sagrou-se campeã da série B do Campeonato Brasileiro de futebol, pela primeira vez em sua história, e com muita emoção, com gol de pênalti nos acréscimos, batido com cavadinha.

E o título veio no saldo de gols, por apenas um gol de diferença, 21 à 20, vez que a equipe catarinense terminou empatada na classificação com o América-MG, tanto nos pontos, 73, quanto no número de vitórias, 20. 

Chapeconese, América-MG e Juventude retornam a elite do Brasileirão, já o Cuibá, quarto colocado, fará a sua estreia na série A.

Allan Ruschel, um dos sobreviventes do fatídico acidente aéreo ocorrido em 2016, como capitão da Chapecoense, ergueu o troféu do título.


Vejamos os quatro melhores colocados nos últimos anos:

Fotos: Reprodução de internet

CAOA entra para o mercado de seguros.

Conhecida por ser representante e distribuidora de diversas marcas no Brasil, como Ford, Chery, Hyundai e Subaru, a Caoa irá atuar agora no ramo de seguros. Em anúncio oficial, a empresa confirma a criação da chamada Caoa Seguros, que surge a partir de parceria firmada com a Wiz Conseg. O objetivo, segundo comunicado, é “constituir a maior operação de seguros automotivos no país”.

Pelo que ficou definido, a recém-criada Caoa Seguros terá exclusividade de 20 anos na exploração da oferta, distribuição, promoção e comercialização de seguros e produtos financeiros junto à rede de distribuição da Caoa. É um começo e tanto, tendo em vista que a rede Caoa alcança atualmente 233 concessionárias espalhadas pelas mais diversas regiões do país, sendo 156 próprias.

A parceria com a Wiz irá promover maior intercâmbio de conhecimento técnico, operacional e de vendas para acelerar a entrada do Grupo Caoa no segmento de seguros”, destaca Alexandre Kalache, diretor executivo da Wiz Conseg. A composição da Caoa Seguros será formada por 50% de participação do grupo Caoa e 50% de participação da Wiz Conseg.

A ideia da nova empresa é explorar todos os modelos de venda (presencial, remoto e digital) e, entre outras estratégias, focar na oferta de seguros atrelados ao financiamento de veículos.

Fonte: https://motor1.uol.com.br/

Foto meramente ilustrativa

Sociedade Esportiva Palmeiras é bicampeã da Libertadores da América.

Com um gol aos 53min do segundo tempo, o Palmeiras venceu o Santos por 1x0, na finalíssima da Libertadores da América, disputada neste sábado, 30/01, no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, e conseguiu o seu segundo campeonato, repetindo o feito de 1999.

É o segundo ano seguido em que um técnico português conquista a Libertadores, esse foi Abel Ferreira, e na última edição o campeão foi Jorge Jesus, com o Flamengo.

Essa foi a quarta vez na história da Libertadores da América, em que a final foi disputada por dois times do mesmo país, a duas primeiras foram em 2005 e 2006, em ambas as ocasiões com times brasileiros, como ocorreu hoje, e a terceira vez foi em 2018, curiosamente jogada em Madrid, Espanha, com os argentinos River Plate e Boca Juniors.

Analisando os resultados mais recentes maior do torneio de futebol das Américas, vemos que as últimas três edições da competição contou com dois times brasileiros e dois argentinos na semifinal, e em 2017 somente faltou um brasileiro, ou seja, parece que estamos diante de um verdadeiro domínio dos times dessas duas nações na Libertadores.

Parabéns ao Palmeiras por seu bicampeonato!

Será que o Palmeiras terá Mundial? Quem viver verá!

Vejamos os quatro melhores colocados nos últimos anos:


Fotos - Reprodução de internet.

28 de janeiro de 2021

Casal é preso pela ao fazer sexo em roda gigante, em público.

Se essa moda pega!

Um casal do estado norte-americano da Carolina do Sul foi preso por uma segunda vez por "obscenidade em público" ao fazer sexo em uma roda gigante localizada em Myrtle Beach. De acordo com a emissora Fox News, Eric e Lori Harmon agora são acusados de terem realizado atos sexuais no estacionamento de um supermercado e um banco próximo a um playground. 

A polícia afirmou que os dois se filmaram para colocar os vídeos em sites pornográficos. Eric enfrenta duas acusações de exposição indecente, enquanto Lori quatro. Eles foram liberados com fianças de US$ 2.500, mais de R$ 13 mil, para cada um. 

Os dois ainda enfrentam acusações por atos realizados em uma piscina pública. Além dos atos sexuais, Lori Harmon ainda é acusada de ter urinado em público em diversas ocasiões, incluindo em um elevador de hotel.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2021/01/28/apos-ser-preso-por-fazer-sexo-em-roda-gigante-casal-e-detido-mais-uma-vez.htm?cmpid=copiaecola


27 de janeiro de 2021

Torcedor do Fluminense xingado em WhatsApp receberá indenização.

Um torcedor do Fluminense Football Club foi ofendido em grupo do WhatsApp, e agora poderá vir a receber R$1.000,00 de indenização pelos danos morais sofridos, segundo R.Sentença proferida pela Douta Juíza de Direito Dra. Margareth Cristina Becker, titular do 2º Juizado Especial Cível de Brasília/DF.

Em sua inicial, o autor narrou que é torcedor e sócio do Fluminense e que, desde 2018, faz parte do grupo de WhatsApp chamado de "Fluminense on tour". Segundo o torcedor, o réu, que também faz parte do mesmo grupo, após o time ter sido eliminado da Copa do Brasil 2020, passou proferir insultos e xingamentos no grupo direcionados ao autor, que era apoiador do candidato vencedor ao cargo de presidente do clube.

Em sua defesa, o réu alegou que o autor não fez provas do dano que sofreu. Além disso, afirmou que se retratou publicamente, no mesmo grupo no qual as ofensas foram proferidas, não havendo suporte para sua condenação.

Ao sentenciar, a juíza explicou que "o conteúdo da mensagem divulgada no grupo, criado para tratar de assuntos relacionados ao time de futebol do qual as partes são torcedores, revela que o réu teve a intenção de aviltar a honra do autor, sendo certo que a publicidade, ainda que restrita ao grupo, configura ofensa indenizável, extrapolando os limites da liberdade de expressão".

Processo: 0740804-51.2020.8.07.0016

Fonte: https://migalhas.uol.com.br/

Foto meramente ilustrativa - Reprodução de internet

TJRJ determina retomada da cobrança do pedágio da Linha Amarela.

A Justiça do Rio determinou, nesta quarta-feira 27/01, que a Concessionária Lamsa retome a cobrança do pedágio da Linha Amarela. A decisão é do Eminente Desembargador André Ribeiro, da 21ª Câmara Cível. 

De acordo com o Magistrado, "apesar de autorizada a encampação desde de setembro/2020, o município do Rio de Janeiro não adotou qualquer providência administrativa para a retomada do serviço da Linha Amarela, limitando-se a determinar a suspensão da cobrança da tarifa de pedágio".

A disputa entre a prefeitura e a Lamsa se arrasta na Justiça há mais de um ano. Em outubro de 2019, o então prefeito Marcelo Crivella anunciou um rompimento unilateral de contrato com a Lamsa, para que a prefeitura passasse a administrar a Linha Amarela, em razão de alegação de práticas abusivas por parte da concessionária, as quais, ainda terão seu mérito julgadas pela Justiça. No dia 27 daquele mês, o prefeito ordenou que as cancelas fossem derrubadas com o auxílio de retroescavadeiras. No dia seguinte, a Justiça ordenou que o pedágio voltasse a ser cobrado, e que a gestão da via voltasse às mãos da concessionária.

Dias depois a prefeitura retomou a administração, mas a Justiça devolveu o comando da via expressa à Lamsa. Posteriormente, foram pelo menos quatro derrotas da prefeitura até que o presidente do STJ, Ministro Humberto Martins, autorizou a Prefeitura do Rio a retomar a administração da Linha Amarela. Em novembro, a concessionário recorreu, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Luiz Fux, negou o pedido pela devolução da concessão da via.

As cidadãos resta esperarmos para vermos se a nova R.Decisão proferida pelo Desembargado, extrapola, ou não, o decidido anteriormente pelos Ministros do STJ e do STF, supra citados.

Fonte: https://odia.ig.com.br/

Paciente com linfoma de Hodgkin tem remissão da doença após pegar Covid-19.

Um paciente de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin após um transplante de rim apresentou uma raríssima remissão da doença após a Covid-19. O estudo de caso foi publicado no periódico especializado "British Journal of Haematology".

Após a confirmação do coronavírus por meio de um teste RT-PCR, que detecta o material genético do vírus, o paciente precisou ser internado com falta de ar e pneumonia. Ele passou por tratamento contra a Covid-19 por 11 dias, sem uso de corticoides ou quimioterapia durante o período, e recebeu alta.

"Nossa hipótese é que a infecção pelo Sars CoV-2 tenha desencadeado uma resposta imune contra o tumor, como já foi descrito em outras infecções no contexto de um linfoma de Hodgkin", explicam os autores Sarah Challenor e David Tucker, do Departamento de Hematologia do Royal Cornwall Hospital, no Reino Unido.

Nelson Hamerschlak, coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein, teve acesso ao artigo científico e disse que o caso é "raríssimo". Ele esclarece que de forma alguma o estudo demonstra que o coronavírus é capaz de "curar" o linfoma, além de precisar de uma investigação mais longa e de acompanhamento médico.

O hematologista, assim como os autores do artigo, esclareceu que há outros casos descritos em estudos científicos sobre infecções virais que levam a uma remissão de um câncer. O mecanismo funciona da seguinte forma: devido à Covid-19, o sistema imunológico do paciente ativa os linfócitos T e os linfócitos NK e, então, eles geram a produção de citocinas pelo corpo.

Com esse combo de resposta do corpo contra o vírus, o paciente também apresenta uma resposta efetiva contra o linfoma.

"Nós conhecemos muito bem isso, inclusive usamos os linfócitos em terapias celulares em pacientes com o linfoma. Na verdade, ele fez, de forma bem simples, uma 'terapia celular natural induzida por um vírus'", explicou.

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que ocorre no sistema linfático. A quimioterapia e a radioterapia são as formas mais comuns de tratamento. O paciente pode precisar também de um transplante de medula. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que mais de 2,6 mil pessoas tenham tido a doença no Brasil em 2020.

Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/01/27/em-caso-rarissimo-paciente-com-linfoma-de-hodgkin-tem-remissao-da-doenca-apos-pegar-covid-entenda.ghtml

Volkswagen defende carro elétrico movido a etanol para o Brasil.

Enquanto o mundo explora diferentes formas de fazer a transição para a mobilidade com o uso de energia limpa, o assunto ainda está longe ser encerrado. Novas tecnologias e possibilidades continuam surgindo e, no caso específico do Brasil, o futuro pode reservar algo promissor como as células de combustível a etanol para alimentar os carros elétricos no lugar da bateria. 

O CEO da Volkswagen Brasil e América Latina, Pablo Di Si, falou com destaque sobre esse tipo de tecnologia, defendendo maior empenho das partes envolvidas e pesquisas para o seu desenvolvimento como uma solução viável para o nosso mercado. 

O executivo lembrou que o carro elétrico tem muitos desafios e entre as questões chave estão a bateria e a infraestrutura para seu carregamento, que como sabemos, demandam altos investimentos. Por conta disso, Di Si aposta que a tecnologia de células de combustível a etanol possa ser uma alternativas às baterias usando as possibilidades que o combustível vegetal oferece no país.

"Não é importante só ter o carro elétrico, mas como abastecer. E por que não usar o etanol? A tecnologia não existe hoje, mas temos o etanol e, com pesquisas, podemos [alcançar isso]. Precisamos estudar como transformar esse etanol e abastecer o carro elétrico, mas não só no Brasil, mas nos Estados Unidos, na China”, disse.

Por fim, o CEO insistiu que é crucial aumentar o investimento em pesquisas para que o Brasil não seja apenas um mero exportador de matéria-prima, mas sim possa participar de forma mais efetiva na indústria global do carro elétrico.

Após praticamente banir o carro a gasolina no Brasil, o etanol pode se tornar uma peça-chave para acelerar o processo de transição energética no país. O setor de cana-de-açúcar também defende que a célula combustível que produz hidrogênio a partir do etanol é mais eficiente: a tecnologia, que ainda está em desenvolvimento, consiste em separar o hidrogênio do etanol e produzir eletricidade por meio de um processo químico no próprio veículo. 

Fonte: https://insideevs.uol.com.br/ Por: Julio Cesar

Foto meramente ilustrativa - Reprodução de internet

21 de janeiro de 2021

Anitta relembra sexo a três e troca de casais!

Fonte: https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2021/01/anitta-conta-que-aprendeu-espanhol-com-affairs-maluma-foi-o-meu-primeiro-professor.html

Anitta foi entrevistada por Yordi Rosado, apresentador mexicano, e começou a conversa contando como aprendeu a falar espanhol. A cantora disse que teve poucas aulas, mas que aprendeu mesmo o novo idioma com os affairs.

"Aprendi espanhol com os namorados. O Maluma foi o meu primeiro professor. Ainda o amo muito, independentemente de estarmos juntos ou não. (Poderíamos nos casar) Somos muito parecidos. Mas eu me casaria com qualquer coisa (risos). Saio com cada um... Depois que já não estou mais gostando, olho e falo 'Que merda estava fazendo com essa pessoa'. Mas daí já foi", disse ela, que ao ser questionada quantos namorados já teve na vida, disse que já tinha perdido a conta. "Perdi a conta há muito tempo."

Ela ainda falou sobre o homem ideal para se casar e ter filhos. "Vai ser inteligente e não vai ser famoso. Vai ser tranquilo. Quero um que me comanda, que não me deixe falar alto, que te coloca no teu lugar. Um homem que quando eu começar com as minhas estratégias de briga, vai falar, 'Cala a boca que já sei o que você está fazendo'. Não sei se conheci alguém assim ainda."

Durante a entrevista, Anitta mostrou um anel de noivado, que ganhou em um de seus relacionamentos, mas que ainda usa. "É caríssimo. Claro que não ia devolver", explicou ela, que disse que o ex pediu de volta, mas que ela não quis devolver.

A brasileira disse que só chorou por dois homens na vida. "Chorei por dois homens, mas depois disso nunca mais. Choro em um dia e no outro já estou pronta novamente. Mas a pessoa não me deixou. Eu que o deixei. Chorei porque soube que tinha que deixá-la", diz ela, que ainda acredita ter sido traída por todos seus namorados.

"Acho que isso todos fizeram, mas não me importo com isso. Teve um que eu desconfiava e falei: 'Tranquilo'. Não me importo tanto com isso, me importo com ele me tratar bem, me sentir amada... Se estiver me fazendo sentir bem e amada, pode transar com quem quiser e se quiser trazer a menina para a gente compartilhar também.

SEXO A TRÊS: Anitta já teve que convencer um dos namorados para fazer sexo a três. "Já fiz e o namorado não queria. Tive que convencê-lo", disse. "Quando está nessa vibe tem que ter um maestro para coordenar tudo. Um bom maestro faz com que todos saiam com bom resultado", avaliou ela, que contou ter sido a maestrina do sexo a três. 

A cantora também já fez troca de casais. "Uma vez eu estava com meu parceiro e ele estava com um amigo que estava com a namorada. Eu gostava da garota e não do garoto e em um momento vi que estava meu namorado e a garota. O que sobrou para mim? O cara que eu não queria. Que situação. Eu olhei para o meu namorado e disse: 'Você está gostando?' e ele 'não, vem para cá'. Fomos ao banheiro e nos trancamos lá esperando que eles acabassem. Eu queria com a garota e não com ele.

Fotos: Reprodução de internet

19 de janeiro de 2021

Volkswagen do Brasil inicia exportação do T-Cross para a África.

A Volkswagen deu início à exportação do T-Cross, produzido em São José dos Pinhais/PR, para sete países do continente africano: Costa do Marfim, Gabão, Gana, Líbia, Madagascar, Ruanda e Sudão. No total, a marca soma 26 países nos quais já exporta o SUV, contabilizando mais de 34 mil unidades exportadas.

"A exportação para esse continente, o terceiro mais extenso do mundo com mais de 1,2 bilhão de habitantes, é uma grande oportunidade de conquistar novos mercados com um grande potencial de consumo. Fortalecemos também nossa posição de maior exportadora de automóveis do Brasil", afirma Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina.

As versões Trendline, Comfortline e Highline nas opções manuais e automáticas chegam a estes novos mercados com poucas adaptações como calibração e manuais que agora estão em idiomas inglês, francês e árabe. "Buscamos oferecer um modelo de grande sucesso em vendas no Brasil e Argentina e, com muito orgulho, exportar um produto feito na região para outros continentes", complementa Di Si.

O SUV T-Cross é prático, intuitivo, seguro, e traz o design exclusivo, próprio dos SUVs globais da marca Volkswagen. Muito prático para toda a família, graças à moderna Estratégia Modular MQB no qual é produzido em São José dos Pinhais/PR e seu excelente espaço interno. No quesito segurança, o T-Cross recebeu a nota mais alta nos testes Latin NCAP e é um dos veículos mais seguro de toda a região América Latina.

A empresa soma atualmente mais de quatro milhões de unidades embarcadas. As exportações da Volkswagen do Brasil começaram em fevereiro de 1970 e, ao longo de sua história, a empresa já exportou para as Américas, África, Oriente Médio, Europa e Ásia.

Fonte: https://www.car.blog.br/



HSBC é condenado a restituir cliente por fraude cometida via internet banking.

A 16ª Câmara Cível do TJPR concedeu danos materiais a uma empresa que teve quase R$22.000,00 subtraídos de sua conta bancária, via internet banking, em razão por fraude praticada por terceiros.

No caso, a empresa recebeu um telefonema, no qual, uma pessoa se qualificou como sendo funcionário da instituição financeira, e, premido de informações privilegiadas, informou ao representante da autora a necessidade de realizar uma atualização de segurança no token disponibilizado pelo banco. Encerrado o telefonema, a empresa percebeu que foram efetuadas duas transações eletrônicas não autorizadas em sua conta corrente.

A autora buscou a responsabilização do banco sobre a transferência dos valores, afirmando que o sistema de internet banking não se mostrou seguro o suficiente. A demanda foi julgada improcedente em 1º grau.

Em seu recurso, a parte autora destacou que a fraude ocorreu logo após o anúncio pela grande mídia de que o HSBC seria vendido para o Bradesco, e defende a tese de que funcionários demitidos da instituição financeira teriam divulgado a terceiros informações privilegiadas de seus correntistas.

Em grau de apelação, o Eminente Desembargador Luiz Antonio Barry reconheceu a reparação dos danos materiais, aplicando ao caso a Súmula 479 do Egrégio STJ, observando ainda que, embora a participação do correntista tenha sido fundamental para a prática da alegada fraude, tal fato não afasta a responsabilidade objetiva do banco, já que resta incontroverso nos autos que o suposto funcionário do banco detinha informações bastante específicas da empresa e de seu sócio administrador.

"Em posse de informações tão precisas, o representante legal da requerente acreditou tratar-se efetivamente de ligação do banco e, com receio de não mais dispor dos serviços bancários online, bastante utilizados pela empresa, acabou por seguir as instruções que lhes foram passadas por telefone, fornecendo dados pessoais e sigilosos."

Assim, para o relator, a violação aos mecanismos de segurança do banco configurou fortuito interno, cuja responsabilidade de arcar com os prejuízos recai sobre a própria instituição financeira, pois "Além do mais, diante da existência de quebra do dever de segurança dos dados de seu cliente, tais como o número da conta bancária, do nome do usuário máster (conta pessoa jurídica) e do número do dispositivo token, que corroborou na indução em erro do consumidor, resultando, assim, na fraude em questão, resta incontroverso que a conduta (ou a omissão) pela qual a instituição financeira submeteu o apelado faz recair sobre ela o dever de se responsabilizar.".

"Cabe à instituição financeira também aprimorar ininterruptamente os mecanismos de proteção às fraudes, tais como mecanismos de confirmação da operação a fim de precaverem eventuais danos dessa natureza, diante da mutação constante de golpes aplicados aos clientes."

O provimento do recurso foi parcial, sem conceder à autora a indenização por danos morais.  

O Dr. Paulo Roberto Romano representou a empresa lesada.

Fonte: https://migalhas.uol.com.br/

Foto meramente ilustrativa - Reprodução de internet

Negado pedido judicial de Nego do Borel para exclusão de vídeos em mídias sociais.

Foi negado o pedido de liminar formulado pelo cantor Nego do Borel para determinação de retirada de vídeos nos quais sua ex-companheira, Duda Reis, o acusa de cometimento de vários crimes, "a saber: estupro, ameaça , agressão, dentre outros".

Para o Magistrado Marco Antonio Cavalcanti de Souza, titular da 4ª vara Cível da Barra da Tijuca, "não se pode admitir qualquer utilização de meios jurídicos para que o suposto ofensor possa desqualificar os relatos de sua ex-companheira , isto é, tentar obstar a divulgação de informações relatadas pela pretensa vítima, que se mostram, à primeira vista, como atitudes abusivas".

O cantor ajuizou ação objetivando compelir a ex-companheira, Maria Eduarda, a retirar vídeos e/ou declarações, que denigrem a sua imagem em suas mídias sociais, bem como se abstenha, futuramente, de manchar sua a imagem em entrevistas ou em postagens na internet.

Leno Maycon (Nego do Borel) alegou que em razão de desavenças conjugais e de traição perpetrada pelo mesmo, resolveu pôr fim à convivência marital. Porém, segundo ele, a ex-esposa, inconformada com a separação, por motivos de ordem psicológica, passou a publicar vídeos nas redes sociais imputando-lhe vários crimes.

Duda utilizou suas redes sociais na última semana para falar que vivia um relacionamento abusivo com o cantor, expondo relatos de estupro, ameaça, agressão, dentre outros. A atriz ainda contou que conseguiu uma medida protetiva contra Nego do Borel.

Ao analisar o caso, o magistrado observou que os fatos que, inegavelmente, mancham a imagem do autor, como maculariam a de quem quer que fosse, "foram objeto de programa dominical de grande emissora de televisão, no dia de ontem, não se vislumbrando, nos vídeos, um malferimento do direito à imagem do autor",

O Meritíssimo Juiz ainda lembrou que resolução do CNJ veda qualquer ato emanado pelo Poder Público que iniba a proteção e preservação dos direitos das mulheres vítimas de violência doméstica, e dessa forma, o mesmo disse: "Entendo que ao deferir a tutela de urgência, em cognição sumária, estaria afrontando a garantia fundamental à liberdade expressão, sobre fatos ilegais e abusivos, que serão minuciosamente investigados pelo Juízo Criminal, em detrimento ao direito de imagem de personagem público."

Assim, indeferiu  por ora, o pedido de tutela provisória de urgência feito pelo cantor, sendo matéria meritória a verificação da veracidade das afirmações perpetras pela parte Ré.

Processo: 0000975-40.2021.8.19.0209

Fonte: https://migalhas.uol.com.br/

18 de janeiro de 2021

Os sete carros que marcaram a história da Ford no Brasil.

Presente há 102 anos no país, a Ford foi a primeira marca a chegar ao Brasil, em 1919, com o histórico Modelo T, que era montado em São Paulo com peças importadas dos Estados Unidos. Com mais de 50 anos de produção local, a Ford fabricou modelos que fizeram parte da vida de muitos brasileiros.


A publicação original selecionou "os cinco carros mais quentes da história da Ford no Brasil", seguindo as dicas do especialista Gabriel Marazzi, colaborador do Guia do Carro e um dos jornalistas com maior cultura automotiva do país. 

Contudo, em nossa postagem, decidimos majora o número de cinco para sete, os carros que marcaram a história da montadora americana em terras tupiniquins, e os modelos no são os seguintes: Galaxie, Corcel, Maverick, Escort e EcoSport, além da F1000, e do Ka, esses dois últimos incluídos por nós. 

Veja a seguir os motivos que fizeram desses os sete carros fabricados pela Ford no Brasil que deixaram sua marca no país.

Galaxie 

O Ford Galaxie foi o primeiro carro fabricado pela Ford no Brasil. Lançado em 1967, o sedã grande era o carro mais luxuoso feito localmente. Com 5,33 metros de comprimento e 2 metros de largura, o Galaxie acomodava até seis passageiros. Sob o capô, ele trazia um motor V8 de 166 cv, que era associado a um câmbio de três marchas. 

Anos depois, ele também foi um dos primeiros carros brasileiros a ter equipamentos como ar-condicionado e câmbio automático. Em 1976, o Galaxie foi reestilizado, e ganhou faróis horizontais e lanternas com três barras verticais. Nesse ano, ele era oferecido nas versões Galaxie 500, de entrada, Galaxie LTD, intermediária, e Landau, topo de linha. 

Em 1979, a versão de entrada deixou de ser oferecida, e em 1982, com a crise do petróleo, a versão LTD foi aposentada. Famoso pelo derradeiro modelo Landau, que trazia revestimentos de jacarandá no console e nas portas, além de bancos de veludo, o Galaxie foi produzido até 1983, e vendeu mais de 77 mil unidades. Ele foi substituído pelo Del Rey, modelo menor, mas que também tinha proposta sofisticada para a época.


Corcel 

Um compacto Ford com origem francesa. O Ford Corcel teve como base o chamado projeto “M”, que a Willys-Overland do Brasil desenvolvia em parceria com a Renault para substituir o Gordini, quando foi adquirida pela Ford em 1967. A Ford se interessou pelo projeto, que tinha como objetivo ser o carro de volume da marca, e lançou o Corcel em 1968, posteriormente dando origem à perua Belina, a picape Pampa, o sedã de luxo Del Rey e a perua Del Rey Scala.

Projeto de origem Renault, o Corcel foi um sucesso de vendas, com mais de 1,4 milhão de unidades produzidas.

Com nome inspirado no Mustang, o Corcel trazia uma carroceria sedã de quatro portas, tração dianteira, e um motor 1.3 de 68 cv. Um ano após o lançamento, o Corcel ganhou a opção de duas portas e a versão esportiva GT, que fez sucesso em corridas de turismo nos anos 70.


Já em 1977, o Corcel passou por uma grande remodelação, ganhando o sobrenome II. Ele trazia carroceria mais larga, que fazia o carro aparentar ter um porte maior. Nos anos 80, o Corcel II passou a ter como opção um motor 1.6 a álcool, e deu origem ao sedã de luxo Del Rey e a picape Pampa. Finalmente, depois de 18 anos de produção e mais de 1,4 milhão de unidades vendidas, o Corcel finalmente saiu de linha em 1986, dando lugar ao Escort.


Maverick 

O Ford Maverick foi para os brasileiros o que o Mustang é para os americanos. Posicionado entre o Corcel e o Galaxie, o Maverick foi produzido entre 1973 e 1979 no Brasil. O modelo foi uma tentativa da Ford de fazer frente ao Chevrolet Opala, e inicialmente teve duas opções de motor bem distintas: um deles era o 3.0 de seis cilindros em linha, que entregava 112 cv de potência e o outro era o até hoje cultuado V8 5.0 de 197 cv.  Essa versão do Maverick, inclusive, é bastante cobiçada entre os colecionadores.

No entanto, dois anos depois do lançamento, o motor 3.0 deu lugar a um 2.3 litros de quatro cilindros, de 99 cv de potência. Era uma opção mais econômica em plena crise do petróleo. Por outro lado, o V8 seguiu como uma opção para a versão GT. Sempre com tração traseira, o Maverick podia ser equipado com um câmbio manual de quatro marchas ou um automático de três marchas, que trazia comando na coluna de direção. 

Oferecido em versões de duas (cupê) ou quatro portas (sedã), o Maverick era originalmente uma opção mais barata do que o Mustang nos EUA. Por aqui, ele não conseguiu atingir o sucesso comercial do Opala, que vendeu mais de 1 milhão de unidades. Em seis anos de produção, o Maverick vendeu pouco mais de 108 mil unidades.   


Ford F-1000

Com capacidade de 1 tonelada e motor diesel MWM 3.9 de 86 cv, a Ford, em 1979, reforçava sua imagem de robustez com a F-1000. Se tornou uma das picapes mais famosas e desejadas do Brasil e da marca por aqui, ainda mais pela sua valentia garantida pela base mecânica herdada dos caminhões F-4000.

Nos anos 1980, teve uma das edições mais incríveis de sua trajetória, hoje disputada a tapa entre usados: a SSS, sigla para Super Serie Special e limitada em 2 mil unidades. Ao longo daquela década também passou a ter uma versão com motor a álcool, um 3.6 de seis cilindros e 115 cv

Muitas reestilizações depois, a F-1000 chegou aos anos 1990 com motor turbodiesel de 119 cv, que mais tarde, geraria 122 cv. Em 1992, ainda estreou uma configuração cabine estendida em 56 cm, chamada de Supercab e capacidade para cinco passageiros. Antes de ter a produção encerrada (e deixar saudades), em 1998, ainda teve tempo de receber um motor 4.9 de seis cilindros com injeção eletrônica e 148 cv.

Escort

O Ford Escort foi o primeiro automóvel mundial feito pela Ford no Brasil. Em uma época na qual o mercado automotivo era extremamente fechado, e as importações eram proibidas, as opções mais populares eram carros como o Volkswagen Fusca, Chevrolet Chevette e o Fiat 147, que já tinham muitos anos de mercado. Em 1983, a Ford começou a produzir a terceira geração do Escort no Brasil. 

Lançada três anos antes na Europa, a terceira geração do Escort foi o primeiro carro mundial feito pela marca localmente, e chegou nas versões L e GL, que traziam o motor 1.3 CHT de 63 cv de potência, além da topo de linha Ghia, que trazia o 1.6 CHT movido a etanol, com 73 cv. Um ano depois, a versão esportiva XR-3 chegou ao mercado, com o mesmo motor da versão Ghia.


Ainda nos anos 80, o Escort ganhou a versão Cabriolet, primeiro conversível produzido pela Ford no Brasil, além de uma reestilização em 1987. Em 1989, durante a Autolatina (parceria entre Ford e Volkswagen), o Escort ainda passou a oferecer o motor 1.8 AP de 90 cv da marca alemã na versão XR-3.


Nos anos 90, o Escort ganhou a segunda geração produzida localmente, de 1992 a 1996. Maior e mais moderno, além da versão Guarujá, de 4 portas, manteve a versão conversível e chegou a ter 122 cv na versão XR-3, que agora era equipada com o motor 2.0 AP, movido a etanol.


Tivemos ainda o “Escort europeu” (como passou a ser conhecido no Brasil), o qual passou a ter uma versão genuinamente sedã, chamada Escort Verona.



Com a chegada da quarta e última geração do Escort no Brasil, a produção foi transferida para a Argentina, onde o modelo foi produzido até 2003, em versões hatch, sedan e perua.  


Ecosport 

O primeiro SUV compacto do Brasil foi um verdadeiro divisor de águas para a Ford. Com crescentes dívidas com o fim da Autolatina, a marca americana pensava em sair do mercado brasileiro, quando decidiu apostar em um projeto inovador para a época. Com base na plataforma do Fiesta, a Ford desenvolveu uma carroceria nova, elevou a suspensão e atraiu sobretudo o interesse do público jovem. 

Ford Ecosport inaugurou o segmento de SUVs compactos no Brasil e reinou sem concorrentes até 2011.


Com aspecto aventureiro, o Ecosport foi lançado em 2003 e trouxe como opções de motor o 1.0 Supercharger de 95 cv -- que era equipado com um compressor mecânico e logo saiu de linha -- além do 1.6 Rocam de 98 cv e o 2.0 Duratec que oferecia 143 cv. Sempre equipado com câmbio manual de 5 marchas, o Ecosport ganhou um ano depois uma versão com tração nas quatro rodas (4WD).

O Ecosport recebeu a primeira reestilização em 2007, e reinou praticamente sem concorrentes diretos até a chegada do Renault Duster, em 2011. Buscando manter a liderança no segmento, o Ecosport ganhou uma nova geração em 2012, que se tornou global, sendo vendida na Europa e posteriormente nos Estados Unidos. 


A segunda e atual geração também pegou emprestada a plataforma do Fiesta e ganhou o motor 1.6 Sigma nas versões de entrada, mantendo o 2.0 Duratec nas versões topo de linha. Ele também podia ser equipado com o câmbio automatizado de dupla embreagem Powershift. No entanto, depois da chegada de concorrentes como o Jeep Renegade e o Honda HR-V em 2015, o Ford Ecosport perdeu a liderança que tinha desde 2003. 


E a última tentativa da Ford de reanimar as vendas do modelo foi uma reestilização feita em 2017. Ela corrigiu o criticado acabamento interno e trouxe novas linhas para a dianteira. O modelo também ganhou um câmbio automático convencional no lugar do problemático Powershift e um novo motor 1.5 de três cilindros com 137 cv. Além disso, o 2.0 passou a ter injeção direta, oferecendo 176 cv de potência. Após 18 anos de produção e mais de 1,2 milhões de unidades produzidas, o Ecosport dá adeus como um dos maiores sucessos da indústria nacional. 


Ford Ka

Ele nasceu subcompacto e muito mais do que inovador, realmente ousado, e terminou um pouco maior e com versão sedã. Em 1997, a marca começou a produção do Ka no ABC paulista. Foi o primeiro subcompacto produzido no Brasil, com plataforma moderna e desenho controverso, pois uns amavam, outros torciam o nariz. Começou com motores 1.0 e 1.3 e depois adotou o 1.0 Zetec RoCam.


Em 2001, surgiu um dos carros mais divertidos e bacanas que a Ford já fez no mundo: o Ka XR. Tinha acerto de suspensão esportivo, detalhes diferentes no design e motor Zetec de 95 cv, isso para um carro de 930 kg e com entre-eixos curto de 2,44 m. O 0 a 100 km/h era feito em 10,8 segundos. Já em 2002 a montadora deu um tapa na traseira do modelo, que o deixou mais palatável no que diz respeito ao seu designe. 

Em 2008, porém, com a segunda geração, a Ford resolveu por tirar um pouco da ousadia da verão anterior do Ka, com uma remodelação profunda, mas nesse ano passou a usar motorização flex.


A terceira e atual (finada) geração, contudo, mudou os parâmetros que tínhamos do carrinho. O modelo cresceu, passou a ser um compacto e teve direito até à configuração sedã, inicialmente chamada Ka+, que agora é um modelo realmente bonito, muito embora, digam alguns, ser defasado em relação aos concorrentes.



Fonte parcial: https://www.terra.com.br, por: João Henrique de Oliveira.
https://autopapo.uol.com.br/

Fotos: Reprodução de internet

Embraer estuda fabricar e vender "drones".

A Embraer Defesa e Segurança pode adicionar sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) e um avião de transporte militar híbrido-elétrico ao seu portfólio de plataformas de defesa, disse o presidente-executivo da empresa em uma entrevista exclusiva à Aviation Week.

Oito meses desde que as joint ventures planejadas com a Boeing nos negócios comerciais da Embraer e o transporte militar KC-390 se desfizeram, a fabricante brasileira continua focada em ampliar seu portfólio de produtos de defesa, que inclui uma parceria com a Saab para projetar uma versão de dois lugares do Gripen JAS 39, além de desenvolver aeronaves de alerta antecipado e controle, um avião de ataque leve e pequenos satélites.

O primeiro projeto que poderá ser revelado ainda este ano é um programa revivido para desenvolver um grande UAS para os militares brasileiros, como pretendia a joint venture Harpia formada em 2011 com a subsidiária da Elbit Systems, AEL Sistemas e Avibras, que interrompeu o desenvolvimento cinco anos depois em meio a restrições de gastos do governo.

Acreditamos nesse mercado – temos que estar lá”, diz Jackson Schneider, CEO da Embraer Defesa e Segurança. “Talvez possamos anunciar algo em 10 meses.

A antiga joint venture Harpia forneceu poucos detalhes sobre o programa UAS, exceto  liberar uma imagem conceitual de um projeto de monomotor. A aeronave de média altitude e longa duração visava fornecer vigilância das remotas fronteiras ocidentais do Brasil com um link de controle além da linha de visada.

Qualquer programa futuro pode evitar o foco em uma solução de plataforma única para um novo UAS e se concentrar apenas no mercado de defesa para aplicações, diz Schneider.

Estamos analisando uma família inteira”, diz Schneider. “A defesa já é um mercado onde este produto é mais do que um conceito; é requerido. E os outros mercados talvez precisem de mais tempo para confiar nessa tecnologia”.

À medida que as frotas C-95 e C-97 se aproximam da aposentadoria, um novo conceito surgiu para substituí-las. O conceito de Short Take-Off Utility Transport (STOUT) foi apresentado em novembro pelo brigadeiro Antonio Moretti Bermudez, comandante da FAB. A Embraer e a Força Aérea assinaram um memorando de entendimento em dezembro de 2019 para iniciar as pesquisas para tal aeronave.

O conceito revelado em novembro mostra uma aeronave com cauda em T e fuselagem comparável em comprimento à do EMB-120, embora mais larga. A aeronave STOUT também usaria um sistema de propulsão híbrido-elétrico com quatro propulsores.

Os requisitos da FAB incluem uma aeronave que possa operar nas pistas de pouso não pavimentadas da região amazônica do Brasil enquanto transporta até 6.600 libras (3.000 kg) de carga.

Fonte: https://www.aereo.jor.br/

Cidade do Samba é interditada pela Justiça.

A Justiça do Rio determinou a interdição da Cidade do Samba, que é um espaço localizado na Zona Portuária da cidade do Rio, que abriga os barracões das Escolas de Samba do Grupo Especial. 

A medida judicial de interdição é válida até que as instalações do local sejam reformadas a fim de minimizar os riscos de incêndio nos galpões. A multa em caso de descumprimento é de R$ 10 mil por dia.

A decisão foi tomada pela Terceira Câmara Cível do TJRJ, e atende a um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cidadania da Capital.

O MPRJ moveu uma Ação Civil Pública (ACP) contra o Município do Rio, a Riotur, a Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). O ministério relata que vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros ao longo dos anos identificaram irregularidades nas instalações e falta de plano de controle e prevenção contra incêndios.

Infere-se, portanto, que estão presentes os requisitos autorizadores do deferimento da tutela recursal, tendo em vista que a farta documentação anexada aos autos demonstra o descumprimento das determinações para implementação de plano de prevenção e controle de incêndios na Cidade do Samba. Além disso, eventual demora no julgamento do feito prolongará a situação de risco a que estão expostos não só os trabalhadores, como todas as pessoas que frequentam o local”, afirmou o Eminente Desembargador em sua decisão.

Fonte: https://www.srzd.com/


Fotos: Reprodução de internet

12 de janeiro de 2021

Ford anuncia o fim da produção de carros no Brasil.

A montadora de automóveis Ford anunciou o fechamento de suas fábricas no Brasil, como parte do plano de reestruturação da empresa na América do Sul. Em nota, Jim Farley, presidente e CEO da Ford, afirmou que a decisão foi “muito difícil”, mas necessária para a criação de um negócio saudável e sustentável.

A assessoria de imprensa da Ford confirmou que, ainda nesse ano, serão encerradas as operações nas plantas de Camaçari/BA, Taubaté/SP e da Troller, em Horizonte/CE, essa última, marca genuinamente brasileira adquirida pela multinacional estadunidense.

O mais incrível é que as vendas dos modelos Ka, EcoSport e do Troller T4 serão interrompidas quando acabarem os estoques dos veículos já fabricados.

A assessoria afirmou ainda que a montadora manterá apenas as fábricas na Argentina e no Uruguai na América do Sul, além do Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo. Os serviços de assistência ao consumidor seguem funcionando nas operações de vendas, peças de reposição e garantia para os clientes no Brasil.

Com a decisão, a empresa disse que vai demitir 5 mil funcionários no Brasil e na Argentina. A Ford não especificou quantas demissões serão feitas em cada país, mas afirmou que os brasileiros respondem pela maior parte dos desligamentos. A montadora declarou que vai trabalhar “em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”.

Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro”, diz a nota divulgada pela Ford.

Sergio Vale, economista-chefe e sócio da MB Associados, avalia que a indústria automotiva está passando por grandes desafios nos últimos anos, motivados tantos por fatores estruturais, como o menor desejo das pessoas por automóveis, até questões mais pontuais, como a crise econômica de 2015 e a pandemia.

Na saída desta crise, especificamente, será certo o aumento da desigualdade de renda e a demora para a queda do desemprego. Haverá menos espaço para compra de automóveis no ritmo que se viu na primeira década do século. Por isso, continuaremos a ver reestruturações na indústria como nesse caso”, diz Vale.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, comenta que a Ford já vinha sinalizando que pretendia encerrar a produção no Brasil. “Tanto que em 2019 a empresa encerrou as atividades da fábrica de caminhões no ABC Paulista, mas a pandemia acelerou a saída do país. É uma notícia extremamente ruim para o mercado brasileiro, não só por conta dos empregos diretos que a Ford gera, mas também pelos indiretos, por meio das empresas-satélite, como os fornecedores de autopeças. O impacto vai ser bem significativo”, diz.

Ainda que a Ford tenha mencionado 5 mil demissões, apenas a fábrica de Camaçari tem mais de 4 mil funcionários. Nas três fábricas brasileiras, são 5,3 mil. O governo da Bahia já procura uma nova dona para a fábrica, e está de olho nas empresas chinesas.

Agostini destaca ainda que a montadora deve passar a importar mais veículos para o Brasil de fábricas instaladas em países vizinhos, que possuem ambientes de negócio mais favoráveis que o brasileiro. “A Ford anunciou que vai continuar produzindo carros na Argentina, que tem custos menores de produção, principalmente porque nossos encargos trabalhistas e custos de energia são muito altos. Então, ela deve manter operações no Uruguai e Argentina e os carros da Ford devem passar a ser ainda mais importados desses países”, completa.

Para Milad Kalume Neto, diretor de novos negócios da consultoria automotiva Jato Dynamics, a decisão da Ford tem como principal objetivo manter operações que tenham finanças melhores – como as de Argentina e Uruguai. O grande complicador nas contas brasileiras são fábricas que não operam com capacidade plena, segundo ele.

Argentina e Uruguai têm produções menores, então vemos uma maior acomodação em termos de volume. Não é mais necessário ter plantas no mercado brasileiro. A indústria automotiva não tem mais o volume das décadas anteriores, ainda que seja bastante relevante”, diz Kalume Neto, que acrescenta que o mercado automotivo brasileiro tem capacidade para produzir 5 milhões de veículos anualmente – mas a projeção de vendas internas de veículos novos está em cerca de 2,4 milhões para 2021. As demissões vêm acontecendo no setor há algum tempo.

A pandemia afetou o mercado automotivo principalmente entre março e abril de 2020 – mas o segmento já ensaiou uma recuperação no final do último ano. “Temos uma tendência satisfatória, então não creditaria essa decisão apenas à pandemia. A Ford vem perdendo fatia de mercado, com uma gama de lançamentos bastante desatualizada. Sim, ela ainda vende modelos como o Ka, mas é uma venda principalmente para a pessoa jurídica [como locadoras]. Não é uma venda tão lucrativa como a para a pessoa física.”

Para Kalume Neto, portanto, seria incorreto atribuir a decisão da Ford apenas às dificuldades ligadas ao ambiente de negócios brasileiro. Boa parte das receitas da Ford no país vinha das vendas diretas, modalidade menos rentável para as montadoras. Vale destacar que a Ford também vem perdendo participação de mercado ano a ano. Além disso, o fechamento das fábricas faz parte de um reposicionamento global da empresa que já tinha cancelado a produção de caminhões e focava nos SUVs. Ainda assim, a burocracia brasileira e os altos custos de produção certamente pesaram para a decisão, segundo o especialista.

Decisão inédita: Em 2020, a Ford representou 7,4% do mercado de automóveis no Brasil, segundo dados da Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos. O Ford Ka foi o 5º carro mais vendido no Brasil em 2020. Se somados os emplacamentos das versões hatch e sedã (Ka Plus) do Ka, o modelo teria sido o 2º mais vendido do país no ano passado. A marca torna a notícia ainda mais impressionante, já que é uma das primeiras vezes na história da indústria automotiva brasileira que uma montadora anuncia o fechamento da produção no país, mesmo com seus modelos figurando entre os top 5 mais vendidos no Brasil.

Ainda segundo os especialistas, o EcoSport, que também não será mais produzido em território nacional, foi um dos carros que inaugurou no Brasil e no mundo o conceito de SUV compacto, um dos modelos de maior sucesso de vendas na atualidade, não só no caso da Ford, como de outras montadoras.

Para Raphael Galante, economista que trabalha no setor automotivo há 14 anos e consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva, apesar das sinalizações anteriores da Ford, conforme mencionou Agostini, uma decisão dessa magnitude não era esperada. “Havia uma série de conversas de concessionários e empresários com diretores da Ford sobre expansão, com a chegada de produtos como a van comercial Transit e o SUV Bronco. A impressão da indústria é que foi uma decisão de cima para baixo, vinda de Detroit [sede da montadora nos EUA] e que ninguém por aqui estava esperando”, afirmou.

Além disso, ele comenta que o impacto nas redes de concessionários será gigante. “São cerca de 350 concessionárias da Ford no país, que viram hoje seus negócios naufragarem. A grande maioria deles vende o Ka sedan e hatch e a EcoSport. Haverá um enxugamento radical dessas redes”, diz.

O que muda para o consumidor?

Para Kalume Neto, é difícil dizer se os preços dos carros da Ford irão subir e quanto. “Ficamos sujeitos à variação cambial e aos custos internacionais de logística agora. Ao mesmo tempo, temos um mercado extremamente competitivo para automóveis no Brasil. Não dá para colocar preços descolados da concorrência.

Andres Castro, analista de ações da Berkana Patrimônio, afirma que a receita gerada pela Ford na América do Sul vinha caindo ao longo dos últimos anos. “Já chegou a representar quase 10% em 2010 e hoje em dia não passa de 3% do total gerado pelo grupo. Além disso, a rentabilidade operacional das operações na América do Sul é muito volátil e baixa quando comparada à rentabilidade da unidade da América do Norte. Logo, como uma operação pequena e baixa rentabilidade, os investidores gostaram da medida”, comenta.

Próximos passos: A Ford seguirá atendendo a região com seu portfólio global de produtos, incluindo alguns dos veículos mais conhecidos da marca, como a nova picape Ranger produzida na Argentina, a nova Transit, o Bronco, o Mustang Mach 1, e planeja acelerar o lançamento de diversos novos modelos conectados e eletrificados.

Os consumidores na América do Sul terão acesso a um portfólio de veículos conectados, e cada vez mais eletrificados, incluindo SUVs, picapes e veículos comerciais, provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados, ao mesmo tempo em que a Ford Brasil encerra as operações de manufatura em 2021”, disse a empresa em nota.


A seguir a opinião de Raphael Galante, Economista, trabalha no setor automotivo há 14 anos e atua como consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva:

A Ford foi a primeira fábrica de automóveis do país! Ela iniciou a sua produção em “mil novecentos e guaraná com rolha” (1919), com o clássico Ford T. Ou seja, ela é mais uma empresa secular que sucumbiu ao glorioso ambiente “favorável” de negócios no Brasil.

Mas qual é a nossa visão de tudo isso?

Primeiramente, o que adoramos dos americanos é que eles são bem pragmáticos. Quando decidem abalar o mercado, o fazem como ninguém. E a Ford fez isso pela segunda vez: a primeira foi quando decidiu interromper a sua produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo/SP.

Mais uma vez, o anúncio deles pegou todos de surpresa.

Qual era o cenário que estava sendo desenhado até 31 de dezembro de 2020? Era do pessoal da Ford (gerentes/diretores) vendendo otimismo para a sua rede de distribuidores com os futuros lançamentos do novo Ford Bronco (SUV tipo o Jeep Compass), a volta da Transit (veículo comercial).

A montadora orientou a rede a fazer investimentos (aporte de capital) para se adequar aos novos produtos, abrindo novas lojas e/ou reformá-las, entre outros pontos. Isso sem contar as conversas que tinham com outros elos da cadeia: sistemistas, agências e por aí vai…

A grande surpresa para nós foi exatamente isso: diretores, gerentes e qualquer outro nível da Ford “BRASIL” estavam fazendo grandes planos para os próximos anos. Em nenhum momento esboçaram indicar que talvez a marca pudesse sair do país.

O que parece para nós é que isso foi uma decisão de Detroit, que veio de cima para baixo e pegou todos (mas TODOS mesmo) de calça curta! Ou então, o board Brasil foi de uma canalhice sem fim! Acreditamos 99% na primeira opção, mas sempre tem aquele 1%…

O que ouvíamos dos analistas/investidores lá dos EUA é que a decisão anunciada nesta segunda-feira era quase que uma certeza. Mas, por causa do tamanho e história da marca no Brasil, não acreditávamos…

Então amiguinhos, no melhor estilo Christine Malèvre, a Ford decidiu abreviar o sofrimento de todo mundo.

Mas o que a Ford alega?

Segundo Lyle Watters, presidente da Ford para a América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais (ou “o coveiro do momento”):

“…Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável. A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis, e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil. Ao mesmo tempo, nosso negócio exige investimentos significativos em novas tecnologias para atender às demandas dos consumidores e itens regulatórios, que estão remodelando a indústria. Olhando o futuro, a indústria automotiva continua sendo ainda mais desafiadora. Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis…”

O que é uma verdade… mas não toda a verdade!

De 2013 até o terceiro trimestre de 2020, a operação da América do Sul da Ford acumulou um prejuízo de US$ 5,7 bilhões. Ou seja, foram oito anos consecutivos de prejuízos, sempre na casa das centenas de milhões de dólares.

Contudo, porém, todavia”, se expandirmos a análise do resultado da marca de 2006 até 2020, ela registra uma LUCRATIVIDADE de US$ 112 milhões.

Tivemos um período de bonança entre 2006 e 2012, com um resultado positivo de US$ 5,8 bilhões, contra um prejuízo de US$ 5,7 bilhões no período de 2013 até 2020 (o resultado do último quartil de 2020 deve deixar a operação no zero-a-zero nesses 15 anos de operação).

Entendo perfeitamente que, se após 15 anos uma empresa não registrar lucratividade, a melhor opção é fechar a operação.

Mas o ponto é que o nosso amigo Lyle se esqueceu de comentar algumas coisas:

Ele não comentou a letargia na qual a Ford Brasil estava inserida. Vamos analisar melhor: o primeiro SUV brasileiro foi o glorioso Ford Ecosport lá em 2003, quando se inaugurou um novo mercado.

Mas, 17 anos depois, os veículos eram praticamente os mesmos, sem grandes alterações tecnológicas. E aí, a concorrência veio como uma manada ensandecida!

O segmento mais rentável para as montadoras é o de SUVs, mas a Ford (talvez ainda por causa de resquícios da Autolatina) decidiu que o seu Ecosport seria a nova “Kombi”. Eles só esqueceram de combinar com os russos!

Até a VW percebeu isso e, neste ano, estará com uma gama de quatro SUVs (T-Cross, Nivus, Taos e Tiguan). Já a Ford manteve em produção sua “Kombi”…

O que o Lyle também não citou foi a “burrada” com o câmbio Powershift. E olha que de burrada o estagiário aqui entende MUITÍSSIMO BEM, SIM SENHOR!

O câmbio era tão bom, mas tão bom, que ele só apresentava falhas como: superaquecimento, trepidação, ruídos anormais e desgaste precoce da embreagem dupla, entre “otras cositas más”.

E aí entra aquela máxima: errar uma vez é humano; agora, errar duas vezes é Ford. O que a caboclada da Ford fez? Colocou aquele câmbio zoado nos Fiesta e Focus da vida, e vamos ver o que vai dar. E deu… ruim! Tão ruim que, depois de assumirem a besteira que fizeram com o câmbio, a única solução que eles tinham para o problema era retirar os veículos de produção/circulação.

E aí sobrou para fazermos aqui no Brasil o Ka Hatch e o Ka Sedan. Aquele segmento de veículos de entrada em que marcas e consumidores se digladiam por qualquer percentual de desconto e/ou vantagem, o que gera baixa rentabilidade.

Para encerrar, a venda da linha Ka (Hatch e Sedan) no ano passado foi de pouco mais de 93 mil veículos. E vocês sabem quem foi que arrematou 20% dessa produção? Vou dar uma dica para vocês: É lá de “Belzonte”. E o pessoal lá de Minas – em geral – só compra veículos na bacia das almas.

Olhando agora mais friamente: já tivemos um prenúncio da saída da Ford.

Os modelos aqui fabricados eram as clássicas “jabuticabas”. No seu principal mercado (EUA) a Ford possui a excelência em SUV e na linha F de picapes. Hatch e Sedans como o Ka, Fiesta ou Focus não são comercializados por lá.

A gama de produtos da Ford aqui no Brasil estava defasada e não existia o menor sinal de que a marca investiria algumas centenas de milhões de dólares para desenvolver um novo veículo para o mercado tupiniquim.

Outra coisa que o presidente da Ford América do Sul não falou é da dificuldade de fazer negócios no Brasil.

O grande exemplo vem do estado de São Paulo. No apagar das luzes de 2020, num clássico suspense de Hitchcock (não num comercial de Doriana), e apesar de diversas promessas verbais de que não iria ocorrer, o estado decidiu majorar o ICMS para veículos (tanto novos como usados). O ICMS de carros novos sairá de 12% para “apenas” 14,5%. Já na venda de carros usados, o aumento do ICMS é de 207%, coisa simples, dinheiro de pinga!

A Ford não vai parar de produzir ou montar veículos na América do Sul. Ela só optou por parar de trabalhar na bagunça que é o Brasil. A fábrica da Ford na Argentina (que já faz a Ranger) continua, assim como a operação dela no Uruguai. Da mesma forma que os outros produtos da marca serão importados do México e dos EUA.

Não desmerecendo, mas o pessoal prefere manter a produção na Argentina e no Uruguai (e importar do México) do que produzir no Brasil.

O problema do Brasil é esse: a insegurança jurídica para fazer negócios. Como o caboclo vai me aumentar o ICMS no apagar das luzes de 2020, no estado que representa 30% das vendas de novos e usados? O que vai acontecer é o consumidor fazer a compra do seu carro em outro estado (o que é uma prática extremamente normal no segmento de veículos de luxo).

Mas o ICMS é “um” dos “n” problemas do Brasil: a carga tributária do setor é algo que se assemelha a agiotagem, tem a questão da baixa produtividade do brasileiro, sindicatos…

Além disso, a indústria automotiva investiu algumas dezenas de bilhões de dólares para ter uma capacidade fabril de quase 6 milhões de unidades. Mas não conseguirmos comercializar nem 1/3 dessa capacidade.

Isso é Brasil. O último que sair, por favor, apague as luzes!

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

Foto: Reprodução de internet