Fonte: http://grandepremio.uol.com.br/
O lançamento do novo modelo da Force India foi em Silverstone, casa do mais tradicional circuito inglês para a F1 e também sede do time anglo-indiano, o novo VJM10, nome alusivo ao nome do dono da equipe, o bilionário indiano Vijay Mallya. É com este novo carro, dotado das agressivas mudanças na F1, que o time irá tentar responder à altura a melhor campanha da história da equipe no ano passado, quando alcançou o histórico quarto lugar no Mundial de Construtores. A meta agora é ir além e chegar ao top-3 da F1 em 2017
Em uma semana de lançamentos que já aprentou novidades nas pinturas da Sauber e também da Renault, embora esta tenha mantido o preto e amarelo como predominantes, a Force India inovou e tornou o novo modelo praticamente todo prateado, com alguns detalhes em preto e laranja. Chama a atenção a enorme 'barbatana de tubarão' posicionada na tampa do motor e também um bico muito diferente de todos os apresentados até agora, muito alusivo às temporadas 2012 e 2013. Também há um degrau antes da asa dianteira, algo muito particular em relação aos outros modelos da F1 2017 até o momento.
Depois de dois anos de incrível ascensão na F1, a Force India sonha em deixar para trás o posto de equipe emergente para enfim se tornar grande no Mundial. Para isso, Mallya chegou com um discurso ousado traduzido em meta de top-3 para o time anglo-indiano. E, ao ser questionado sobre as declarações de Cyri Abiteboul, diretor da Renault, sobre a capacidade da Force India em se manter no rol das cinco primeiras, disparou: "Quem não acredita vai ter de engolir as palavras".
Depois de três anos com Nico Hülkenberg e Sergio Pérez como dupla, agora o piloto mexicano terá o jovem francês Esteban Ocon, indicado pela fornecedora e parceira Mercedes, ao seu lado. Hülkenberg decidiu deixar a equipe para ir rumo a um time de fábrica. No caso, a Renault, que apresentou seu próprio carro na última terça-feira. Ocon, membro do programa de desenvolvimento de pilotos da Mercedes, chega após estrear na F1 no meio da temporada 2016 com a Manor e vencer uma disputa com seu ex-colega de equipe Pascal Wehrlein, que ganhou a vaga na Sauber como 'prêmio de consolação'.
A nova dupla deixa o chefão Mallya animado. “Checo tem sido brilhante. Ele é um piloto de verdade, destemido, tem um talento enorme e simplesmente ama correr", disse Vijay, durante a apresentação do modelo. "Ele tem corrido de forma bem sucedida para nós e quando ele deu uma olhada rápida neste carro, eu nunca o vi tão empolgado olhando para um carro antes. Acho que isso diz tudo. Esteban é um jovem muito, muito talentoso. Quando Hülkenberg decidiu partir, nós, obviamente, passamos muito tempo pensando em quem poderíamos contratar como substituto. Esteban já tinha testado conosco antes, nós tínhamos alguns dados a respeito dele, ele foi muito bem no simulador, impressionou a todos nós, então tomamos uma decisão. Ele é jovem, é talentoso, tem uma experiência limitada na F1, mas, mais importante, ele está disposto a aprender", seguiu.
Pérez, que vai para sua quarta temporada pela Force India, rasgou elogios ao time e aproveitou para ainda alfinetar a McLaren, sua antiga equipe. 'Checo' tem nada menos que quatro pódios pela escuderia de Silverstone, sendo o piloto mais bem-sucedido da história da equipe.
“Isso faz com que eu me sinta muito confiante. Nos quatro anos em que estou no time, nunca vi uma organização tão estável em todas as equipes em que estive na F1. Isso me deixa muito confiante e sabendo que as pessoas certas trabalharam neste carro. Nós terminamos em quarto no ano passado, fechamos a temporada mais ou menos ok, no fim do ano éramos o time mais rápido na pista, tivemos alguns pódios, então isso faz com que eu me sinta confiante. Eu acredito totalmente neste time. As pessoas que trabalharam colocaram muito esforço neste carro, então eu espero um grande ano para este time”, disse o mexicano.
Falando das novas regras da F1, o diretor-técnico Andrew Green avaliou um pouco do plano do time no desenvolvimento e das novidades em si da categoria.
“Podemos gerar mais downforce outra vez [com as novas regras]. Assim, vamos ter graus diferentes. O layout de um circuito determina a especificação de uma asa, e acredito que vamos precisar de dez asas diferentes para uma temporada, dianteiras e traseiras”, disse Green, em entrevista à revista alemã ‘Auto Motor und Sport’.
As dez asas são separadas em quatro grupos. Nas palavras de Green, ‘alto’, ‘médio-alto’, ‘médio-baixo’ e ‘baixo’. “Só vamos usar o downforce máximo em Monte Carlo, Singapura, Budapeste e Barcelona”.
E dentre as asas em questão, a desenvolvida para Monza, o circuito mais veloz da F1, está sendo trabalhada. “Ainda não conseguimos uma asa pequena o suficiente para nos dar a velocidade máxima que queremos em Monza. Os carros produzem tanto downforce que você precisa se preocupar com Monza”, seguiu Green.
Em 2016, a Force India marcou 173 pontos e ficou com a quarta colocação do Mundial de Construtores - atrás apenas de Mercedes, Red Bull e Ferrari, além de uma vantagem inesperada para a Williams.
Nenhum comentário:
Postar um comentário