Fonte: http://www.carnavalesco.com.br/
A Acadêmicos do Salgueiro está prestes a engatar o seu décimo desfile das campeãs seguido. E se depender do desfile que realizou na madrugada deste domingo de Carnaval no Sambódromo pode sonhar com o décimo campeonato. Um trabalho primoroso dos carnavalescos Renato e Márcia Lage. Um canto avassalador. A escola defendeu o enredo ‘A Divina Comédia do Carnaval’ em 71 minutos.
Mais uma aula de concepção e realização dos carnavalescos e do departamento cultural do Salgueiro. A proposta de se carnavalizar a Divina Comédia foi perfeitamente exposta na Avenida, com os setores bem definidos, destacando-se os primeiros, com uma forte carga de vermelho para exibir o inferno e depois a mudança de tonalidade até o encerramento em branco com o orum dos deuses.
Com um dos cantos mais intensos do Grupo Especial, o Salgueiro novamente demonstrou na pista o trabalho de excelência de sua harmonia. Mesmo com um conjunto de fantasias bastante grande o canto dos componentes foi forte e contínuo até o final da pista, inclusive com os desfilantes chegando ao final cantando como se o desfile tivesse começando.
Beirando a perfeição a evolução salgueirense na Avenida. Linear e coesa, sem aceleramento ou lentidão. Alas compactas e brincando o tempo todo, quicando na Avenida. A bateria fez a manobra de ‘ré’ para entrar no recuo e os passistas entraram na Furiosa e já saíram do outro lado evitando aquela correria para cobrir o espaço deixado pelos ritmistas.
O melhor conjunto de fantasias da primeira noite de desfiles do Grupo Especial. Um show de bom gosto de Renato Lage e Márcia. Sem deixar de serem luxuosos, os figurinos permitiram uma fácil leitura. Diversas alas se destacam no conjunto, mas o setor que se destacou foi o terceiro, sobre os pecados capitais.
Conjunto alegórico com o padrão de qualidade de Renato Lage. Um abre-alas suntuoso e impactante com diversas esculturas diabólicas que além de ter fácil leitura, ainda apresentou um acabamento impecável. Tendência que seguiu nas demais alegorias, exceto no tripé ‘Cérbero’, que tinha uma parte da ferragem à mostra na estrutura que representava uma chama.
Sidiclei e Marcella Alves rasgaram a Sapucaí. Uma passagem apoteótica pela pista e que deve ser coroada na quarta-feira de cinzas com uma coleção de notas 10. Eles fizeram aquilo que se espera de um casal de mestre-sala e porta-bandeira: dançaram. Não bastasse a grande atuação a indumentária era belíssima em tons de vermelho e branco. Eles representaram Dante e Beatriz da Divina Comédia Dell’Arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário