Fonte: http://airway.uol.com.br
No dia 14/02/17 a Marinha do Brasil anunciou a “desmobilização” do porta-aviões NAe São Paulo. Em outras palavras, a embarcação, que não navega desde 2014, será definitivamente desativada. O processo, que inclui a desmontagem de componentes do navio que podem ser reaproveitados, ocorrerá nos próximos três anos.
Segundo comunicado do Centro de Comunicação Social da Marinha, o Almirantado, após diversas tentativas de recuperar a capacidade operacional do navio aeródromo, concluiu que o programa de modernização do São Paulo exigiria “alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão.”
m nota, a Marinha ainda afirma que a obtenção de um novo porta-aviões ocupará a terceira prioridade de aquisições, atrás do PROSUB (submarino de propulsão nuclear) e o programa de construção das corvetas Classe Tamandaré.
A corporação ainda reiterou que as atividades com aeronaves de asa fixa serão mantidas a partir da Base Aérea Naval, em São Pedro da Aldeira (RJ). É neste local que os caças AF-1 estão concentrados desde que o NAe São Paulo foi estacionado na base da Marinha na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, em 2014. A Marinha também afirmou que pretende manter os treinamentos dos pilotos com ajuda de “marinhas amigas.”
Cronologia do NAe São Paulo
15/11/1957 – Começa a construção do porta-aviões Foch para a Marinha da França.
23/07/1960 – O navio é lançado ao mar.
15/07/1963 – O Foch é comissionado pela Marinha.
07/05/1977 – O navio participa de missões no Djibuti.
1983-1984 – O Foch é enviado para combate na guerra civil no Líbano.
1993-1994 – O porta-aviões francês atua na Guerra na ex-Iugoslávia e também a serviço das Nações Unidas.
05/09/1998 – Chegam ao Brasil 23 unidades do caça leve A-4 Skyhawk, comprados do Kuwait. Eles formaram o primeiro esquadrão de asa fixa da Marinha e foram o primeiro passo para equipar um porta-aviões com aviões de combate.
15/11/2000 – O Foch é descomissionado da Marinha Francesa e vendido ao Brasil.
17/02/2001 – Já como São Paulo, o porta-aviões é recebido pela Marinha brasileira para substituir o Minas Gerais.
17/05/2004 – Uma explosão ocorre na sala de máquinas do navio, matando três marinheiros e ferindo outros oito. Um defeito numa tubulação de vapor é a causa do acidente. A Marinha decide promover uma reforma no São Paulo.
2005-2010 – Uma grande modernização é realizada no navio-aeródromo. Desde as turbinas a vapor até os geradores elétricos são reformados, entre outras melhorias. A embarcação recebe novos sistemas eletrônicos e tem suas catapultas revisadas.
Agosto de 2010 – O São Paulo volta ao mar para testes.
Agosto de 2011 – Em testes, o porta-aviões volta a ter problemas com incêndios em várias partes do navio, causando pânico em tripulantes na época.
Dezembro de 2014 – Sem conseguir resolver os problemas do navio, a Marinha do Brasil anuncia uma nova reforma que deveria ocorrer entre 2015 e 2019 e que faria o porta-aviões operar até 2039.
Setembro de 2016 – Apesar de reconhecer os problemas com o sistema de propulsão e de catapultas, a Marinha nega que irá desativar o São Paulo.
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