Há alguns anos me tornei um fiel consumidor das lojas virtuais, e trouxe a minha esposa para este mundo, tivemos alguns problemas, mas em quantidade desprezível perto do total de compras que já efetuamos, pois no mínimo 80% dos eletrônicos e eletrodomésticos de nossa casa foram comprados em sites, inclusive geladeira, fogão, máquina de lavar roupas e louças, já compramos também roupa de cama, utensílios para cozinha, a cabeceira de nossa cama e até o berço de nosso caçula.
Pois é, e em qual dessas lojas virtuais em que mais fizemos compras?
Justamente a Comprafacil.com.
Essa loja sempre teve preços ótimos, bom atendimento por telefone, resolvia qualquer problema com máxima atenção e presteza, fiz uma devolução e uma troca e em ambas em 48 já estavam coletando o produto, tinha variedade, e pelo o menos aqui no Rio, entregava os produtos, muitas das vezes, bem antes do prazo final prometido.
Eramos tão satisfeitos com as compras feitas nessa loja que indicamos para vários amigos e conhecidos, que nela compraram e também ficaram satisfeitos. Foi a única loja em que colocamos a nossa lista de casamento, e mais uma vez ficamos satisfeitos.
Mas de um tempo para cá eu vi que o site estava completamente diferente, depois parei de receber a revista mensal, achei estranho e comentei com minha esposa, e mais tarde parei de receber ofertas por e-mail, e comentei no trabalho.
No black friday os preços dos produtos que pesquisei estavam estratosféricos, tive quase a certeza de que coisa estranha estava ocorrendo, e agora tive a confirmação.
Uma pena, uma marca de sucesso, genuinamente Carioca, com um grande centro de distribuição no bairro de Campo Grande deve deixar o mercado, ou ao menos, provavelmente deve deixar de ser Carioca, assim como ocorreu com a Ponto Frio.com.
E com isso o mercado de vendas virtuais vai ficar, praticamente monopolizado, na mão de dois Grupos, acabando com a saudável concorrência e prejudicando os consumidores.
Só para que tenham uma ideia do que falo, a segunda loja em que mais comprei também vem tendo a sua marca enfraquecida, com preços cada vez mais altos, qual seja, a Submarino.com, e desde que essas mudança ocorreram no mercado, já fiz duas compras em uma terceira via, de menor porte aqui no Brasil, mas muito forte nos EUA., Walmart, que muitas das vezes tem preço bem mais atraente do que as que fazem parte dos dois grupos que agora dominam o varejo virtual.
Não posso deixar de citar que recentemente também efetuei compras na Saraíva, que cada vez mais vem aumentando a oferta de produtos e melhorando seus os preços.
Por: Marcello Muniz.
Abaixo, fonte da notícia: http://info.abril.com.br/
Com dívidas somando quase 600 milhões de reais, o grupo Hermes, dono do site Comprafacil.com, irá se desfazer do negócio de varejo online e se dedicar exclusivamente à venda por catálogos de utensílios domésticos, roupas e outros artigos, atividade exercida pela companhia desde a década de 1940.
Em entrevista à Reuters, o diretor de operações do grupo, José Luiz Volpini, afirmou que a estratégia faz parte da reestruturação da empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial na véspera, no Rio de Janeiro.
"O e-commerce é que causou essa situação. Estamos descontinuando porque é negócio de capital intensivo: você compra (produto) pra pagar em 90 dias, mas recebe (do cliente) em 12 meses", disse.
"A infraestrutura urbana no Brasil é péssima. O processo de entrega é complexo e corrói margens. É preciso escala muito grande para suportar coisas como essas", observou o executivo. "Estamos assumidamente dizendo que não é para o nosso tamanho".
Agora, a companhia deverá leiloar a marca Comprafacil.com, disse Volpini, acreditando no apelo do nome. O site, que registrou vendas anuais na casa de 1,5 bilhão de reais, continuará em operação até lá, mas com o estoque reduzido. Ativos físicos deverão ser leiloados separadamente.
Antes da decisão, o negócio de varejo online já havia sido ofertado a empresas como a Nova Pontocom, da ViaVarejo, segundo fonte do setor com conhecimento do assunto.
Sem citar potenciais compradores, Volpini afirmou que a administração espera uma venda mais fácil no cenário de recuperação judicial, que isenta interessados de lidar com riscos trabalhistas ou de sucessão.
A administração do sites de terceiros também será descontinuada pelo Grupo Hermes, que chegou a operar as lojas online de empresas como Som Livre, Ipiranga, Globo Marcas e Ambev.
Na semana passada, inclusive, a B2W, dona de bandeiras como Submarino, Shoptime e Americanas.com, anunciou ter vencido a concorrência para a operação da Ambev na Internet. Volpini, no entanto, negou que o fato tenha influenciado o pedido de recuperação judicial da empresa.
"A administração de lojas de terceiros nunca foi negócio expressivo no grupo", afirmou, destacando que sua representatividade na receita total "não passava de um dígito".
FUTURO
O processo de recuperação judicial será comandado por Marcelo Gomes, diretor-geral da Alvarez & Marsal, consultoria contratada pelo Hermes. Arthur Negri assume como novo presidente da empresa, no lugar de Gustavo Bach.
Durante o período de recuperação, os credores da empresa não poderão executar as dívidas por um prazo de 180 dias, durante os quais o Hermes irá apresentar "em juízo o seu plano de recuperação e liquidação de obrigações, visando sempre a continuidade dos negócios", disse o grupo, em comunicado.
Apresentando-se como a terceira maior empresa do Brasil em vendas por catálogos, a companhia teve faturamento anual de cerca de 700 milhões de reais com o negócio, segundo Volpini.
A intenção é dar foco às vendas diretas daqui para frente, tirando proveito de uma rede com 500 mil revendedores para fechar uma futura parceria na venda de cosméticos, mercado ainda pouco explorado pela empresa.
"O catálogo Hermes sempre teve bom resultado e o mercado de vendas diretas tem apresentado boas taxas de crescimento, mesmo com o fator internet, porque o Brasil tem expansão territorial enorme e muitos municípios com oferta de produtos razoavelmente restrita", disse Volpini.
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