25 de janeiro de 2014

Novo Nissan Sentra dobra vendas do antecessor.

Fonte: http://www.noticiasautomotivas.com.br/

A Nissan deu uma nova chance ao sedã Sentra. A marca japonesa lançou em outubro desse ano a sétima geração do modelo – a terceira por aqui – para tentar um sucesso jamais alcançado no segmento de sedãs médios. Com o veículo remodelado, a Nissan pretende atingir 1.400 vendas mensais – para brigar pelo posto de quarto colocado com o também mexicano Volkswagen Jetta.

A princípio, a meta é bastante improvável, já que historicamente o modelo sempre rondou as 600 unidades/mês – o ápice foi em 2011, com média de 874 carros. Os números iniciais desta nova geração do Sentra, porém, indicam que a avaliação da Nissan pode encontrar respaldo na realidade. Em três meses de comercialização, o novo sedã já registra a média de 855 veículos. Em dezembro, foram 1.073 unidades.

Vários fatores vêm contribuindo para que o Sentra consiga se sobressair em meio à “multidão” de médios. A começar pelo novo desenho, que em nada lembra o conservador antecessor. As novas dimensões e a melhora do espaço interno, com o aumento do entre-eixos, também mudam a percepção sobre o carro – que dá a impressão de ser maior do que é.

Outro bom argumento de vendas é o propulsor bicombustível 2.0 litros, gerenciado por um câmbio CVT. Ele até perdeu potência, mas ganhou eficiência. Tanto que o modelo recebeu nota “A” no Programa de Etiquetagem do InMetro sobre consumo. Quem também ganhou uma nova geração foi a transmissão.

O último e mais importante motivo que torna o Sentra atraente é a etiqueta de preço. A versão testada – a “top” SL – custa R$ 71.990 e traz uma vasta lista de equipamentos. Ele traz tela de 5,8 polegadas com navegação por satélite integrada, sensor de estacionamento com câmara de ré, teto solar elétrico e bancos de couro. Itens como chave presencial, ignição por botão, computador de bordo, controle de cruzeiro, rádio/CD/MP3/Bluetooth e seis airbags. Rivais japoneses com o mesmo recheio custam, no mínimo, 10% mais.

Desempenho – O motor 2.0 litros não faz feio em tirar o sedã de 1.348 kg da inércia. O Sentra arranca com facilidade, mas é “amansado” pela transmissão continuamente variável de relações infinitas. Nessa proposta, o câmbio se encaixa muito bem e transforma a condução do modelo em um passeio extremamente suave e confortável. Nota 7.

Estabilidade – O Sentra mostra um comportamento bem equilibrado em uma sequência de curvas. A transferência de peso entre os eixos é bem sustentada nas frenagens e acelerações. O carro também se mantém neutro em velocidades elevadas apesar da direção leve demais. Nota 8.

Interatividade – Todos os comandos essenciais estão bem distribuídos e ao alcance das mãos do condutor. Ar-condicionado e o sistema multimídia são de fácil entendimento e manuseio. O dispositivo ainda pode ser controlado pelo volante multifuncional, que tem boa pegada. Mas a grande quantidade de botões exige que o motorista desvie a atenção da estrada para acertar a função desejada. Nota 8.

Consumo – De acordo com os testes do InMetro, o Sentra SL registrou um consumo médio de 6,9 km/l na cidade e de 9,1 km/l na estrada com etanol e de 10,2 km/l na cidade e 12,9 km/l na estrada com gasolina. Estes números renderam nota “A” dentro de sua categoria e “C” no geral no programa de etiquetagem do InMetro. Nota 8.

Conforto – Os espaços para as pernas são amplos graças às dimensões maiores do atual modelo. Mesmo com o ajuste do banco do motorista bem para trás, o ocupante traseira ainda esbanja certa comodidade. Somente a adição de um quinto elemento atrás comprometer o conforto. A Nissan também fez um bom trabalho ao adaptar o Sentra às estradas brasileiras – a suspensão filtra bem as imperfeições do asfalto. O isolamento acústico também ganhou materiais mais robustos de absorção e quase não há ruídos na cabine. Nota 9

Tecnologia – Nas versões básica S e intermediária SV, o Sentra vem bem equipado. Mas é na SL que a Nissan pôs tudo que tinha a oferecer. Além de chave presencial, ignição por botão, computador de bordo, controle de cruzeiro e rádio/CD/MP3/Bluetooth, a configuração topo de linha ainda tem como destaque o display de 5,8 polegadas com GPS integrado airbags laterais e de cortina, teto solar, rodas de 17 polegadas e sensor de estacionamento com câmara de ré. O sedã também fez uma “dieta” de 33 kg em relação à geração anterior graças à nova plataforma – criada em 2012. Nota 9.

Acabamento – O habitáculo vem com um revestimento com materiais emborrachados e agradáveis ao toque em todos os pontos de contato com os passageiros. Os plásticos rígidos estão presentes apenas em áreas nas portas e em partes do painel menos acessíveis. As portas e o console central ainda recebem um aplique metálico que, junto dos bancos em couro, dão um toque refinado ao modelo. Nota 8.

Custo/benefício – A Nissan pede R$ 71.990 pelo Sentra SL. A versão “top” do modelo é mais em conta até que as configurações intermediárias dos concorrentes Honda Civic 2.0 LXR, que tem valor de R$ 74.490, e Toyota Corolla 2.0 XEi, que custa R$ 75.620 – a diferença é a transmissão automática convencional dos rivais. Se comparado no andar de cima, a diferença fica mais evidente. O Civic 2.0 EXR chega a R$ 83.990 e o Corolla Altis 2.0 custa exatos R$ 85 mil. O valor de R$ 71.990 se mostra bastante competitivo para o que Sentra oferece. Nota 8.

Total – O Nissan Sentra somou 79 pontos em 100 possíveis.

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