O fóssil de um ictiossauro, réptil marinho semelhante aos golfinhos, foi encontrado na Inglaterra, no Reino Unido.
A área onde os vestígios do animal foram achados pertence a Anglian Water, uma companhia de água que afirmou que a descoberta é a maior e mais completa no país.
Para conseguir uma captura fiel das proporções do ictiossauro, um drone sobrevoou o local e obteve registros em imagens. Segundo a Reuters, apesar do fóssil britânico possuir 10 metros de comprimento, essa espécie poderia crescer até 25 metros.
Durante uma drenagem de rotina era feita em uma lagoa para um novo paisagismo de uma ilha, Joe Davis, líder da equipe de conservação da Leicestershire and Rutland Wildlife Trust, descobriu o fóssil de ictiossauro. Em relato à Reuters, ele contou sobre sua experiência com o encontro inusitado.
“Havia elevações, tipo cristas, na lama. Parecia um pouco orgânico, um pouco diferente. Então vimos algo que parecia quase uma mandíbula. Liguei para o conselho municipal e disse ‘acho que encontrei um dinossauro’. A descoberta foi absolutamente fascinante e um verdadeiro destaque de carreira. É ótimo aprender tanto com a descoberta e pensar que essa criatura incrível já nadou nos mares acima de nós.”, disse Davis, revelando que, na mesma região, já haviam sido encontrados nos anos dois ictiossauros incompletos e muito menores, durante a construção do reservatório Rutland Water na década de 1970.
Conhecido como “dragão marinho”, o ictiossauro entrou em extinção há cerca de 90 milhões de anos. Entre suas principais características, estão os olhos e dentes grandes.
“A Grã-Bretanha é o berço dos ictiossauros – seus fósseis foram desenterrados aqui por mais de 200 anos”, disse em entrevista à BBC News o paleontólogo da Universidade de Manchester Dean Lomax, responsável por comandar a equipe de escavação. “Apesar dos muitos fósseis de ictiossauro encontrados na Grã-Bretanha, é notável pensar que o ictiossauro de Rutland é o maior esqueleto já encontrado no Reino Unido. É uma descoberta verdadeiramente sem precedentes e uma das maiores da história paleontológica britânica”.
Atualmente, o condado de Rutland fica a mais de 50 km da costa, mas, segundo os cientistas, há milhões de anos o nível do mar mais alto indicava que a região era coberta por um oceano raso.
Quase um ano depois de descobertos, os restos do animal foram totalmente escavados no início agora em janeiro. O fóssil está sendo analisado e mantido em um local não revelado em Shropshire, zona oeste da Inglaterra, próximo ao País de Gales.
Depois disso, ele será devolvido ao condado de Rutland para exibição permanente. A Anglian Water, empresa britânica de abastecimento de água proprietária da área onde o fóssil foi encontrado, revelou que está buscando financiamento para proteger e exibir os restos mortais.
Fonte: http://jovempan.com.br e http://olhardigital.com.br
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